De raspão.

89 11 10
                                    

─── Certo. . . Deixe-me fazer o que eu tenho que fazer e ninguém sai machucada daqui, combinado?! ── A voz da mulher desconhecida atingiu a audição de Swan. Uma voz firme, embora um tanto arrastada, como se aquela situação já tivesse acontecido antes com ela. Quem era aquela mulher e o que ela fazia ali?!

─── Oh, eu sinto muitíssimo por estar atrapalhando a sua noite, ladra. . . ── A última palavra fora solta baixinha, sequer deu para a morena escutar. ─── Mas você também está atrapalhando a minha. Agora responda a minha pergunta. Quem é você e o que faz aqui?! ── A morena revirou os olhos. Os marrons estavam sendo expostos na única luz que estava ligada naquela mansão, a mini lanterna de Emma.

As órbitas da "ladra" fixaram-se na delegada. Durante alguns segundos, Swan sentia que a oposta estava lhe analisando. Por algum motivo, engoliu em seco. O olhar de outrem era intenso, como se estivesse tendo milhões de pensamentos ou tentando apenas intimidá-la. O que deixava Emma curiosa, nunca se deixava abater quando isso acontecia. Muito pelo contrário.

─── O que você é, hm? O que você faz?! É mais uma ladra como eu? Presumo que você esteja me julgando disso neste exato momento. ── Rebateu, parecia querer ganhar tempo.

─── Qual é o seu nome? ── Emma perguntou fazendo a mulher em sua frente rir de imediato, o que fez Swan estreitar os olhos.

─── Eu não vou lhe falar o meu nome! Eu tenho cara de idiota?! ── Questionou com os olhos arregalados. Swan tirou o seu distintivo e apontou para a semelhante.

Um barulho nos arbustos fora ouvido pelas duas mulheres e, antes que pudessem ver quem era, um homem de estatura baixa invade a mansão. Ele aponta a arma para Emma - certamente viu o seu distintivo -, assim que ela vai olhar para ele, é surpreendida com um disparo. Acertando-lhe de raspão no braço esquerdo. O som do tiro também lhe tirou do juízo perfeito.

─── O que você fez?! Imbecil! Você tem algum problema?! Quem é você?! ── A morena dispara em um tom desesperado porém firme. O homem balança a cabeça, respirando profundamente. Parece estar entrando em colapso, em um mini estado de surto seguido de desespero. Ele não deveria ter feito isso e ele sabe. A mulher de cabelos curtos segura rapidamente Emma, que com o impacto acaba se desequilibrando e indo quase ao chão, só sendo sustentada pelas as mãos de outrem.

─── Caralho! O que eu fiz?! Eu só queria ser o melhor para o meu chefe. Mas eu matei alguém. . . Meu Deus! O que eu acabei de fazer?! Ela morreu?! Eu a matei?! ── O tom de voz do rapaz era desesperador, seu timbre chegava a falhar. Ele estava arrependido, ou era o que parecia. Quando de repente ele ergue as mãos e aponta a arma novamente para a loira. ─── Eu tenho que terminar o que comecei...

A morena de imediato segura Emma com uma mão apoiando-a em seu braço e com a outra saca a sua arma que estava na cintura. Apontando para o sujeito rapidamente.

─── Eu não sei quem você é, e de qual buraco você saiu mas vai voltar para ele agora! Saia logo daqui, inferno! E diga ao seu chefe, seja lá quem ele for, que ele é um merda! E diga que você aprendeu isso com ele! ── O homem fica estatalado, como se estivesse digerindo cada palavra dita pela mulher mascarada. ── SAI, ESTÚPIDO! ─ Após o grito, o homem desiste do que estava determinado a fazer e some no segundo seguinte, pelo mesmo lugar por onde entrou. Talvez o medo tivesse lhe preenchido. Talvez a ideia de matar Emma Swan estivesse assombrando a sua mente.

Será que iria valer a pena matar alguém só para se mostrar "O melhor capanga do chefe"? Será que essa "medalha" iria valer uma vida? E, por que diabos estão tentando matar Swan? Várias perguntas sem respostas.

─── É um susto, mas dói para um cacete! ── Murmurou Swan, incomodada com o tiro de raspão em seu braço esquerdo. Seus ouvidos também doíam pelo disparo.

Forbidden love. (Swanqueen).Onde histórias criam vida. Descubra agora