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Débora Salles.

Xxx: Conseguimos controlar a pressão intracraniana e já realizamos a desintubação da paciente.— disse sorrindo.— O quadro dela agora é estável e nós já transferimos ela pro quarto.

Débora: Eu já posso ver ela doutora?? Quero ver minha filha.— falei ansiosa.

Xxx: Ela ainda segue inconsciente por conta dos medicamentos de sedação.— me encarou.— Mas você pode entrar para vê-la.

TH: Nós pode entrar também doutora? Quero ver ela!

Rei: Thiago.— encarou ela.— Deixa a Débora entrar primeiro.— falou super sério.— Depois nós entra.— ele assentiu.

Desde que a minha mentira foi descoberta pelo Rei e por todos, ele está me evitando. Ele ficou o tempo inteiro do lado de fora do hospital e quando voltou aqui pra dentro, ignorou completamente a minha existência.

Não posso negar que estou mal com essa situação mas entendo o lado dele e espero que um dia ele possa perdoar, e entenda que tudo que eu fiz foi apenas por amor e proteção a minha filha.

Xxx: Pode me acompanhar então por favor.— concordei e segui a mesma.

Entrei dentro do quarto que a minha filha estava internada e ela dormia calmamente igual um anjo. Meu anjo.

Me aproximei da cama que ela estava e meus olhos se encheram de lágrimas. Não consegui conter minha emoção, às lágrimas escorreram pelo meu rosto involuntariamente.

Eu estava me sentindo muito culpada por ela estar nessa situação. Era pra mim estar no lugar dela e eu juro que faria de tudo para estar.

Débora: Me desculpa filha.— falei chorando.— Eu juro que ninguém nunca mais vai te fazer mal.— suspirei.— Ela vai demorar pra acordar doutora???

Xxx: O efeito dos sedativos devem passar por volta de uma à duas horas.— me encarou.— Ela deve acordar sonolenta e também pode estar confusa e desorientada mas pode ficar tranquila que isso é normal.— assenti.

Débora: Eu posso ficar aqui com ela doutora? Quero ficar perto da minha filha.— ela concordou.

Xxx: Irei atender outros pacientes agora mas qualquer coisa é só me chamar, ok?

Débora: Obrigada por tudo doutora... Nem sei como te agradecer.

Xxx: Imagina, não há o que agradecer. Estou aqui pra isso.— sorriu.— Agora preciso ir, com licença.— ela saiu do quarto.

Segurei a mão da minha princesa que estava bem gelada por sinal e comecei a orar. Agradeci muito a Deus, muito mesmo!!! É graças a ele que a minha menina está bem.

Reparei que a Manuella tinha alguns roxos espalhados pelo corpo, um corte na sobrancelha onde deram pontos e também um corte da boca.

Como é ruim ver minha menina nessa situação, me dá uma angústia, um aperto no coração. Eu faria de tudo para estar no lugar dela.

Manuella: Mãe?— falou bem baixinho.

Débora: Filha???— falei sorrindo.— Você acordou meu amor!

Manuella: Onde eu tô mãe? O que aconteceu?— disse confusa.

Débora: Nós estamos em um hospital meu amor.

Manuella: Hospital? Como assim mãe?— tentou levantar.

Débora: Fica deitada meu amor. Você não pode fazer esforço.— segurei ela.— Você sofreu um acidente de carro.

Manuella: Acidente?????— me olhou assustada.— Eu não lembro de nada mãe... Nada.— disse assustada.— Como isso aconteceu? Quando? Eu estou desacordada há quanto tempo?

Débora: Calma filha. Eu vou te explicar tudo.— ela concordou.

Expliquei pra ela como tinha sido o acidente, e no momento eu preferi omitir algumas informações. Principalmente sobre não ter sido um acidente, e sim uma tentativa de homicídio.

Ela já estava muito confusa e também assustada com às informações que eu passei pra ela e, por isso prefiri poupar, pelo menos por enquanto.

Manuella: Nossa mãe... Que loucura!— falou assustada.— E esse carro que bateu em mim?

Débora: O proprietário do carro fugiu.— suspirei.

Manuella: Sério?— concordei.— Que desgraçado!!!

Débora: Mas não se preocupa com isso  meu amor... O que importa é que você está bem.— ela concordou.

Manuella: É.— ela suspirou.— Eu queria lembrar o que aconteceu.

Débora: Você sofreu uma pancada muito forte na cabeça filha, talvez seja por isso.

Manuella: É pode ser... Estou sentindo um incômodo mesmo.— massageou a cabeça.

Débora: Eu vou chamar a médica e avisar que você acordou.— ela assentiu.

Saí do quarto e fui atrás da médica, quando passei pela recepção, o Rei e o Thiago estava sentados nos bancos e assim que me viram se levantaram e vierem na minha direção.

TH: E aí pô??? Como ela tá?— perguntou ansioso.

Débora: Ela está bem.— sorrir.— Ela acabou de acordar.

TH: E como ela tá mano??

Débora: Ela ainda está um pouco confusa e tentando processar tudo que aconteceu.— suspirei.— Ela não se lembra do acidente.

Rei: Já podemos ver ela?— falou super sério.

Débora: Eu vou chamar a médica para avaliar ela agora.

Rei: Então a gente espera.— assenti.

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