MINHA PERDIÇÃO - EM ANDAMENTO.

119°

Thiago|TH.

Larissa: Tá tudo bem Thi???— me encarou.

TH: Tô suave pô! Porque?

Larissa: Você não vai falar nada?

TH: Tú quer que eu fale o quê?— encarei ela.— Dessa mulher eu sempre esperei o pior, pô.— ela balançou a cabeça em negação.

Meu coroa tinha acabado de me contar toda a história envolvendo a mulher que me colocou no mundo e papo reto, não estou nenhum um pouco surpreso, tá ligado? Sempre esperei o pior vindo dela.

Por um bom tempo carreguei a culpa nas costas por ela ter nos deixado mas conforme fui crescendo e entendendo às paradas da vida, percebi que eu nunca tive culpa de nada e que a única culpada de tudo, era ela. Ela que escolheu ir e deixar a gente para trás como fôssemos nada.

Eu sabia que ela não tinha um motivo plausível para a escolha dela, sabia... Por mais que o meu coroa tenha sido um lixo como marido, eu e a Larissa não tinhamos culpa dessa parada. Nós dois éramos só duas crianças pô, minha irmã era uma bebê, tinha acabado de nascer.

Ela podia ter feito tudo diferente, e outra, porque ela nunca procurou a gente durante todos esses anos???? Qual é a desculpa? Não tem, pô. Ela nunca se interessou pelos próprios filhos, a verdade é essa.

Ela pode contar a história triste que ela quiser, nunca vou perdoar ela. Nunca!!! A única parada que eu quero dessa mulher é distância! Pra mim ela é completamente indiferente na minha vida.

E agora que eu sei de tudo, da real e verdadeira história, só me sinto grato por não ter sido criado por ela. Meu pai pode ter sido um péssimo marido pra ela mas foi um pai do caralho pra mim e também pra Larissa. Só orgulho dele, tendeu??? Não tenho nada pra reclamar. Nunca faltou nada pra gente, principalmente amor, carinho e proteção.

Rei: Queria te pedir desculpas meu filho.— me encarou.— Eu não devia ter escondido essa parada de vocês. Devia ter contado tudo quando ela me procurou da primeira vez, tá ligado???

TH: Coroa tú não tem que me pedir desculpas não.— encarei ele.— Você só quis proteger a gente e eu entendo essa parada.— falei sincero.— Tá suave! De coração.— ele me abraçou.

Fui até a cozinha para beber uma água, e alguém me abraçou por trás. Eu conhecia muito bem aquele abraço e também o perfume doce que exalou por todo o local.

Manuella: Você está bem mesmo meu amor?— me encarou.— Com tudo que acabou de ficar sabendo?

TH: Tô suave, loira! De verdade.— encarei ela.— Sempre esperei o pior daquela mulher.

Manuella: Eu acho que você devia conversar com ela amor.— me encarou.— E colocar todo esse sentimento pra fora... Isso vai te fazer bem.

TH: Não, mano! Não consigo nem olhar na cara dela.

Manuella: Se você não fizer isso, vai ter que conviver pra sempre com esse sentimento ruim dentro de você.— ela me deu um selinho e voltou pra sala.

Fiquei pensando nessa parada e a Manuella estava certa, tá ligado??? Eu guardo essa raiva dentro de mim à anos, preciso colocar esse bagulho pra fora. Chega de viver com esse sofrimento me fazendo mal!!!

Rei: Eu vou brotar lá na base da Luana.— me encarou.— Vou levar a grana dela.

TH: Eu acho um absurdo tú ainda dá dinheiro pra ela, pô.— falei bolado.— Tú concorda com isso Débora?

Débora: Se for pra gente ter paz, sim.— me encarou.— Ela precisa recomeçar a vida dela.

TH: Eu vou contigo então coroa!

Rei: Melhor não, pô.— me encarou.

TH: Eu vou mano... Quero ter a certeza que ela meteu o pé daqui mesmo.

[...]

Chegamos na frente da casa da Luana e eu tive vontade de desistir, tá ligado? Ao mesmo tempo que algo me mandava entrar na casa e enfrentar meus sentimentos de frente, algo também me mandava fugir daquele lugar imediatamente e me esconder em qualquer buraco.

Rei: E aí? Vai ficar aí ou vai entrar comigo?— me encarou.

TH: Não pô, vou entrar contigo.— desci do carro.

Meu coroa já chegou entrando na casa, e eu entrei logo atrás. A Luana estava sentada na mesa jantando e a mulher que me colocou no mundo, estava na pia lavando louça.

Assim que ela viu o meu pai entrando, largou tudo na pia e encarou o mesmo mas quando ela me viu, abriu um sorriso mais falso que uma nota de três reais.

Paula: Filho.— me olhou sorrindo.— Você veio me ver.— ela tentou se aproximar de mim e eu me afastei.

TH: Só vim garantir que tú vai meter o pé daqui... Pra sempre.— falei sério.

Paula: Não fala assim Thiago. Eu sou mãe!

TH: Mãe?— encarei ela rindo.— Minha mãe morreu quanto eu tinha nove anos! Hoje em dia tú não é nada pra mim.

Paula: Eu tive os meus motivos meu filho.

TH: Fala aí... Quais foram seus motivos??? Tú não aguentava mais seu casamento e resolveu meter o pé com outro macho e largar teu dois filhos pequenos pra trás como fôssemos nada pra você?— ela me encarou.

Paula: Não é bem assim Thiago.— falou chorando.— Eu posso te explicar tudo.

TH: Pode parar de chorar, pô! Tuas lágrimas de crocodilo não vão me comover nem fodendo.— falei sério.

Paula: Já fizeram sua cabeça contra mim né meu filho? Foi você né Rei? Só pode ter sido você.

Rei: Qual foi Paula??? Só mandei o papo reto pro garoto! Só falei a verdade!!! Não preciso fazer a cabeça deles contra você não. Isso aí você mesma que fez quando largou eles pra trás.

Paula: Tudo isso é culpa sua Rei! Se você não tivesse sido um lixo de marido pra mim, eu não tinha largado os meus filhos pra trás.

Rei: Posso ter a minha parcela de culpa nessa parada sim! Assumo, sou sujeito homem. Reconheço!— encarou ela.— Só que ir embora e deixar eles pra trás foi uma escolha sua, somente sua.

TH: Ninguém fez minha cabeça não, tendeu? Muito menos meu coroa e olha que ele teve oportunidade.— encarei ela.— Eu que tô ligado em quem você é de verdade e por isso você não me engana!

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