MINHA PERDIÇÃO - EM ANDAMENTO.

49°

Débora Salles ⚖️

Ligação.
Rei: Onde tu tá Débora??
Débora: Que voz é essa Rei?
Rei: Responde o que eu te perguntei pô. Onde tu tá??
Débora: Estou chegando em casa agora, porque?? Aconteceu algo?
Rei: Vou mandar um menor brotar aí pra te buscar!
Débora: O que está acontecendo Jorge? Fala logo!!!
Rei: Espera na frente do teu prédio.— desligou.

Sabe quando você sente aquela sensação ruim??? Senti uma dor no peito horrível!!! Alguma coisa está acontecendo e eu tenho certeza que é com a minha filha.

Liguei pra Manuella e caiu direto na caixa postal. Que ódio! Porque ela não está me atendendo???
Liguei no meu escritório e só chamava. Aí meu Deus! Agora estou preocupada.

Eu já estava chegando na rua do meu prédio e quando desci do Uber, já tinha um carro com a descrição que o Rei me passou por mensagem me esperando do outro lado da rua.

Entrei dentro do carro e um homem deu partida e nem se quer olhou pra minha cara.

Débora: Você pode me dizer o que está acontecendo ? Pra onde você está me levando???

Xxx: Não tenho autorização pra falar nada não dona.

Débora: Como não??? Você não pode falar pra onde estamos indo?— ele negou e eu bufei de ódio.

Xxx: Ordens do patrão.— revirei os olhos.

Continuei ligando pra Manuella e caia direto na caixa postal, liguei no telefone fixo da nossa casa e só chamava. Onde essa garota se meteu??? O que está acontecendo? Que aflição!!!!!

Eu achei que estávamos indo para o Morro do Vidigal mas o homem fez um caminho completamente diferente e eu não estava entendendo nada.

Só que no momento que ele estacionou em frente a um hospital e mandou eu descer do carro, o meu coração disparou e o pior passou pela minha cabeça.

Desci do carro com às pernas bambas e já me tremendo de nervoso e quando percebi o semblante de preocupação do Rei, eu entendi tudo.

Débora: Cadê ela???? Cadê minha filha Rei?— falei já chorando.

Rei: Calma pô. Tu tem que se acalmar.

Débora: Cadê ela Rei?? O que aconteceu? Eu quero ver ela!! Me leva pra ver ela.— falei desesperada.

Rei: Vamos entrar lá pra dentro pô. Aqui chama muita atenção.— concordei.

Ele me abraçou de lado e nós entramos dentro do hospital. De longe eu pude ver a Lari com olhos vermelhos e inchados, o Thiago andando de um lado pro outro e a Luana e o China com o olhar de tristeza.

Débora: Me fala logo o que está acontecendo Rei! Cadê minha filha???

Rei: A Manuella sofreu um acidente de carro e está em estado grave na UTI.

Naquele momento o meu mundo desabou. Eu perdi totalmente às forças das minhas pernas e caí ajoelhada no chão.

Aquelas palavras tiraram todas às minhas forças e eu senti uma dor tão grande no peito que eu nem sei explicar, parecia que eu tinha levado um tiro.

Comecei a chorar desesperadamente e o Rei agachou ao meu lado e me abraçou.

Rei: Tu precisa ser forte. Ela precisa de você!

Débora: Eu quero minha filha Rei! Eu quero ver minha filha.

Rei: A gente vai ver ela pô. Daqui a pouco, se acalma. Ela vai ficar bem.

Senti uma fraqueza pelo corpo, minhas vistas ficando turva e desmaiei no colo do Rei.

[...]

Acordei um pouco desnorteada, sem saber a onde eu estava mas quando vi o acesso do medicamento no meu braço e o Rei sentado em uma cadeira ao lado da maca que eu estava deitada, um nó se formou na minha garganta. Infelizmente não era um pesado... Minha filha realmente tinha sofrido um acidente e estava em estado grave.

Rei: Até que fim tu acordou pô.— me olhou preocupado.

Débora: Já tem notícias dela??

Rei: Ainda não.— suspirou.

Débora: Como não?? Quantas horas já se passaram?

Rei: Está quase amanhecendo.

Débora: E até agora não falaram nada?

Rei: O caso dela é delicado Débora. Ela perdeu muito sangue e está desacordada.

Débora: Você já sabe como isso aconteceu?— encarei ele.— Me fala!

Rei: Tentaram matar a Manuella Débora.

Débora: Como assim??

Rei: Olha.

Ele tirou o seu celular do bolso e virou pra mim.

Era uma gravação das câmeras de segurança do prédio aonde fica o meu escritório.

A garagem do edifício é aberta, a Manuella saí com o carro, para e quando ela está saindo pra rua, um carro surge em alta velocidade e bate, fazendo com que o carro que a Manuella está, capotar por pelo menos quatro vezes na via.

Eu assisti aquela filmagem e senti uma dor insuportável. Meu Deus!! Minha princesa.

Rei: Olha essa outra filmagem.

Na outra filmagem mostra que o carro que bateu na Manuella, estava estacionado alguns metros atrás por horas e quando viu ela suando da garagem, acelerou e bateu propositalmente.

Débora: Eu não acredito nisso.— falei chorando.— Quem pode ter feito isso??? Meu Deus.

Rei: Tu não conhece esse carro?— neguei.— E esse homem?— ele mostrou uma foto.

Encarei aquela foto e senti um arrepio por todo o meu corpo. Eu não estou acreditando nisso. Não pode ser!!! Não é possível que esse pesadelo voltou pra minha vida novamente.

Débora: Não, não conheço.

Rei: Tem certeza Débora?— me encarou sério.

Débora: Tenho Rei!

Rei: Esse homem que estava dirigindo o carro e logo após a batida, ele fugiu a pé e abandonou o carro.— assenti.— Já puxamos a placa do carro que ele estava, e é roubada. Isso aqui foi uma tróia que armaram pra você! Esse é o seu carro.

Débora: Eu não quero falar sobre isso agora.— suspirei.— Eu só quero saber sobre a minha filha.

Rei: Nossa filha.— me corrigiu.— Tu tá ligada que se tiver escondendo alguma bagulho de mim, eu vou descobrir né??

Débora: Eu não estou escondendo nada!!!— falei irritada.— Enfermeira, você pode tirar isso aqui do meu braço?? Eu já estou bem.

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