Flashback

Era tarde da noite, e estávamos voltando de uma balada. Eu, Alex, Maia, Ian, Caio, Sophie, Tomas, e Juan. A turma. Eles estavam muito bêbados, e chapados, eu desconfio. Estávamos voltando por uma estrada secundária para minha casa. Eu estava carregando eles, porque, com exceção de Ian, que estava me ajudando a carregar, eles não se aguentavam em pé.

E então Aro aparece. Eu estremeço quando ele me vê carregando eles. A verdade, é que eu estremeço porque eles sabiam, desde que eles me viram levar os tiros no lugar deles, e não morrer, nem ser ferida. Eu estava rezando para esse dia nunca chegar, mas...

- Eles sabem?

Aro pergunta, seus olhos vermelhos faiscando sobre a noite. Não adianta mentir.

- Sabem.

- E estão vivos, e humanos?

Ele levanta uma sombrancelha.

- Sim. Estão.

Ele pondera.

- Bom, você conhece a lei. Ou a morte, ou a transformação. Com exceção de seu irmão e sua impunidade, você segue as leis.

- Arinho, só não fale com asco do meu irmão, porque, querido, você me deve... Hum, deixa eu pensar, o trono? O poder?

- Você conhece as leis. Mate-os ou transforme-os.

Eu engulo em seco. Jamais conseguirei mata-los. Não do jeito que Aro se refere.

- Eu vou transforma-los, e assumo a responsabilidade por eles.

Aro assente.

- Vamos até sua casa e eu ficarei acompanhando tudo.

Assinto. Vou caminhando até em casa. Abro a porta e deito-os nos sacos de dormir que eles estavam dormindo.

- O que está acontecendo aqui?

Pergunta Juan.

- Tá tudo certo?

Pergunta Sophie.

- Não, me desculpa, eu não posso matar vocês. É... Vai doer, vai queimar e você vai desejar a morte. Mas eu não posso matar vocês. Desculpa. São três dias, onde doi, e queima. É pior que o inferno. Mas passa. Desculpa.

Abraço eles.

-Tudo bem.

Maia põe a mão no meu ombro.

- A gente já tava esperando isso acontecer, desde que você comentou sobre os Volturi.

Tomas fala.

- Sinto muito mesmo assim.

Ian deita eles e vai para o outro quarto, onde vai dormir.

Aro olha para mim e eu sei o que tenho que fazer. Mordo eles, injetando veneno. Aro espera meia hora, o tempo em que ainda dá para tirar o veneno do corpo e depois vai embora.

Eu sento e espero. Durante três dias. Fico sentada ao lado deles. Só levanto para prepara comida para Ian e para caçar. Tirei as lentes de contato, meu coração falso e o sangue da jaqueta. Ian está deitado com a cabeça na minha perna. Ele dorme tranquilamente. Ouço o coração de Maia bater uma, duas, três vezes, e depois parar. Ela levanta.

- Mãe!

Ela corre e me abraça. Ian acorda e sai do quarto. É melhor.

- O que houve?

- Você virou uma vampira. Mais forte, mais rápida e com os sentidos melhores do que os de qualquer humano. Mais bonita também.

Sua pele negra parece reluzir, e seus cabelos cacheados estão presos em tranças, que eu fiz enquanto... Seus olhos vermelhos contrastam com tudo.

- Mas seus olhos são dourados, e os meus são vermelhos...

Nesse momento, ouço Alex acordar.

- Que porra foi essa que doeu?

Eu rio.

- Espera os outros acordarem que eu explico.

É uma sucessão de corações parando. E eles levantam. Gritos de alegria, de dor, xingamentos, Juan correndo até Alex e eles se beijando e indo capengamente para o quarto antes de eu tossir chamando a atenção deles.

- Vocês transam depois, agora presta atenção. Vocês são vampiros. São super velozes, super fortes, tem os sentidos aprimorados e podem ter um dom.

- Dom?

Sophie pergunta.

- Eu por exemplo, tenho uma ligação com a natureza, então posso fazer uma série de coisas.

Viro vários animais rapidamente.

- Mas vocês devem estar com sede, não?

Eles assentem.

- Existem duas escolhas: O sangue humano e o sangue animal. Eu optei pelo segundo, mas vocês podem escolher o que preferirem. Eu vou levar vocês para caçar sangue animal, que deixa os olhos de vocês dourados. O humano, vermelho. O sangue é como uma droga, e uma coisa, quando você morde um humano, ou você o mata ou o transforma.

Eles concordam.

Durante vinte anos, eu ajudei eles a se adaptarem. Eles nunca me odiaram, nem ficaram putos comigo. Depois disso, nós nós separamos, mas não sem antes trocar números de celular.

Flashbacks, gostaram? Eu gostei de saber um pouco mais a história de Becca. Votem e comentem para eu não ter que ser sacana.

Um novo diaOnde histórias criam vida. Descubra agora