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Débora Salles.

Quando vi o Barão destravando a pistola, não pensei duas vezes, gritei aos quatro ventos que a Manuella era filha biológica dele.

Ele me encarou sem entender nada e ficou em silêncio, como estivesse tentando entender o que tinha acabado de ouvir da minha boca.

Débora: Ela é sua filha Barão! Sua filha.— falei nervosa.

Barão: Minha filha? Que porra é essa que tú tá falando sua vagabunda????— ele me encarou.— Tá achando que sou otário no bagulho???? Que vou cair nesse teu joguinho sua filha da puta????

Débora: Não é joguinho Barão! A Manuella é sua filha.— falei desesperada.— Eu só descobri recentemente... Quando me envolvi com você naquela noite, eu já tinha um caso com o Rei e eu não sabia qual de vocês dois eram o pai.— suspirei.— O Rei fez um teste de DNA com a Manuella, e deu negativo mas eu falsifiquei o exame. Eu não queria que a minha menina, fosse sua filha.— falei chorando.

O Barão me encarou e começou a rir, fiquei sem entender nada, ele gargalhava, igual um maluco.

Barão: Tú traiu esse otário comigo?????— me encarou.

Rei: Isso mesmo Barão!!!! Ela me traiu contigo pô. É isso aí mesmo!

Barão: Essa parada tá ficando cada vez melhor, papo reto!

O Barão continuava com a pistola apontada pra cabeça da Manuella e ela estava destravada, e um dos homens dele, também mantinha uma arma apontada pra minha cabeça, por isso ninguém da tropa do Rei tinha agindo ainda, era arriscado demais.

Débora: Abaixa essa arma Barão!— implorei.— Ela é sua filha... Não faz isso. Pelo amor de Deus!

Barão: Tú acha que me importo com isso porra?????— ele falou com ódio.— Eu quero que se foda se essa garota é minha filha ou não. Que se foda, tendeu????— ele bateu com a arma na cabeça da Manu.

Manuella: Aí, seu desgraçado!!!— reclamou.

Débora: Para com isso, por favor! Eu faço o que você quiser. Solta minha filha... Por favor! Solta ela.

Barão: Tú não tem nada que me interessa mais não doutora.— debochou.— Mas o corno do teu macho tem!— encarou o Rei.— Se tú veio até aqui, é porque elas são importantes pra você... E aí Rei, qual vai ser??? Posso passar essas duas filhas da puta ou nois vai chegar em um acordo?

Rei: Se você matar elas, você morre também Barão!

Barão: E tú vai vai ter que conviver com a culpa nas costas... Acho que elas não são tão importantes assim, né???— debochou.— Teu morro vale mais do que elas né pô?

O Barão ficava o tempo inteiro provocando e desafiando o Rei, e aquilo me deixava cada vez mais aflita.

Minha menina estava com uma arma apontada pra sua cabeça e qualquer deslize, uma tragédia poderia acontecer e eu jamais iria me perdoar. Preferia morrer!

Observei que o Thiago estava trocando sinais com o China, com certeza eles tinham algum plano em mente e isso também me deixava preocupada. Qualquer passe em falso, o Barão mataria a Manuella sem nem pensar duas vezes.

Pensei que quando eu falasse, que ela era filha dele, ele poderia ao menos sentir algo mas esse homem tem uma pedra no lugar do coração. Tudo que importa pra ele é poder e dinheiro! Somente isso.

O Barão e o Rei continuavam conversando, um ficava ameaçando e confrontando o outro, percebi que aquilo era um joguinho, o Rei estava distraindo o Barão, para os meninos poderem agir, sem que ele percebesse.

O grande problema foi que a Manuella percebeu que o Barão estava distraído e aproveitou o momento para tentar fugir da situação que ela estava.

Ela deu uma cotovelada no rosto dele, a arma que ele segurava, caiu no chão e ela pegou e correu na minha direção.

Manuella: Solta minha mãe seu desgraçado!— apontou a arma pra ele e segurou no gatilho.

Em um movimento muito rápido, o Barão tirou outra pistola da cintura e apontou para a Manuella, que estava de costas pra ele.

Naquele momento, arrumei forças da onde eu não tinha e saí dos braços do homem que me segurava, entrei na frente da Manuella e empurrei ela com força, fazendo com que ela caísse no chão e em seguida escutei e também senti o impacto dos disparos.

Um dos tirou pegou no meu ombro e ardeu de uma maneira inexplicável, e eu  observei o sangue escorrendo pelo meu braço direito.

Outro tiro acertou na minha barriga e a dor foi tão intensa, que perdi às forças das minhas pernas e caí no chão de joelhos.

Os tiros não cessaram, pelo ao contrário, era o único barulho que eu conseguia ouvir, além dos gritos desesperados da Manuella.

Manuella: MÃEEE! FALA COMIGO MÃE. POR FAVOR! FALA COMIGO.— segurou o meu rosto.— ALGUÉM ME AJUDA PELO AMOR DE DEUS!!! ELA TÁ SANGRANDO. ALGUÉM ME AJUDA!— gritou chorando.— Mãe não fecha o olho, não fecha! Você vai ficar bem! Eu prometo.

Débora: Te amo filha... Me desculpa por tudo.— falei sussurando.

Manuella: Mãe não fala nada, por favor! Não faz esforço. Só não fecha os olhos, tá bom???— assenti com a cabeça bem devagar.— Fica comigo!

Eu estava tentando manter os meus olhos abertos mas a minha vista foi ficando cada vez mais turva, e em questão de segundos perdi totalmente o controle do meu próprio corpo e apaguei.

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MINHA PERDIÇÃO - EM ANDAMENTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora