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Thiago|TH 🤯

Morro do Vidigal, Rio de Janeiro.
24 de agosto, de 2024.

Rei: Bora acordar filhão. Levanta da porra dessa cama e vamos aproveitar o dia!

Meu coroa simplesmente invadiu meu quarto do nada, puxou a coberta que eu estava me cobrindo e saiu abrindo às janelas.

TH: Que porra é essa coroa?? Me deixa dormir pô. Tô cansadão! Só quero tirar um descanso na minha cama, qual foi?

Rei: Hoje é dia de festa, tendeu? Dia de comemoração!— falou animado.

TH: Que comemoração pô? Tem alguém fazendo aniversário hoje e eu não tô sabendo?

Rei: Como assim que comemoração moleque? Que tu voltou pra casa porra! Temos que comemorar esse bagulho.— rir negando.— Já fui no mercado, comprei às peças de carnes e os moleques já estão trazendo às bebidas, tendeu? Bora levantar!

Eu acho que nunca vi meu coroa tão feliz e animado na vida dele, papo reto. E eu me sinto feliz em saber que essa felicidade toda é por causa de mim, tá ligado??

Levantei, tomei um banho rápido e quando desci para o andar debaixo da minha casa, observei que já tinham chegado algumas pessoas.

Minha irmã e a Manu estavam cortando umas paradas na cozinha. Cumprimentei às duas com beijo na cabeça e fui para o quintal falar com os meus parceiros.

China: Até que fim tu acordou bela adormecida.— disse rindo e fez o toque comigo.

TH: Bela adormecida é o teu cu.— dei um tapa na cabeça dele.— Tão aqui faz tempo pô?

China: Cheguei quase agora.— assenti.— Teu coroa tá feliz né, pô?

TH: Demais.— falei rindo.

De repente a casa ficou cheia. Só estavam os mais próximos, tá ligado? Uns parceiros da boca e até uns parceiros de outras favelas.

Até a mãe da Manu brotou, ela veio me cumprimentar, me desejou parabéns, trocamos um papo rápido e em seguida ela ficou conversando com às fiéis dos parceiro.

Xxx: Irmão com todo respeito, tá ligado?— me encarou.— É difícil decidir quem é a mais bonita ali, papo reto.

Olhei para aonde o Juninho estava olhando, e encarei minha irmã e a Manu de biquíni tirando foto e em seguida às duas entraram dentro da piscina.

Encarei a Manu e ela também me encarou mas desviou o olhar rápido. Mano, como pode ser tão linda desse jeito e gostosa pô?? Caralho, não posso ficar pensando essas paradas... A mina é minha irmã! Porra. Tá mais difícil do que eu pensava lidar com esse bagulho!

Dan: Eu dava tudo pra ser teu cunhado parceiro.— disse rindo.— Aquela loira ali mexe com o coração do bandido pô.

TH: Coé seus vagabundo?? Vocês tão perdendo o medo da morte mesmo né?— eles riram negando.

China: Olha lá quem chegou.— apontou.

Encarei a Ágatha entrando e ela veio direto na minha direção e me abraçou forte.

Ágatha: Que saudades meu gatinho!

TH: Também estava morena. Tu tá bem??

Ágatha: Tô e você?

TH: Tô de boa também.— ela sorriu.

Eu fico com a Ágatha a quase um ano e ela é uma mina firmeza, tá ligado?? E eu curto o nosso lance porque ela não é emocionada, sabe separar às coisas e também não me cobra nada.

[...]

Encarei a Manuella entrando dentro de casa e resolvi ir atrás dela. Ontem quando eu cheguei da clínica a gente mal se falou e se trocamos mais que cinco palavras foi muito, tá ligado?

Entrei dentro de casa e ela estava pegando alguma parada dentro da geladeira, e quando se virou e me viu se assustou e eu dei risada da cara engraçada que ela fez.

Manuella: Que susto Thiago! Quer me matar do coração?— falou me encarando.

TH: Tá devendo pô?

Manuella: Você chega de fininho e não quer que eu me assuste?— dei risada.

TH: Tu tá de boa?

Manuella: Sim e você??

TH: Tô bem pô. Feliz por estar de volta em casa, tá ligado?

Manuella: Também estou feliz por você estar de volta.— sorriu.

TH: Queria te agradecer.— encarei ela.— É graças à você que hoje eu estou bem. E a minha família, quer dizer, a nossa família está feliz.

Manuella: Você não precisa me agradecer por nada Thiago. O mérito é todo e somente seu.— neguei.

TH: Mas se você não tivesse trocado aquele papo comigo e entrado na minha mente, eu não teria caído na real da gravidade do bagulho, tendeu?

Manuella: É... Família é pra isso, né?— sorriu sem mostrar os dentes e eu concordei.— Vou ir lá pra fora.

TH: Vai lá.— ela sorriu e saiu rebolando.

Eu imaginei que depois de ter ficado distante da loira seria mais fácil lidar com o fato de sermos irmãos. Mas pelo visto eu me enganei, não consigo olhar pra ela e enxergar ela como minha irmã, tá ligado? Essa parada não entra na minha mente de jeito nenhum!

E eu sinto que ela também não consegue me enxergar assim. É foda pô, esse bagulho é complicado demais!

Voltei novamente para o quintal, e observei ela conversando com a doutora e às meninas.

China: O papo era fazer um baile pra comemorar tua volta, tendeu?— falou animado.

Juninho: Papo reto patrão!

TH: Bora ver isso aí.

China: A gente podia trazer um MC, tá ligado??

TH: Verdade irmão. A gente ia lucrar pra caralho, papo reto!— ele concordou.— Vou ver essa parada aí.

Dan: Tá bebendo não patrão?— neguei.

TH: Tô não pô. Sou geração saúde agora, tendeu?— ele riu negando.

Faz três meses que eu não bebo e não uso nenhum tipo de droga. Tô limpo! E pretendo continuar dessa forma.

Eu não tinha vício com bebida, só bebia mesmo quando eu saia, tá ligado? Só que por enquanto eu vou evitar porque uma coisa acaba levando a outra.

Agora um bagulho que eu estou sentindo uma falta do caralho é do meu baseado. Porra, ficar sem fumar me deixou maluco nas primeiras semanas lá na clínica. Eu ficava cheio de ódio, tá ligado?

Fumar minha maconha me deixava tranquilo, e eu confesso que não sei se vou aguentar ficar sem fumar não.

TH: Cadê o China pô?— encarei os moleques.

Dan: Sei não pô.

Juninho: Ele entrou lá pra dentro.— apontou.

O China tinha sumido fazia um tempo e eu percebi que a Larissa também tinha sumido. Já estranhei logo, tá ligado??

Ágatha: Já vou embora gatinho.— falou chamando minha atenção.

TH: Eu te levo pô.— ela me olhou maliciosa.

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MINHA PERDIÇÃO - EM ANDAMENTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora