CAPÍTULO 06

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Boa noite, até sexta posto mais um...

Até mais...

Quando sai da tenda me deparei com Mustafá conversando com Abul, e eles pareciam preocupados

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Quando sai da tenda me deparei com Mustafá conversando com Abul, e eles pareciam preocupados.

— É melhor você ir até lá e ver o que está acontecendo.

— Sim senhor. Ligarei assim que chegar lá. — Abul me olhou, cumprimentou-me com um menear de cabeça e saiu. Mustafá passou a mão nos cabelos.

— Aconteceu algo? — perguntei.

— Nada demais, só meu competidor que não cumpriu o tempo devido e não faço ideia do por que. — ele olhou para os lados. — Procura algo?

— Você viu a moça que me emprestou as roupas? — ele ficou me olhando, depois desceu o olhar para as roupas que eu vestia. — O que foi?

— Você fica bem com roupas mais simples. — então voltou a me olhar nos olhos. — Na verdade, você parece outra pessoa.

— Espero que isso seja um elogio. — ele sorriu.

— Podemos dizer que sim. — Mustafá apontou para uma das tendas a frente. — Ali é o dormitório, Nádia deve estar lá.

Olhei para onde ele apontou, mas não me movi. Olhei para ele novamente, e vi que me olhava. Tinha algo que simplesmente me impedia de me afastar dele. Ficamos nos encarando em silêncio. Por um minuto acreditei que ele não fosse tão ruim quanto gostava de parecer. Acabei sorrindo.

Mustafá continuou sério, mas o clima estranho que nos rodeava foi quebrado quando gritos foram ouvidos, e Melissa saiu correndo da tenda, seguido por um rapaz que segurava um tecido em chamas.

— Você está louco? — ela gritou.

— Foi você que colocou fogo lá dentro, não eu. — ele falou mais algumas coisas que não consegui ouvir. Mas ele parecia bravo com ela. Eu acabei rindo.

— Ela não para. — comentei.

— Eu tenho pena do futuro marido dela, isso sim. — Mustafá comentou ao meu lado.

— Ela é nova, vai crescer e amadurecer muito até lá. — pelo semblante Mustafá não parecia ter tanta certeza.

— Que Allah te ouça. — ele levantou as mãos para o céu. E rimos os dois.

— Queria te agradecer. — ele ficou sério. — Eu sei que você vai cobrar o favor em algum momento, mas mesmo assim, obrigada por ter salvo minha vida. — sem que ele esperasse, eu me aproximei o suficiente para lhe dar um beijo no rosto.

Não queria esperar para ver sua reação, porque eu sentia que meu rosto estava começando a esquentar, pela atitude ousada. Mas antes que eu me afastasse, sua mão segurou meu pulso, gesto esse que me fez tremer por inteira. Meu coração estava batendo rápido demais para que pudesse acompanhar com a respiração. Me virei e vi que seus olhos me analisavam intensamente.

INDOMÁVEL Série Maktub / livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora