Dessa vez, você não escapa.

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A cama era confortável, Swan dormia como uma pena, levíssima. O frio que sentia era amenizado pelo edredom pesado porém macio, cobrindo inteiramente o seu corpo, só seu rosto estava amostra. Quando a madrugada chegou, ela acordou. Fora a preocupação que estava tendo ultimamente que não a deixava dormir bem.

Eram exatamente duas e quarenta e sete da madrugada, os esverdeados abriam de maneira preguiçosa. Alcançou o seu aparelho celular que estava na mesinha ao lado, vendo que ainda era de madrugada. Bufou, tristonha. Quando acordava assim, não conseguia dormir de novo, só depois de um tempo. Custava para pegar no sono novamente. Imaginou que pela manhã iria passar em sua residência ligeiramente e logo ia para a delegacia, haviam alguns casos que necessitavam de mais atenção. Sem contar que ter alguém a perseguindo já era preocupante o suficiente.

Desbloqueou o aparelho celular, e mesmo que a hora não permitisse, mandou uma mensagem para Matilde, informando a mesma para ela não ir trabalhar naquele dia. Emma não gostaria que a mais velha visse a 'obra de arte' que estava em sua parede. Ia resolver aquilo o mais rápido possível. E sabia que a mulher deixava o celular no mudo quando iria dormir, então não se preocupou, não iria acordá-la.

O instinto de exploração lhe atingiu, juntamente com o roncar de sua barriga informando que estava faminta. Emma deixou o celular de lado e respirou fundo, criando coragem. Seu plano era o seguinte: descer as escadas em completo silêncio, pegar alguma fruta e comer, assim, enganaria sua barriga até a manhã.

A loira saiu da cama, abriu a porta do quarto e fechou com cuidado para não fazer barulho, lembrou-se vagamente das palavras de Mills ao passar pelo quarto da semelhante. Será que ela estava acordada? Não iria incomodá-la, mas estava tentada levemente a entrar. Desceu as escadas em completo silêncio, tudo estava escuro, ela deduziu que mais ninguém estava acordado junto com ela, afinal, era tarde e Regina e Zelena com certeza estavam no décimo segundo sono.

Em passos rápidos porém silenciosos, Swan chegou na cozinha, procurava o interruptor. Ao encontrar, ligou a luz, assustando-se com a figura de Regina parada ao lado da geladeira com um copo de água em mãos.

─── Meu Deus! Que susto! ── Esbravejou Emma, colocando a mão sobre o peito e tentando se tranquilizar. Ela não esperava encontrar Mills ali parada.

─── Que susto digo eu! Você vem silenciosa como uma alma e acende a luz do nada! ── Respirou profundamente, depois de quase cuspir a água da boca.

─── O que você está fazendo na cozinha com a luz apagada? A culpa é sua! Geralmente as pessoas ligam a luz quando está escuro, sabia? ── Encostou-se no balcão na medida que ia se tranquilizando, a loira tinha tomado um baita susto.

─── Eu conheço perfeitamente essa casa. E estava apenas tomando um copo de água para retornar ao quarto. Fora que, estou com a lanterna do meu celular caso precise. ── Explicou, curvando os lábios em um bico, fingindo chateação. ─── O que faz acordada, senhorita Swan? ── Questionou curiosa, colocando o copo que segurava na pia.

─── Eu... acordei do nada. E senti fome. Ia apenas pegar alguma fruta, se não se importa. ── Respondeu calmamente.

─── Que tal um lanche na madrugada então? Parece uma boa ideia. Gosta de banana? Eu ofereceria maçãs, mas Zelena não repôs essa fruta magnífica. ── Formou um bico tristonho nos lábios, era sua fruta preferida.

─── Claro! Adoro banana. Com leite, o que você acha? ── Perguntou, agora entusiasmada.

Regina assentiu com a cabeça, pegou algumas bananas e colocou-as no balcão, próximas de Swan. Pegou o leite em pó, duas tigelas médias e colocou perto das frutas. Alcançou duas facas e dois garfos, trazendo-os também.

Forbidden love. (Swanqueen).Onde histórias criam vida. Descubra agora