Desculpe. Nós não podemos.

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Um beijo necessitado. Um beijo preciso. Com ligeirice, porém intenso. Um beijo de estrela cadente, por mais rápido que tenha sido, seria eternizado na memória. Sua marca ficaria gravada como fica nos olhos de quem a vê passeando pelo céu imenso. Sua passagem é marcante.

Por segundos era como se ambas necessitassem uma da outra. Os seus corpos gritavam por isso. Necessitavam do beijo, do toque. O beijo fora ficando intenso. Mills puxou Emma para mais perto. Uma das mãos da morena era fixada na cintura alheia, a outra, segurava a lateral do rosto alvo com delicada, puxando-o para mais perto, - como se fosse possível.

Emma suspirava durante o ósculo, e suas mãos estavam apertando os braços opostos agora, como se estivesse se equilibrando ali, ou descontando a tensão e o formigamento que crescia pelo seu corpo inteiro.

A mulher morena além de atraente, lhe deixava totalmente sem jeito e sem rumo. Mas naquele momento, ela só queria mais. Ela precisava de mais. Mais contato com Regina. Mais de seu corpo colado ao seu.

Uma batida na porta trancada. Ignoraram enquanto Regina encostava a loira na parede do banheiro, intensificando o ósculo, Emma suspirou baixinho com a pressão do corpo de Regina contra o seu. As mãos da morena adentravam a peça de roupa com facilidade, tocando com luxúria a pele exposta do abdômen alvo. Elas paravam apenas para recuperar o ar que se fazia necessário.

Duas batidas. Ignoraram mais uma vez, enquanto Emma arrastava os dígitos firmes pelos braços da morena, indo em contato com as costas nuas, arranhando-a com as pequenas unhas. Ouvindo um suspiro lento em resposta da morena quando sentiu as pequenas unhas lhe arranharem.

Chateadas com a insistência do incômodo do outro lado da porta. Três batidas seguidas e um: "Estou apertada. O que diabos aconteceu com essa porta?!"

Mills afastou-se de Emma, não querendo se afastar, mas era o melhor a se fazer naquele momento. Ou era o que ela pensava.

─── Desculpe por isso, Swan. Desculpe. . . Eu... não posso... não podemos. ── Comentou baixinho, suspirando próxima a boca oposta. As respirações facilmente se confundiam. Com os olhos fechados, se abrisse, tomaria novamente os lábios finos e rosados e não largaria mais. Regina precisava tanto daquilo quanto Emma também precisava. ─── Obrigada por essa noite. Desculpe mais uma vez. Acho que é melhor eu ir. ── Abaixou a cabeça, rumou até a porta, destrancou-a e não fez questão de fazer tanto contato visual com quem estava ali. ─── Essa maçaneta está com algum defeito, perdoe a demora. Tenha uma boa noite. ── Deu uma desculpa esfarrapada e foi embora, mas ela estava querendo ficar.

O beijo fora como um encaixe perfeito, a melodia que os corpos faziam ao se chocarem, os dígitos suaves e precisos firmes na pele. Regina foi, querendo ficar.

Emma tratou de se recompor do momento tenso, o formigamento ainda existia e a frustração pela mulher ir embora lhe deixava desorientada. Fora até a pia, olhou-se no espelho e respirou fundo, ajeitando a sua roupa.

─── Esses restaurantes estão a cada dia que passa com mais problemas. Maçaneta do banheiro com defeito?! Ah, não acredito! Essa sim é novidade! ── Resmungou a senhora que entrava no ambiente. Cabelos grisalhos e muito bem vestida. ─── Boa noite, querida. ── Ela cumprimentou Emma, indo até a pia e lavando as mãos ao lado da delegada.

A loira sorriu de lado, nitidamente sem jeito. Almejava que a mulher não tivesse notado ou escutado nada. ─── Boa noite! ── Suspirou. ─── Pois é! É cada uma. . . Espero que consigam consertar isso logo.  ── Comentou como se tivesse prestado atenção em cada palavra que a mulher havia proferido. Mas não, ela não tinha prestado atenção em nada.

Seu pensamento estava na morena. Em como o beijo teve um encaixe perfeito, em como foi tão bem sincronizado. Em como a pressão do corpo de Regina no dela estava lhe levando ao delírio. Conseguia sentir os toques ainda em sua pele, talvez fosse o desejo de tê-la ali.

Forbidden love. (Swanqueen).Onde histórias criam vida. Descubra agora