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Manuella Salles.

Acordei em um quarto de hospital e sem entender nada do que estava acontecendo comigo, e eu só consegui manter a calma porque assim que abri meus olhos, minha mãe estava ao meu lado e me tranquilizou.

Ela me explicou tudo que tinha acontecido comigo e eu fiquei super assustada. Eu sofri um acidente de carro e não lembro de simplesmente nada. Como assim?? É possível umas coisas dessas gente?

Minha mãe disse que eu sofri um traumatismo craniano e talvez seja por isso que eu não lembro do acidente. Sério, estou chocada com tudo isso! Chocada mesmo... Abismada é a palavra.

Apesar desse susto eu estou me sentindo bem, estou apenas com o corpo bem dolorido e também sentindo um leve incômodo na cabeça.
Minha mãe disse que o carro capotou por diversas vezes, então esse deve ser o motivo das dores no corpo.

Minha mãe tinha saindo para ir atrás da médica e voltou minutos depois com a mesma.
A doutora me examinou da cabeça aos pés e também conversou muito comigo.

O meu quadro clínico graças a Deus é estável, mas mesmo assim eu terei que ficar internada em observação por conta do traumatismo craniano, inclusive a doutora pediu novos exames para avaliar a melhora.

Débora: Tem umas pessoas aí fora que querem te ver.— me encarou.

Manuella: Quem mãe??

Débora: Vou chamar eles.— assenti.

Minha mãe abriu a porta e entrou dois homens e uma garota. Um dos homens era bem mais velho, o outro era mais novo e muito gato inclusive e a garota aparentava ter minha idade, e também era muito bonita.

Eles entraram dentro do quarto sorrindo de orelha a orelha e eu confesso que fiquei sem entender nada. Quem eram essas pessoas???

Larissa: Nunca mais faz isso comigo Manuella!!!— entrou falando.— Tu quase me matou do coração mona. Que isso!? Tô muito nova pra morrer. Deus me livre!!

A garota já veio me abraçando e eu nem se quer me mexi na cama, eu não estava entendendo nada e também estava super sem graça.

Rei: Como tu tá pô? Tá bem mesmo no bagulho? Fiquei preocupadão contigo, tá ligado???

Larissa: Todo mundo ficou preocupado contigo mana. A Luana e o China também ficaram doidinhos.

Quem é Luana gente?? Quem é China??? Quem são essas pessoas???
Eles estão falando comigo com uma intimidade, como se me conhecessem. Não estou entendendo nada!!!

TH: E aí loirinha.— o gato se aproximou da cama.— Tu quase me matou do coração, papo reto.— sorriu sem mostrar os dentes.

Ele tocou na minha mão e eu senti um choque, meu corpo até se arrepiou. Não sei explicar mas foi uma sensação boa. O meu coração acelerou, sabe??

TH: Fiquei morrendo de medo de te perder, tá ligada?— me encarou.

Débora: Que cara é essa Manu?— me encarou.

Manuella: Desculpa gente.— falei sem graça.— Mas eu não estou entendendo nada.

Rei: Não tá entendendo o que pô?

Débora: Ela ainda está confusa. A médica disse que era normal.

Manuella: Eu não estou confusa mãe.— encarei ele.— Eu só não sei quem são eles.

Larissa: Para de brincar Manuella.— me deu um empurrãozinho e deu risada.

Rei: Qual foi Manu? Vai ficar de k.o uma hora dessas no bagulho???— me olhou sério.

Débora: Filha.— me encarou.— Você está falando sério? Você não sabe quem são eles??— concordei.

TH: Como assim loirinha?? Brinca com uma parada dessas não pô.

Manuella: Eu não estou brincando. Eu não sei quem são vocês.— falei séria.— Desculpas mas eu não sei.

O sorriso do homem gato se desfez em questão segundos e uma preocupação tomou conta do olhar dele. Eu acho que ele percebeu que eu não estava brincando. Eu realmente não estava não sabia quem eram eles. Não sabia mesmo.

Débora: Eu vou ir chamar a médica.— disse aflita e saiu correndo da sala.

Larissa: Você não lembra de mim mana?— me encarou.— Sou a Larissa, sua irmã.

Manuella: Minha irmã? Eu não tenho irmã. Sou filha única.— eu rir sem graça.— Minha mãe tem outra filha e não me falou???????— falei preocupada.

Larissa: Não... Eu sou filha dele.

Rei: Lari.— encarou ela.— Não vamos confundir mais ela, tendeu??

TH: Tu não lembra de nós mesmo não pô???— neguei.— Não é possível um bagulho desses mano.— disse nervoso.— TOMAR NO CU.— ele gritou e eu me assustei.

Rei: Lari, tira o seu irmão daqui.— ela concordou.

Larissa: Vem Thiago.— saiu puxando ele.

Somente o homem mais velho permaneceu no quarto e eu confesso que senti um pouquinho de medo dele. Ele era super mal encarado e isso me assustava.

Minutos depois a minha mãe voltou junto com a médica e eu agradeci mentalmente, já estava me sentindo desconfortável na presença desse homem.

Xxx: Qual é a última coisa que você lembra Manuella?— a médica perguntou.

Manuella: Lembro de estar na faculdade.— suspirei.

Xxx: Mas o quê???

Manuella: Lembro da minha mãe me ligando.— encarei ela.— Ela falava que eu precisava ir embora pra casa com urgência.

Xxx: E você foi pra casa?— concordei.

Manuella: Fui e quando eu cheguei, minha mãe chorava sentada no sofá da sala.— respirei fundo.— Minha cabeça está doendo.

Xxx: Vou prescrever uma remédio pra dor.— assenti.— Você se lembra de mais alguma coisa??

Manuella: Lembro da conversa que eu e minha tivemos.

Débora: Que conversa foi essa filha?— me olhou preocupada.

Manuella: Você falou que a gente estava sendo ameaçadas.— suspirei.— Pera aí.— pensei.— Isso não foi um acidente né mãe?— falei ficando nervosa.— Tentaram me matar né mãe???

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