Capítulo 11

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Ontem tivemos um dia de folga. Muito estranho. Eu e as meninas decidimos assistir o primeiro jogo do time masculino, já que eles vivem nos nossos.

Fazia tanto tempo que eu não vibrava que nem maluca na arquibancada por um time. Foi bem divertido, principalmente porque estava com as minhas amigas.

No final do jogo algumas pessoas pediram para tirar fotos conosco. Eu me senti tão importante. Um garotinha, com a camisa do nosso time veio até mim e disse que eu era sua inspiração e tiramos uma foto. Eu quase chorei alí mesmo.

Também no fim do jogo, eu tive que me fingir de sonsa quando percebi que Jake olhava para torcida. Eu precisava, por alguma razão, fingir que não fiquei o jogo inteiro olhando cada movimento que aquele ladrãozinho fazia.

Cada bloqueio, cada ataque e Ace. Obviamente não só dele. Me vi torcendo para todos. Inclusive para ele.

Ele provavelmente percebeu isso, já que buscou ao time feminino com o olhar no último ponto.

Olhei para o teto essa hora, reparei a quantidade de lâmpadas... esse lugar deve ter patrocínio com a companhia de luz.

Enfim. Depois do jogo, quando voltei para casa e cochilei no sofá, eu sonhei com Jake. Para sonhar com ele só sendo pesadelo mesmo.

Enfim, o bom é que consigo acordar á qualquer hora dos meus sonhos e não aprofundei muito nesse. Ele estava com aquele cabelo fofinho, o sorriso ladino e o olhar orgulhoso, como de costume.

Acordei em um pulo de tão assustada, literalmente. Só de ver o rosto dele formado pelo meu subconsciente, e que essa droga o formou, me deixa nervosa.

Hoje minha cabeça só pensa nisso, e como não tenho treino para me distrair, estou enlouquecendo. Literalmente.

Todo dia de folga vamos ao shopping, já decorei o mapa daquele lugar. Me lembrei que esse mês uma feira oriental acontece no centro. Ótima opção para variar.

Lavei meu cabelo, coloquei uma calça de moletom, meu top e uma blusa de frio por cima. Precisa sair, peguei meu fone, tirei uma foto e saí.

Já eram quase sete horas. Cheguei e o cheiro de várias comidas que eu não sabia o nome invadiram minhas narinas. Tinha tanta coisa naquele lugar... roupas, acessórios, comidas, tudo.

A cultura é exibida de forma clara aqui, o que me faz querer saber mais.

Parei em uma barraca que de longe parecia vender mini pizzas, mas quando cheguei perto vi que eram "okonomiyakis", é como uma panqueca frita de repolho. Não resisti e pedi um.

É incrível. O sabor é incomparável... sem palavras. Fui seguindo pelo corredor de barracas e eu vi mais uma loja de comidas, várias bebidas em uma língua que eu jamais entenderia. Peguei uma branca, escrito "Calpis" na parte de cima.

Parecia ser boa, fui em direção ao caixa para pagar e bato de frente com uma pessoas que segurava algumas coisas com nomes que também não sei ler.

— Ai meu Deus! Me desculpe mesmo por isso! — a garota de cabelos lisos e castanhos parece preocupada comigo.

— Tá tudo bem! Não se preocupe.

Agacho e pego algumas coisas dela que caíram.

— Obrigada. Olha, passa essa bebida aqui, com as minhas coisas.

Arregalo os olhos.

— O que? Não. Não precisa, eu juro que não foi nada.

Ela sorriu e percebi que seu rosto era parecido com umas das atrizes do filme que Camila me obrigou à assistir dias atrás, ela parecia ser legal que nem no filme.

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