CAPÍTULO 22

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Olá, boa noite.

Eu ainda estava atônita quando entrei na casa, e a senhora que estava na cozinha veio em meu encontro com uma toalha e uma pomada nas mãos

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Eu ainda estava atônita quando entrei na casa, e a senhora que estava na cozinha veio em meu encontro com uma toalha e uma pomada nas mãos.

- Tome menina, lave os pés e passe essa pomada, não vai deixar formar bolhas.

- Obrigada. - agradeci, e ela sorriu de volta. Mustafá havia ido para o escritório com Abul. - A senhora trabalha aqui há muito tempo? - eu queria saber mais sobre Mustafá, e talvez sondar os que estavam a sua volta fosse mais fácil.

- Não, só venho às vezes quando meu menino pede. - fiquei confusa com o que ela falou, e a senhora sorriu achando graça. - Abul é meu filho e trabalha para Mustafá a mais tempo que eu possa lembrar.

- Ah, entendi. - levantei a pomada. - Obrigada mais uma vez. - ela meneou a cabeça.

- Não se preocupe, logo vai melhorar. - sorri com o que ela falou antes de começar a sair, e tive a certeza que não era sobre meus pés que ela estava falando.

Fui para o quarto e tão logo eu tinha terminado de lavar meus pés e passado a pomada, Mustafá entrou no quarto. Ele não falou comigo somente foi vasculhar alguns papéis que estavam em uma pasta que estava em cima de um móvel. Ele agia como se não se preocupasse em eu fuçar em suas coisas.

Eu o admirei mais uma vez enquanto estava de costas. Ele estava todo de preto, e não sei se já estava acostumada, mas eu achava que ele ficava lindo vestido dessa forma.

- Quando terminar me avise para partimos. - ele falou me olhando. Senti meu coração disparar. Ele sabia que eu estava o olhando?

- Terminar o que? - perguntei arrumando a voz. Ele balançou a cabeça de leve com a provável confusão, isso indicava que ele não havia reparado.

- De passar a tal pomada. - olhei para meus pés. Sorri.

- Claro, eu já terminei na verdade. Só vou por meus sapatos. - ele concordou me olhando desconfiado, e saiu.

Coloquei meus sapatos, peguei minha bolsa, e antes de sair dei mais uma olhada em meu traje. Não estava ruim.

Já estávamos andando de carro por algumas horas. Ele em silêncio como sempre, e eu sendo bombardeada com meus muitos pensamentos. Dado um momento fiz uma pergunta para puxar uma conversa.

- Abul não viria junto? - afinal ele veio com a gente de Omarak.

- Não, ele tem algumas coisas para fazer. - respondeu me olhando por alguns segundos. - Posso lhe fazer uma pergunta? - olhei para ele para saber se realmente havia escutado certo.

- Você está me perguntando se pode me fazer uma pergunta? - Mustafá voltou a me olhar e confirmou. - Hãaa... ok. - eu estava sorrindo e não conseguia disfarçar. Afinal era uma baita evolução da parte dele.

INDOMÁVEL Série Maktub / livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora