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Manuella Salles.

Uma semana depois.

Xxx: Você finalmente está de alta Manuella. Seus exames não apresentaram nenhuma alteração e o neurologista te liberou.

Manuella: Sério?— ela concordou.— Aí, graças a Deus!!!— falei contente.

Xxx: Nossa estadia aqui foi tão ruim assim?— brincou.

Manuella: Não doutora, claro que não.— falei sem graça.— É que eu estou com saudades da minha casa, sabe? Da minha rotina.

Xxx: Tô brincando Manu. Eu te entendo, Ninguém merece ficar presa em hospital.— concordei rindo.

Débora: Doutora, eu queria te agradecer por tudo que fez pela minha filha. Obrigada mesmo, de coração!

Xxx: Imagina, eu fiz somente o meu trabalho.— sorriu.— Boa recuperação Manu e não esquece do que eu te falei hein?? Muito repouso.

Manuella: Obrigada doutora. Pode deixar!— falei sorrindo.

Finalmente eu tive alta hospitalar. Eu já não estava mais aguentando ficar presa dentro desse quarto de hospital sem poder fazer nada.
Foram os dias mais torturantes da minha vida. Nunca mais eu quero ficar internada, sério. É horrível.

Chegamos em casa e eu me joguei no sofá. Que saudades que eu estava desse lugar. Sem sombra de dúvidas a minha casa é um dos meus lugares preferidos no mundo.

Débora: Vai tomar um banho meu amor... Tirar esse cheiro de hospital.

Manuella: Aí, eu vou mesmo! Estou morrendo de saudades de tomar um banho no meu chuveiro de milhões.— ela riu.

Subi pro meu quarto e quando entrei no mesmo, senti uma sensação única. Era maravilhoso estar em casa. Na minha casa, no meu cantinho.

Encarei tudo a minha volta e agradeci mentalmente por Deus ter me dado uma segunda chance. Vou aproveitar cada segundo e viver cada dia como fosse o último.

Quando a gente passa por um sustos desses, aprendemos a dar mais a valor a vida, sabe?

Eu estava tirando a minha roupa para entrar no banho, quando uma foto que estava em cima da minha mesinha de cama chamou minha atenção.

Me aproximei e peguei a foto. Era eu e a tal de Lari. Aquela garota bonita que estava no hospital e disse que era minha irmã.
Nós duas estávamos abraçadas e sorrindo e vendo aquela foto eu senti uma sensação boa.

Tentei puxar assunto sobre aquelas pessoas com a minha mãe durante a semana inteira mas ela simplesmente fugiu do assunto.

Eu só quero entender quem são aquelas pessoas, sabe? Juro que eu queria muito lembrar mas infelizmente não consigo.

Vendo essa foto agora, eu vejo que eles faziam parte da minha vida e eu sinto que são especiais pra mim. Mas porque eu não consigo lembrar deles? Que estranho cara.

Coloquei a foto novamente no mesmo lugar e já fui tirando minha roupa e entrei no banho.
Tomei um banho bem demorado, lavei meu cabelo que estava sujo e mega ressecado e fiz uma hidratação.

Assim que saí do banho, voltei novamente pra sala e minha mãe estava sentada em dos sofás mexendo no notebook toda concentrada.

Débora: Vai almoçar meu amor. A dona Rita fez Strogonoff de frango pra você.

Manuella: Sério?— ela concordou.— E cadê ela?

Débora: Liberei ela mais cedo hoje.

Fui até a cozinha, fiz o meu pratinho de pedreiro, esquentei a comida no microondas e me servi com um copão de coca-cola. Era exatamente disso que eu estava precisando! Não estava mais aguentando comer aquela comida sem sal de hospital, afff.

Estava voltando pra sala com o meu prato nas mãos e a minha coquinha, quando escutei minha mãe falando com alguém no telefone e resolvi parar pra escutar. Isso é feio? Eu sei kkk. Porém ela estava falando sobre mim e por isso eu esperei pra ouvir o que era. Fiquei curiosa.

Ela parecia estar nervosa, pelo o que eu entendi, alguém estava querendo vim me ver e minha mãe estava dizendo que ainda não era o momento. Estranhei, né??? Eu estou ótima, melhor impossível, porque ela está evitando que às pessoas venham me visitar? Isso não faz sentido.

Escutei ela falando o nome da pessoa, era aquele tal de Rei. O homem mal encarado que estava no hospital junto com a tal Lari e o garoto bonito que se chamava Thiago.

Sinto que eu devo ser importante para essas pessoas, eles estavam no hospital esperando por notícias minhas e agora querem vim me ver. Quem são essas pessoas na minha vida??? Que inferno! Porque eu não consigo lembrar deles?

Senti uma tontura e de repente a minha cabeça começou a doer muito forte, acabei ficando tonta e derrubei o prato de comida no chão.
Minha mãe se assustou, largou o celular no sofá e correu até a mim.

Débora: Filha... O que houve? Você está bem?

Manuella: Senti uma dor forte na cabeça e fiquei tonta.

Débora: Vem, vamos sentar ali no sofá.— concordei e ela me ajudou a ir até o sofá. — Quer voltar pro hospital?

Manuella: Não.— falei logo.— Foi só uma tontura, já está passando.— suspirei.

Débora: Tem certeza filha??

Manuella: Tenho.— ela me encarou.— Com quem você estava falando mãe?

Débora: Como assim?— se fez de sonsa.

Manuella: No celular.— encarei ela.

Débora: Ahhhh, era com um cliente do escritório.

Manuella: E porque você estava falando sobre mim para um cliente do escritório?

Débora: Todo mundo ficou sabendo do que aconteceu com você meu amor. É normal às pessoas perguntarem.— falou sem graça.— Vou ir fazer outro prato pra você, tá bom?— concordei.

Porque ela está mentindo pra mim?? Ela não estava falando com cliente nenhum. Eu não estou ficando louca, e muito menos surda. Escutei muito bem quando ela falou o nome do Rei.

Sinto que a minha mãe está escondendo alguma coisa de mim, sabe?? E eu acho que tem haver exatamente com essas pessoas que eu não me recordo... Mas o que seria??

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