O que ela esconde?

45 8 17
                                    

Entrava em alguns atalhos que o GPS lhe orientava, não conhecia aquele caminho mas estava decidida a fazer aquilo. Com as duas mãos firmes no volante, não podia mais esperar as respostas caírem do céu. Talvez só indo buscá-las poderia encontrá-las. Já estava frustrada pelo caminho estranho que percorria, sem contar que o GPS mais lhe atrapalhava do que lhe ajudava. Ou apenas era só a frustração do dia aparecendo mais uma vez para Swan.

Não entendia o porquê tudo parecia dar errado naquele momento. Seria um sinal do destino ou até mesmo do universo para Swan não prosseguir com sua ideia mirabolante? A delegada era teimosa, talvez ela não quisesse reconhecer os sinais e descartava todos eles. Rebeldia pura.

Engraçado como um impulso pode te fazer ter atitudes que jamais você teria. Vez ou outra, ela seguia esses impulsos. Algumas dessas vezes, ela conseguiu conquistar um resultado bom no final. Nas outras vezes que sobrava... bom, as coisas não saiam do jeito que a loira esperava. Mas a vida era assim, certo? Você lida com as consequências de suas escolhas. Com as consequências de seus atos.

─── Está bem... é aqui. Eu lembro perfeitamente desse lugar. ── Comentou consigo mesma, após estacionar o seu veículo. Respirou fundo, criando coragem ao tirar o cinto de segurança e sair de seu carro. Andou com passos rápidos atravessando a rua, adentrando o prédio em questão.

O ambiente continuava igual, parecia que não era tão movimentado quanto pensou, o que era bom, pelo menos para o que Emma estava planejando em fazer naquele momento.

Rumou em direção ao quarto que Mills havia a levado na noite que esteve ali mas, ao se aproximar, escutou um barulho vindo do mesmo. Eram passos, e não era apenas passos de uma pessoa. Como se a porta estivesse se abrindo, e ela estava. Alguém estava saindo do apartamento.

De imediato se escondeu no primeiro canto que havia encontrado, para a loira, atrás de uma planta média era a melhor opção naquele momento, - era a única que tinha, não tinha tantas alternativas. Estava atenta e observando quem sairia de lá de dentro, seu corpo se encontrava curvado atrás do objeto.

Avistou duas mulheres, uma era Regina, a silhueta e a risada alta havia lhe condenado, era inconfundível, a noite do restaurante invadiu a sua mente com urgência. Poderia reconhecer aquela gargalhada de longe. Afastou os pensamentos anteriores, não poderia ser vulnerável naquele momento. Estava ali com um único objetivo.

A outra mulher... bom, ela era uma ruiva, bem vestida e também posturada, elegante. Carregava uma bolsa nos braços. Era uma mulher super atraente, podemos dizer assim. E era alta. Swan não a conhecia. Ambas saiam juntas gargalhando, pareciam ser amigas... há muitíssimo tempo. Ou Emma imaginou que fosse. Revirou os olhos brevemente sem sequer notar, o parentesco da ruiva com Regina não era importante. Ao menos não era para ser.

─── É errado o que eu vou fazer...? É. Talvez Regina me odeie se descobrir? Talvez... mas eu tenho que fazer isso. E ela não irá me odiar se não descobrir. ── Conversava com sua própria coincidência baixinho.

Deu de ombros e apertou os lábios, mesmo que se sentisse culpada por aquele ato impulsivo, não mudou de ideia. Correu em direção ao quarto quando ambas se afastaram o suficiente, colocando o pé para impedir que a porta se fechasse. E conseguiu.

Estava dentro, conseguiu. Embora estivesse sentindo-se culpada naquele momento, sentia-se também vitoriosa pela parte inicial do seu plano mirabolante ter dado certo.

Já estava lá, não tinha o porquê voltar atrás naquela decisão e naquela situação. Não naquele momento. Decidiu seguir em frente. Via que era a única opção ou... era no que queria acreditar. Já estava lá, seguiria seu plano. Ou não? O arrependimento batia na porta de sua coincidência. Emma não era assim.

Forbidden love. (Swanqueen).Onde histórias criam vida. Descubra agora