Explique-me isso.

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Estacionou o seu carro na primeira praça que havia encontrado. Repousou o rosto nas mãos que estavam apoiadas no volante, fechando os olhos em seguida. Swan respirou fundo, ainda se sentia estúpida por ter feito o que fez. Suas atitudes anteriores não fazia jus a sua pessoa. Porém, pensava que: se não havia segredos, por que Mills estava mascarada naquela mansão? Por que não poderia dizer o motivo pelo qual estava lá? Isso não entrava em sua cabeça de forma alguma.

Desligou o carro, retirando as mãos do volante que segurava com firmeza e sua cabeça das mãos, reunindo coragem para saltar do veículo. Assim o fez, descendo do carro alguns minutos depois. Guardou as chaves consigo após trancar as portas. As mãos foram colocadas nos bolsos da calça, e a loira seguia caminhando pela praça. Ao avistar um banco livre, resolveu sentar ali. Assim o fez.

O corpo relaxou minimamente no banco, Swan espalmou suas mãos nos joelhos ao soltar o ar pelo nariz, encostando-se lentamente suas costas no banco. Os esverdeados observavam cada detalhe do ambiente, cada pessoa, cada paisagem que era vista por eles. Havia um casal de namorados em outro banco próximo, não tão distante, mas não era como se ela pudesse escutar sua conversa. Um homem brincando com o seu filho, o garotinho parecia se divertir. "Olha, pai... o que eu sei fazer!" O menino dizia, e Emma soltou uma risadinha com aquela interação. Mais a frente, duas mulheres em pé conversando enquanto suas filhas brincavam também.

A delegada por mais que só estivesse observando, ali tinha uma grande reflexão. Tinha para si que problemas apareciam, mas a vida continuava. Você pode simplesmente ir para a praça e brincar com a sua filha ou ficar algumas horinhas conversando com o seu amigo. Mas, infelizmente, quando você retornar ou quando estiver sozinha novamente, o problema não vai sumir só porque você esqueceu dele por alguns minutos. Ele retornará. Sua opção é lidar com ele, bater de frente e resolvê-lo. Reparar seus erros. Corrigir suas imperfeições. Só você poderia consertar aquilo.

Os devaneios foram embora quando avistou o mesmo garotinho que brincava com o pai cair do escorregador. O menino gritava de dor enquanto o pai corria para ajudá-lo. Emma não hesitou, levantou-se depressa e fora de encontro a eles, a loira tinha que ajudar, era um dos seus instintos. Abaixou-se em frente ao pequeno, segurando delicadamente em seu ombro, na intenção de chamar sua atenção enquando lhe verificava com os olhos atentos.

─── Está tudo bem, garoto? Onde está doendo? ── Emma perguntou ao mais novo, seu semblante era de preocupação. O homem de estatura alta se aproximou, ajoelhando-se perto da criança. Carregando a mesma expressão preocupada de Swan.

─── Filho?! Você está bem? Por favor, fala com o papai. . . ── A criança balançou a cabeça em negação, apontando para o pé. Onde parecia sentir mais dor.

─── Me chamo Swan. Ele parece estar com muita dor no pé, talvez tenha dado algum jeito. . . Vamos levá-lo ao hospital, certo? ── Dizia tranquilamente, em momentos assim a delegada sabia como se portar. E não deixaria de ajudar aquele garoto, na realidade, faria questão de ajudar.

─── Não se preocupe, do meu filho eu posso cuidar... Swan, não é? ── Questionou com um semblante rude, parecia que aceitar a ajuda da loira iria lhe ferir de alguma maneira. Que ego era aquele? A loira revirou os olhos, soltando o ar pelo nariz e pedindo paciência aos céus.

─── Sou a delegada Swan. Daqui que chame uma ambulância já estamos no hospital, fora que, enquanto discutimos sobre isso, seu filho continua sentindo dor e a hora vai passando. Nada se resolverá assim. Garanto que serei uma boa ajuda e darei a vocês todo o apoio necessário. ── Proferiu extremamente convencida, vendo o semblante do homem mudar ao ouví-la mencionar seu ofício. Parecia concordar agora, ou ao menos, tentar concordar. Ele sabia que a loira estava certa.

Forbidden love. (Swanqueen).Onde histórias criam vida. Descubra agora