34-Erro meu...

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Parece que eu tô enlouquecendo de tanto ficar presa aqui, não sei se é impressão minha, mas já faz muito tempo que eu fui sequestrada, eu já tentei fugir várias vezes, mas nunca deu certo e além disso eu já tô perdendo a esperança de que alguém vai me achar, e eu nem sei mais se estão me procurando.
Estou morrendo de saudades da minha filha e do Beck, faria de tudo pra voltar pra casa e ficar com eles.
Eu já estou nesse lugar a alguns meses, ou pelo menos é o que eu acho, e parece que eu realmente tô grávida, a minha barriga não tá tão grande, e ainda bem que estou com uma blusa folgada, não quero que a Emma saiba por enquanto.
Esses dias que eu estou aqui, foram os piores da minha vida, e olha que a minha vida já não é muito boa, e a maioria dos meus dias já são horríveis normalmente, pelo que eu fiquei sabendo a Emma fez uma viagem, e depois que voltou fez uma viagem novamente, só que dessa vez eu fui também, sempre com os olhos tampados com alguma coisa, então agora eu nem mais onde eu estou, não sei se estou em outra cidade, outro estado, eu não sei mais de nada.
Pelo menos eu não tive nenhuma crise de asma até agora e o quarto que estou agora é bem melhor que o outro.

- Come logo, nós vamos ter que nos mudar de novo. - A Emma entrou no quarto, com um prato de comida e disse.

- Quero fazer uma pergunta. - Falei antes que ela saísse do quarto.

- Fala logo.

- Que dia é hoje?

- Pra que vc quer saber?

- Fala.

- dois de junho. - Ela disse, saiu do quarto e trancou a porta.

Dois de junho, estava com medo disso acontecer, o aniversário do Beck já passou, queria muito passar esse dia com ele, além disso, se eu descobri a gravidez com mais ou menos um mês eu estou de cinco meses.
Comi a comida, normalmente eu faço desfeita mas estava com muita fome e não teria como ficar sem comer.
Depois de alguns minutos, os capangas da Emma entraram no quarto, me tiraram a força de lá e amarraram minhas mãos, pela primeira vez não tamparam meus olhos.
Estava presa mas pelo menos estava conseguindo ver, tinha dois capangas do meu lado, e já não estavam mais usando aquelas máscaras, a Emma estava concentrada falando no telefone e os capangas estavam meio distraídos, aproveitei do momento para tentar me soltar da corda que estava amarrando minhas mãos, quem me dera estar com uma das minhas tesouras agora.
Contudo, eu consegui me soltar, com muita dificuldade, mas consegui, e isso era só o mais fácil, eu ainda tinha que tentar sair daquele lugar, a porta provavelmente estaria trancada, e a chave sempre está com a Emma, se ela não deixar, ninguém entra ou sai do local, mas como eu iria conseguir pegar a chave? Primeiro eu teria que me livrar dos capangas, percebi que um estava com uma arma, e não vi nenhuma outra coisa que pudesse fazer algo contra mim com nenhum dos dois, mas mesmo se eu conseguisse pegar a arma e atirar neles, a Emma poderia estar com alguma arma também e atirar em mim.
E como esse era meu único plano resolvi fazer mesmo com todas as possibilidades de dar errado, com muito cuidado eu peguei a arma, e antes deles perceberem eu atirei nos dois varias vezes pra me certificar que nenhum deles se ldvantaria contra mim, e como a vida não é um morango, a arma faz barulho, e a Emma se virou contra mim, ameacei atirar e ela fez o mesmo, mas quando fui finalmente atirar para acabar com ela, adivinha, as balas acabaram e a arma não atirou, com isso todo o meu plano foi por água abaixo, a Emma estava cada vez chegando mais perto e apontando a arma para mim, confesso que fiquei com medo dela atirar, mas acho que ela não teria coragem, ou teria?
Conforme a Emma chegava cada vez mais perto, eu fui indo para trás, mas em um momento eu encostei na parede e não tive pra onde fugir.

- Eu avisei que se você tentasse fazer alguma coisa eu ia atirar. - Ela disse.

- A que ponto chegamos... a anos atrás eu disse que te amaria até a minha morte, mas não sabia que você seria a causadora dela. - Eu tentei segurar as lágrimas e eu até consegui, mas uma caiu do meu olho e pra falar a verdade eu percebi que aconteceu o mesmo com ela. - Quem sabe em outra vida possa dar certo.

- Eu sinto muito.

- Não sinta, amar você foi erro meu, não seu. - Fechei o olho esperando ela atirar, e todas as lágrimas que eu estava segurando saíram.

Escutei barulhos de tiros, mas, nenhum acertou em mim, achei estranho e resolvi abrir o olho.
Eram policiais, eles ameaçaram atirar na Emma, mas ela me usou de refém e se eles atirassem ela ia atirar em mim.
Eles prometeram não fazer nada com ela, mas ela tinha que me soltar, demorou um pouco e eles não conseguiram entrar em um acordo, então quando a Emma se distraiu um pouco eu corri pra fora da casa.
E lá estavam o Beck, o Ethan e o meu pai, eu fiquei tão aliviada, corri pra abraçar o Beck e no abraço dele desabei em choro, eu acho que nunca abraçei ninguém tão forte.

- Fica calma amor, tá tudo bem agora. - O Beck disse tentando me acalmar com um ar de alívio.

Ele tirou a blusa de frio dele e colocou em mim, estava ventando muito.
Abraçei o Ethan e o meu pai também, eu não sou muito de toque físico, mas eu precisava fazer isso, depois voltei para os braços do Beck e fiquei com ele até que chegaram mais alguns policiais e mandaram a gente sair dali e ir para o hotel, e que eles iam tentar resolver as coisas com a Emma.
Com isso, nós entrarmos no carro e o Ethan começou a dirigir, o meu pai foi na frente com ele e eu fui atrás com o Beck.
Ele passou a mão na minha barriga, parecia que ele já sabia que eu estava grávida, ele olhou para mim querendo que eu confirmasse isso e foi o que eu fiz, balancei a cabeça fazendo sinal de sim e ele deu um sorriso.
Até certo momento eu não estava reconhecendo o lugar, mas a partir de um momento eu reconheçi, estamos em Nova York, só reconheçi porque já morei aqui, mas tenho memórias muito vagas pois eu era muito pequena.
Em poucos minutos chegamos no hotel, subi para o quarto com o Beck, mas o Ethan e o meu pai ficaram na recepção.

Uma grande mudança (Bade)Onde histórias criam vida. Descubra agora