Forbidden love. (Swanqueen).

Segredos de infância.

Ambas subiam as escadas e os olhos de Emma se encantavam cada vez mais pela casa. Ser tão observadora era resultado do seu trabalho, ela não conseguia evitar. E não era por mal, olhava o ambiente em admiração.

─── Fico contente de finalmente conhecer você. Regina comentou sobre algumas vezes desde que lhe conheceu. ── Comentava Zelena, terminando os últimos degraus da escada, era giratória, o que dava mais riqueza ao ambiente.

─── Tivemos algumas esbarradas por aí... o mundo é realmente muito pequeno. ── Disse a loira, ainda seguindo Zelena.

─── Aqui é o quarto onde você vai ficar. ── Apontou para o primeiro quarto após as escadas. ─── Mas antes, talvez você vá gostar de conhecer a varanda e a visão que temos dela. Pelo que notei, você observa bem os lugares. Talvez goste de observar esse. ── Olhou para Emma, convidativa ao sorrir ladino.

Swan assentiu com a cabeça, lhe oferecendo também um sorriso calmo. Concordando com o convite. Além da residência ser bonita, a visão pela noite deveria ser ainda mais atrativa.

Ambas caminharam para a varanda da casa, era um lugar espaçoso. Tinha duas poltronas brancas, uma estante pequena de livros na parede. Era de fato um lugar de lazer. Algumas decorações, plantas menores no chão enfeitavam mais ainda o ambiente e a visão do céu estrelado era magnífico.

─── Uau... eu imagino que vocês passem horas aqui, certo? É tão... bonito! Eu ficaria sempre aqui. ── Elogiou novamente, a delegada seguia encantada com a vista ao observar o céu estrelado.

─── Bom, o pai de Regina, meu padrasto ele gostava mais desse lugar. Quando acontece algo com Regina, sei onde encontrá-la. Bem aqui. ── Confessou ao encarar a varanda, era onde Regina ficava quando algo preocupava a morena. Lhe dedicou um sorriso mais leve agora, ladino.

A ruiva apoiava seus braços devagar na varanda, seu olhar encarava o céu estrelado, parecia ter memórias. Emma não gostaria de trazer memórias ou lembranças tristes, pelo contrário.

─── Desculpe se falei algo errado, Zelena. ── Comentou ao se apoiar também na varanda, olhando a mulher ruiva de relance.

─── Eu e Regina somos filhas da mesma mãe, mas não do mesmo pai. ── Explicou. ─── Porém, quando não morávamos juntas, Henry, o pai de Regina, sempre levava ela para me ver. Ele fazia questão que estivéssemos juntas sempre. ── Sorriu ao lembrar. ─── Já a nossa mãe, bom... ela não fez seu papel de mãe como todos esperam. Existem contratempos, é óbvio. ── A voz da ruiva saia com pesar, embora seu semblante mostrasse que estava tranquila quanto aquela situação. Parecia já ter superado. ─── Ser mãe é uma tarefa difícil, mas se você consegue se esforçar um pouco mais, consegue fazer um trabalho bem feito. Bom, não foi o resultado de Cora. ── A mulher deu de ombros.

Olhou para Emma, a loira parecia prestar atenção em cada palavra que saia de sua boca. Aquele momento de conversa estava sendo muitíssimo agradável. Zelena parecia mais receptiva ao ter uma conversa com ela do que julgou anteriormente. Já que seu semblante na primeira vez que a viu fora mais fechado. Não há como julgar as pessoas pela primeira batida de olho. É errado julgar alguém pela 'capa', semblante fechado ou mal-humorado. Talvez a pessoa só não esteja em um bom dia.

─── Eu sinto muito por isso, Zelena. Mas pelo que Regina disse, vocês duas sempre foram muito grudadas. E você sempre cuidou dela. Acho que sempre foi algo muito recíproco entre vocês duas. Eu consigo observar isso. ── Sorriu, dessa vez, tombando a cabeça para vê-la melhor. Sua atenção era dividida entre a ruiva e o céu estrelado.

─── Como eu disse, eu e Regina sempre nos demos muito bem, apesar dos pesares. No final das contas, quem amamos e nos ama sempre permanece ao nosso lado, certo? É assim que tem que ser. ── Comentou por fim e deu de ombros. ─── Mas me conte... e você? Tem família? Como é a sua relação com eles? ── Questionou curiosa, mas não querendo ser intrometida, pelo contrário.