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Manuella Salles ✨

Morro do Vidigal, Rio de Janeiro.
01 de Setembro de 2024.

O Thiago abriu a porta do carro pra mim e eu entrei em silêncio. Estou até agora tentando entender porque ele deu esse show. Tinha necessidade??? Nenhuma, afffff!

Todo mundo do bar ficou olhando pra gente, fiquei morta de vergonha! Tenho certeza que esse acontecimento já deve está na página de fofocas do morro. Esse povo daqui ama uma fofoquinha.

Coitado do Fael. Ele ficou sem entender nada e eu também nem tive como explicar, porque a única coisa que eu queria era sair daquele bar o mais rápido possível.

Manuella: Preciso passar na sua casa para pegar minhas coisas.

TH: Jaé.

Ele foi em direção a casa dele e em menos de três minutos chegamos. Ele ficou me esperando no carro e eu desci para pegar minhas coisas.

Entrei na casa e o Rei estava sentado na sala, assistindo algum jogo de futebol e assim que me viu, me encarou sem entender.

Rei: Pensei que tu já tinha metido o pé faz tempo pô?

Manuella: É... Acabei perdendo a noção da hora.- ele assentiu.- Vim pegar minhas coisas.

Rei: Vai meter o pé essa pô??- concordei.- Porque não dorme aqui???

Manuella: Amanhã eu tenho compromisso bem cedo.- ele assentiu.

Rei: Vou acionar um dos menor pra te levar.

Manuella: Não, não precisa. O Thiago vai me levar.- ele me encarou.

Rei: E cadê ele?

Manuella: Tá lá fora no carro me esperando.- ele assentiu.

Rei: Juízo vocês dois, jaé?- assenti.

Subi até o quarto da Lari, peguei minhas coisas, me despedi do Rei e voltei novamente pro carro.

O Thiago estava mexendo no celular e quando eu entrei no carro, ele guardou o aparelho no bolso e deu partida no carro.

Fomos o caminho inteiro em silêncio, eu não abri minha boca e ele também não.
De vez ou outra, eu percebia ele me olhando de canto e eu finge demência. Homem maluco!

Manuella: Obrigada pela carona.- falei assim que ele estacionou na frente do meu prédio.

TH: Espera pô. Quero trocar um papo contigo!- segurou o meu braço.

Manuella: Fala logo! Tô com pressa.- falei impaciente.

TH: Tu tá ficando com aquele pela saco?

Manuella: Que pergunta é essa Thiago??- falei sem entender.

TH: Responde pô. Tá ou não?

Manuella: Não Thiago! Não estou. Conheci ele lá no bar e só ficamos conversando.- ele me encarou.- E porque você agiu daquele jeito lá no bar hein??? Não gostei daquilo!- encarei ele.

TH: Fiz o que pô??? Não fiz nada!

Manuella: Você é muito sonso né cara?? Você fez um show da Xuxa por nada.

TH: Como por nada pô??? Se eu não tivesse chegado no bagulho, tu ia meter o pé com aquele pela saco! Qual foi?

Manuella: E qual o problema disso??- ele balançou a cabeça em negação.

TH: Como assim qual o problema Manuella? Em que mundo tu vive parceira??? Tu mesma mandou o papo que conheceu aquele cuzão hoje lá no bar, qual foi???? Como tu aceita carona de um desconhecido? Ficou maluca porra?

Manuella: Eu aceitei porque ele pareceu ser uma pessoa legal, e além de tudo é segurança do nosso...... Do Rei.- suspirei.

TH: Não interessa pô. Não interessa!- falou irritada.

Manuella: Isso tudo é preocupação ou ciúmes?- encarei ele.

TH: Ciúmes do quê?? Que papo torto é esse Manuella????

Manuella: Calma... Só tô brincando.- dei risada.

TH: Tu me tira do sério, papo reto!- falou balançando a cabeça.

Manuella: Te tiro do sério porque??- encarei ele.

O Thiago também me encarou e se aproximou de mim. Nossos olhos estavam grudados um no outro e eu já sentia minha respiração e meu coração acelerados.

TH: Porque tu me deixa maluco, porra!- segurou meu pescoço.

Manuella: A gente não pode fazer isso.- falei encarando ele.

TH: Eu sei que não.- suspirou.- Mas é mais forte do que eu pô.

Manuella: Para Thiago! Por favor...- tentei me afastar.

Me assustei com alguém batendo no vidro do carro e quando olhei pra trás, era minha mãe.

Ela me encarou com um olhar de pura reprovação e falou alguma coisa que eu não consegui entender.

Manuella: Eu preciso ir.- ele assentiu e destravou o carro.

Eu desci do carro e minha mãe me encarou balançando a cabeça.

Débora: Que porra é essa Manuella? Vocês estão loucos????- falou super brava.

Manuella: Não aconteceu nada mãe!

Débora: Porque eu cheguei e atrapalhei né?- me encarou.- Vocês são irmãos caralho! Quando vocês vão entender isso?

Manuella: Aí mãe, para por favor!!! Não aconteceu nada!- falei já sentido o nó na garganta.

Débora: Você precisa se afastar desse garoto Manuella. Você não pode ter contato com ele, entendeu? Não pode!!!

Manuella: Eu sei.- senti às lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

Débora: Vem cá.- me abraçou.

Manuella: Porque às coisas tem que ser assim, mãe? Porque?

Débora: Me desculpa filha.- ela também estava chorando.

Entramos no nosso apartamento e eu fui direto pro meu quarto. Tranquei a porta e me joguei na minha cama.
Minha mãe bateu na porta, insistiu pra conversar comigo mas eu não quis, tudo que eu queria no momento era só ficar sozinha.

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MINHA PERDIÇÃO - EM ANDAMENTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora