100°

755 87 52
                                    

Manuella Salles.

Débora: Você está bem meu amor?— me abraçou.— Ele te machucou???

Manuella: Tô bem mãe. Calma!

Débora: Me desculpa filha... Me desculpa mesmo!— começou a chorar.— Isso aqui é tudo culpa minha.

Manuella: Claro que não mãe! Para com isso. Você não tem culpa de nada!

Débora: Como não?? Eu que coloquei a gente nessa situação... Que raiva de mim! Se arrependimento matasse, eu estava morta uma hora dessas.— suspirou.

Manuella: Mãe não fala isso nem de brincadeira!!!!— repreendi ela.— Você não tem culpa de nada! Esse homem que é um maluco e sem escrúpulo algum.— ela assentiu.

Débora: O Rei deve ter localizado a gente filha.— me encarou esperançosa.— Por isso o Barão está surtando desse jeito... Ele sabe que o cerco está se fechando pra ele.

Manuella: Será mãe??— ela concordou.— Mas como??? Eu não passei minha localização pra ninguém, e eles tomaram o meu celular assim que cheguei.— ela me olhou pensativa.

Débora: O taxista filha! Só pode ter sido pelo taxista.

Daqui de dentro do quarto, a gente conseguia ouvir o barulho da movimentação intensa ao lado de fora, e dava pra perceber que os ânimos estavam bem exaltados, principalmente do Barão.

Ele gritava muito e dava ordens o tempo inteiro para os funcionários dele, e dava para perceber o tom de medo em sua voz.

Eu espero do fundo do meu coração, que a minha mãe esteja certa e que o Rei realmente tenha localizado a gente e esteja vindo nos resgatar. Estou me apegando a isso, para não surtar!

Estou tentando pensar positivo, sabe?? Pensando que tudo vai dar certo, que vamos sair daqui e que esse diabo em pessoa, vai ter o fim que ele realmente merece!

Manuella: Mãe...— encarei ela.

Débora: Oi filha.— também me encarou.

Manuella: Eu queria te pedir desculpas.— meus olhos estavam marejados.

Débora: Como assim filha? Me pedir desculpas pelo o quê?

Manuella: Por tudo... Porque hoje eu consigo entender, que tudo que você fez, apesar de ter sido errado, foi só pra me proteger.— suspirei.

Débora: Eu que te devo desculpas meu amor... Você não merecia uma pessoa dessa.— respirou fundo.— Você sabe.— assenti e abracei ela.

Hoje eu consigo compreender os atos da minha mãe, sabe? Ela errou mas errou tentando me proteger.

E depois dessa conversa que tivemos, eu sinto que nós duas tiramos um peso das nossas costas. Estávamos precisando colocar um ponto final definitivo em toda essa história.

Um barulho como se fosse uma explosão, nos assustou e também chamou a nossa atenção.

Minha mãe se levantou correndo e foi até a janela, e eu também fiz o mesmo mas a única coisa que a gente conseguia enxergar, era fumaça.

MINHA PERDIÇÃO - EM ANDAMENTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora