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Jorge|Rei 👑

Morro do Vidigal, Rio de Janeiro.
28 de março de 2024.

Depois do papo que eu troquei com a Manu, vários bagulhos começaram a passar pela minha mente, e aí surgiu também um milhão de dúvidas.

Eu e a Débora se envolvemos no passado, conheci ela aqui no morro mesmo, ela era novinha e eu já tinha quase trinta anos, era casado e tinha um filho, o Thiago.

Lembro que eu vi ela pela primeira vez em um baile, e a doutora era marrenta desde daquela época e nem me deu bola, tá ligado? Me esnobou e isso fez com que eu ficasse ainda mais interessado nela, mexeu com meu ego pô..

Eu sempre fui um cara insistente e não acostumava desistir do que eu queria, e na época eu queria a Débora de qualquer jeito e insisti até conseguir ficar com ela.

Ficamos pela primeira vez em uma resenha de bandido que ela brotou e eu gostei tanto da novinha que fui atrás de novo e de novo, e quando percebi ela já tinha virado minha amante fixa, como dizem por aí hoje em dia, ela era minha 02.

Eu amava minha mulher, mãe do meu filho mas eu também confesso que era apaixonado pela Débora, ela me fazia sentir paradas que nem mesmo a Paula me fez sentir um dia. Com ela o bagulho era diferente, tá ligado?

A Débora por várias vezes tentou se afastar de mim, e eu não me permitia e até ameacei ela, tá ligado? Não aceitava nem imaginar não ter ela pra mim, ficava maluco!

Ficamos nesse lance até o dia que ela simplesmente sumiu do morro, e eu fui atrás e às irmãs dela me mandaram o papo que ela tinha indo embora morar com a avó em outro estado porque tinha ganhado um bolsa de estudos.

Não vou negar que na época fiquei mal, tá ligado? Sentia falta dela mas eu tinha uma família e acabei deixando toda essa história pra trás.

Quinze anos depois me encontrei com ela dentro do presídio que eu estava preso, quando vi ela na minha frente por trás daquela vidro, nem reconheci tá ligado?

Ela estava diferente pra caralho, parecia até outra pessoa. Na verdade ela tinha virado outra pessoa, não era mais aquela menina que eu tinha conhecido no passado.

E porra.. ela tinha virado uma mulher do caralho, se tornou tudo que ela um dia me disse que seria e eu fiquei orgulhoso pra caralho de ver que ela tinha conquistado todos os seus sonhos.

Depois que ela conseguiu me tirar da cadeia, nós se aproximamos novamente e até chegamos a se envolver algumas vezes mas não passou de sexo, ela nunca quis nada sério comigo.

Quando ela me procurou pedindo ajuda pra proteger a filha dela, eu não tive como dizer não, primeiro porque ela é uma pessoa importante pra mim e segundo porque ela já me ajudou pra caralho desde quando a gente se encontrou novamente, até a cara do Thiago ela já livrou da cadeia, tá ligado? Eu tenho uma dívida eterna com ela e jamais poderia dizer não.

Só que agora começou a passar várias paradas na minha mente... Ela me procurar pra cuidar da filha, ela não aceitar que o Thiago e Manu se envolva e a idade da Manu.. bate certinho com a época que ela foi embora daqui.

Esse bagulho não saia da minha mente e eu precisava tirar essa parada a limpo antes que o pior acontecesse, tá ligado?

Liguei pra ela e no segundo toque ela me atendeu, falei que precisava encontrar com ela e que teria que ser naquele momento. Ela logo ficou assustada, já pensou que era algum bagulho com a filha dela e aceitou ir me encontrar.

Saí de casa cheio de nerouse na mente e esperando que tudo aquilo que eu estava pensando não passasse de uma loucura da minha cabeça, tá ligado?

Débora: O que foi que aconteceu? Minha filha está bem?- falou aflita e eu encarei ela.- Fala logo Rei!

Rei: Quem é o pai da Manuella?- encarei ela e ela ficou mais branca do que já era.

Débora: Como assim Rei? Que conversa é essa?

Rei: Para de ser fazer de sonsa caralho.- falei irritado e bati na mesa.- Responde o que eu te perguntei porra!

Débora: Rei isso não é da sua conta!- me encarou.

Rei: A Manuella e o Thiago estão se envolvendo.- ela me olhou assustada.

Eu ainda não tinha certeza dessa parada, só que já tinha percebido uma parada entre eles e até troquei um papo com o Thiago em relação à isso e ele me passou a visão que eles eram apenas amigos.

Débora: Isso não pode acontecer meu Deus.- ela falou aflita e andou de um lado pro outro.

Rei: Não é só porque o Thiago é bandido né?- ela me encarou.- Fala porra! A Manuella é minha filha?

Débora: Eu não sei.- ela começou a chorar.- Eu não tenho certeza Jorge.

Rei: Como assim porra?

Débora: Naquela época eu só estava com você mas teve um dia que te vi no baile com a Paula, fiquei com raiva, bebi demais e acabei saindo com um dos seus seguranças.- ele me encarou balançando a cabeça.

Rei: Que segurança pô?

Débora: Acho que o vulgo dele era Vaguinho.- suspirou.- Não lembro direitinho.- balancei a cabeça negando.

Rei: Quando você foi embora.. você já estava grávida?- ela concordou.- E porque você não me contou porra?

Débora: Ia mudar o que na sua vida Jorge? Você já tinha sua mulher, seu filho, sua família. Você ia largar eles pra ficar comigo? Não, não ia!!

Rei: Eu jamais te abandonaria com uma cria minha na barriga porra!

Débora: Isso não importa mais, tudo aconteceu da forma como era pra acontecer.- falou séria e eu neguei.- A única coisa que importa agora é que ela e o Thiago não se envolva, já que eles podem ser irmãos.

Rei: Você deveria ter pensado nessa porra antes.

Débora: Como eu ia imaginar que isso poderia acontecer Jorge? Eles são completamente diferentes.

Rei: Mais não deixam de ser um homem e uma mulher caralho.- falei irritado.- Tu é uma vacilona do caralho..

Débora: E agora, o que a gente faz? Eles podem ser irmãos.- falei preocupada.- Eu espero que eles não tenham ficado.

Rei: Primeiro eu vou trocar um papo com o Thiago e tentar impedir essa desgraça, se é que já não aconteceu.- falei nervoso.- Não quero nem imaginar caso aqueles dois já tiverem tido algum bagulho e descobrirem no fim que são irmãos papo reto.

Débora: Você quer fazer um teste de DNA?

Rei: Claro porra! A gente tem que fazer essa parada e tirar essa história a limpo de uma vez.- ela assentiu cabisbaixa.- Se a Manuella for minha filha, eu tenho o direito de saber e ela também tem o direito de saber que tem um pai.

Débora: Vou providenciar isso e entro em contato com você.

Rei: Vou meter o pé, preciso ir resolver essa parada com o Thiago.- ela concordou.

Débora: Me manda notícias.- assenti e saí de dentro do quarto do motel que se encontramos.

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MINHA PERDIÇÃO - EM ANDAMENTO.Onde histórias criam vida. Descubra agora