Capítulo 12

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"Quando a pessoa faz com que seu tempo voe, essa pessoa é a certa?"


No caminho para escola ligo para Ana e ver se ela consegue me ajudar em algo.

— Sabia que pessoas que dormem mais costuma ter menos rugas — É o que ela diz ao atender

— Bom dia para você também! Preciso falar com você. Está sabendo algo sobre o Adriano?

E a única coisa que escuto é o silencio. Ela dormiu?

— Ana! Ana! Você não dormiu não né?

— Oi – Diz ainda com a voz de sono — estou aqui, estou acordando. Não, eu sei o mesmo que você, ele desapareceu sem avisar nem mesmo a família.

— Se eu disser que recebi uma ligação dele, me chamaria de louca?

— O que? Me conta isso direito.

— Ele ligou do telefone dele, não atendi então ficou nas chamadas perdidas e depois que bloqueei ele esta me ligando de telefones diferentes, falou sobre o Micael, estou simplesmente em pânico, Pedro falou para não me preocupar...

— Pedro, seu irmão mais velho. Ele não se afastou de vocês, tipo a bastante tempo — Ela diz chocada, assim como eu fiquei

— Exatamente. Anda tudo estranho ultimamente, bem achei que sabia de algo. Se tiver qualquer novidade Ana, por favor me avisa — Digo por fim finalizando a conversa

— Claro! Tchau.

Quando estou próxima do portão da escola já sou recebida calorosamente com um abraço apertado

— Alicia raio do meu dia, como você esta?

— Alan, meu amorzinho estou bem e você? — respondo

— Melhor agora, meu dia será melhor com a sua linda presença.

Começo a desconfiar de toda essa bajulação.

Na aula de historia o professor nos informa que nosso próximo trabalho para entregar será dupla e que temos a liberdade de escolher nossos colegas

Jogo uma bola de papel no Alan para chamar a sua atenção

— Vamos fazer o trabalho juntos, por favor, não deixe que eu faça sozinha — Imploro.

— Desculpe Ali, eu já tenho uma dupla, você terá que achar outra pessoa.

— Alan! Achei que fosse meu amigo — Digo indignada, vou ser a esquisita que fará o trabalho que é em dupla sozinha — Achei que eu fosse seu raio do dia.

Ele da uma risada sarcástica e vai em rumo a sua dupla.

Assim que fecho meu caderno emburrada com o Alan, do meu lado esquerdo escuto barulho de cadeira quando me viro e vejo quem acaba de sentar do meu lado.

— Ah sério? Você pagou o Alan, não foi?

— Eu até poderia, mas ele fez gratuitamente. Você será minha dupla, menina do livro caro.

Estou pronta para negar o pedido, mas aí lembro que estou dando uma chance a nossa amizade.

— Na sua casa ou na minha? — Ele diz com olhar malicioso

— Aqui na escola, ou podemos ir em uma praça, não vou levá-lo a minha casa nem a pau.

Ele ri sem acreditar no meu comentário.

Não acredito que o Alan fez isso comigo, aquele descarado. Agora sou obrigada a fazer um trabalho escolar junto com o garoto que faz meu estomago borbulhar, como vou manter a minha mente no lugar com ele por perto.

PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora