𝐉𝐚𝐝𝐞 𝐖𝐞𝐬𝐭

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𝐍𝐨𝐦𝐞: 𝐀𝐦𝐛𝐞𝐫 𝐇𝐚𝐫𝐫𝐢𝐬

Desde que Beck e eu terminamos, a vida na Hollywood Arts se tornou um turbilhão de olhares e cochichos

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Desde que Beck e eu terminamos, a vida na Hollywood Arts se tornou um turbilhão de olhares e cochichos. Beck seguiu em frente rapidamente, namorando outras garotas, enquanto eu fiquei sozinha. Não era porque eu não queria namorar – é que as pessoas tinham medo de mim. Minha reputação de ser intimidante e inacessível, de ser a "garota má", não ajudava em nada.

Não vou mentir, ver Beck com outras garotas machucava. Cada risada, cada olhar carinhoso que ele compartilhava com outra pessoa era como uma faca cravada no meu coração. Mas eu nunca demonstrava. Eu tinha uma imagem a manter.

Havia uma pessoa, no entanto, que não parecia se importar com essa imagem: Amber Harris. A irmã mais nova do André. Amber era confiante, talentosa e, sendo honesta, incrivelmente atraente. Desde o primeiro dia em que a vi, algo dentro de mim se agitou, mas nunca soube como mostrar isso.

Amber se destacava em tudo que fazia. Sua presença iluminava qualquer sala em que entrava, e sua confiança era algo que eu admirava profundamente. Mas, mais do que isso, ela parecia ver além da minha fachada de durona.

Um dia, enquanto eu guardava minhas coisas no armário entre as aulas, Amber se aproximou de mim. Seus olhos brilhantes e confiantes encontraram os meus sem um pingo de medo.

"Oi, Jade," ela disse casualmente, como se fôssemos velhas amigas. "Ouvi dizer que você gosta de filmes de terror. Estava me perguntando se você queria assistir 'A Tesoura' comigo depois da aula. É um dos meus favoritos."

Tentei manter a calma, mas meu coração disparou. "Claro, tanto faz," respondi com um encolher de ombros. "É um bom filme."

Amber sorriu, um sorriso que fez meu estômago dar voltas. "Ótimo! Encontre-me no Blackbox Theater depois da aula?"

Assenti, tentando esconder minha empolgação. "Te vejo lá."

O resto do dia se arrastou como nunca. Minha mente continuava voltando para o convite de Amber. Finalmente, quando o último sino tocou, fui para o Blackbox Theater. Amber já estava lá, preparando o projetor.

"Oi," ela me cumprimentou com um sorriso. "Pronta para um pouco de terror?"

"Sempre," respondi, sentindo um raro sorriso se formar nos meus lábios.

Nos acomodamos, a sala escurecendo à medida que o filme começava. À medida que a música assustadora tocava, sentia a presença de Amber ao meu lado, mais próxima do que eu esperava. De vez em quando, nossas mãos se tocavam, enviando um arrepio pelo meu corpo.

No meio do filme, durante uma cena particularmente tensa, Amber se inclinou para perto de mim e sussurrou, "Eu adoro essa parte. Sempre me pega."

Virei-me para ela, nossos rostos a apenas alguns centímetros de distância. "É, eu também," sussurrei de volta, com o coração disparado.

Por um momento, apenas nos olhamos. A luz trêmula da tela lançava sombras em seu rosto, destacando suas feições. Antes que eu pudesse hesitar, inclinei-me e a beijei.

Foi suave, hesitante no início, mas então Amber respondeu, sua mão gentilmente segurando meu rosto. O beijo se aprofundou e, pela primeira vez em muito tempo, eu me senti... feliz.

Quando finalmente nos afastamos, Amber sorriu. "Eu queria fazer isso há um tempo," admitiu.

"Eu também," confessei, minha voz quase um sussurro.

Voltamos nossa atenção para o filme, nossas mãos entrelaçadas. Pela primeira vez, eu não me senti sozinha ou assustadora. Com Amber ao meu lado, senti que talvez, só talvez, eu pudesse ser eu mesma.

Os dias seguintes foram um misto de emoções. Nós continuamos a nos encontrar, e cada momento com Amber era como uma nova descoberta. No entanto, a escola estava fervendo com rumores. As pessoas cochichavam nos corredores, olhavam para nós de forma estranha. Alguns amigos de Beck até tentaram me intimidar, mas Amber estava sempre ao meu lado, me dando forças.

Uma tarde, enquanto estávamos no pátio, Beck apareceu. Ele olhou para Amber e depois para mim, seus olhos cheios de uma mistura de confusão e raiva.

"Então, é assim agora, Jade? Você e Amber?" Ele perguntou, sua voz carregada de sarcasmo.

"Sim, Beck. É assim agora," respondi firmemente, segurando a mão de Amber com mais força. "E sabe de uma coisa? Estou feliz."

Ele balançou a cabeça, parecendo mais triste do que zangado. "Espero que você saiba o que está fazendo."

Enquanto ele se afastava, Amber se virou para mim, seu olhar cheio de preocupação. "Você está bem?"

"Estou," respondi, sentindo uma nova onda de confiança. "Contanto que eu tenha você ao meu lado, estou bem."

E, pela primeira vez, acreditei nessas palavras.

Na semana seguinte, Beck começou a aparecer com mais frequência. Sempre que me via com Amber, parecia que ele tinha algo a dizer, mas nunca se aproximava. Finalmente, depois de uma aula de teatro, ele se aproximou de mim enquanto eu guardava meus materiais.

"Jade, podemos conversar?" Beck perguntou, sua voz mais suave do que de costume.

Suspirei, fechando meu armário. "O que foi, Beck?"

Ele olhou ao redor para se certificar de que estávamos sozinhos. "Eu... sinto falta de você. Eu cometi um erro. Quero tentar de novo."

Senti meu coração acelerar, mas não de excitação. "Beck, você seguiu em frente. Está vendo outras pessoas."

"Eu sei, mas nenhum delas é você. Percebi que ainda te amo."

As palavras me atingiram como um soco no estômago. Por um momento, fiquei sem saber o que dizer. Parte de mim queria acreditar nele, mas outra parte sabia que não era justo com Amber – ou comigo mesma.

"Beck, eu... estou com Amber agora. Eu gosto dela. Muito."

Ele balançou a cabeça, parecendo derrotado. "Você realmente está feliz com ela?"

Olhei nos olhos dele, minha voz firme. "Sim, Beck. Estou."

Ele suspirou, finalmente aceitando a realidade. "Então, eu só quero que você seja feliz, Jade. De verdade."

"Obrigada," respondi, sentindo um peso sair dos meus ombros.

Quando Amber apareceu, Beck já estava se afastando. Ela me abraçou, e eu soube que tinha tomado a decisão certa. Com Amber ao meu lado, eu finalmente podia ser feliz, sem medo, sem máscaras.



 Com Amber ao meu lado, eu finalmente podia ser feliz, sem medo, sem máscaras

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