O Que as Batalhas Fazem Conosco (BakuDeku)

Capítulo 31

Izuku acordou ouvindo as batidas do coração de Katsuki em seus ouvidos, os pelos quase invisíveis do namorado roçando sua bochecha. A sensação de uma mão acariciando suas costas nuas trouxe-lhe uma sensação de conforto e segurança. Ele moveu o rosto devagar, os olhos ainda sonolentos, e olhou para cima, encontrando os olhos vermelhos de Katsuki fixos nos seus.

Os olhos de Katsuki, normalmente tão intensos e cheios de fogo, estavam agora suaves e cheios de carinho. Izuku sentiu uma onda de calor espalhar-se por seu peito ao perceber a profundidade daquele olhar.

— Bom dia, nerd. — Katsuki murmurou, sua voz baixa e rouca. A mão dele continuava traçando padrões lentos e reconfortantes nas costas de Izuku.

— Bom dia, Kacchan. — Izuku respondeu, a voz suave e cheia de afeição. Ele se aninhou mais perto, levando o nariz ao pescoço do namorado e fechando os olhos por um momento, apenas para sentir o cheiro inconfundível de Katsuki.

— Dormiu bem? — Katsuki perguntou, seus dedos agora acariciando suavemente o cabelo de Izuku, os fios verdes deslizando entre seus dedos com uma suavidade que contrastava com a dureza usual de suas mãos.

— Sim, muito. — Izuku respondeu, abrindo os olhos para encontrar o olhar de Katsuki novamente. — E você?

Katsuki acenou positivamente com a cabeça, um raro sorriso suave curvando seus lábios. Ele ajeitou seus corpos, fazendo Izuku ficar perfeitamente por cima dele, os músculos bem definidos de seu torso fornecendo um apoio firme e confortável.

— Está preparado para hoje? — Katsuki perguntou, passando as mãos pelas costas de Izuku, seguindo as pequenas elevações dos ossos de sua coluna.

— Acho que sim. — Izuku respondeu, sua voz carregada de uma mistura de determinação e apreensão. Ele havia pedido para Mitsuki no dia anterior para poder ver seu tio. Depois de perguntar várias vezes se ele tinha certeza, ela ligou para Tsukauchi, pedindo permissão, que foi concedida.

Izuku estava apreensivo. Ele não sabia qual seria a própria reação ao ver seu tio, uma estátua de obsidiana. O pensamento o assustava, mas ele sabia que precisava encarar essa realidade. Katsuki parecia entender isso, seu toque e presença oferecendo o apoio silencioso que Izuku precisava.

— Vai ficar tudo bem, nerd. — Katsuki murmurou, apertando levemente a cintura de Izuku.

Izuku apenas afundou mais o rosto no pescoço de Katsuki, procurando se esconder do mundo ali. A sensação da pele quente de Katsuki contra sua bochecha era reconfortante, e ele inalou profundamente o cheiro familiar e tranquilizador do namorado. Naquele momento, ele queria apenas esquecer a realidade e se perder na segurança dos braços de Katsuki.

Um tempo de enrolação depois, os dois se levantaram, e Izuku indicou que iria para o próprio quarto pegar suas coisas. No entanto, antes que ele pudesse dar mais um passo, Katsuki o puxou para o banheiro junto com ele.

— Nem pense em fugir, nerd. — Katsuki disse, um sorriso travesso brincando em seus lábios enquanto agarrava Izuku pela cintura.

Izuku abriu a boca para protestar, mas a expressão determinada de Katsuki o fez desistir. Ele sabia que, no fundo, queria a proximidade e o conforto que a presença de Katsuki proporcionava, especialmente em um dia como aquele.

Katsuki ligou o chuveiro, ajustando a temperatura da água enquanto ainda segurava a mão de Izuku. O vapor começou a encher o pequeno espaço, deixando o ambiente quente. Katsuki se virou para Izuku, seus olhos brilhando maliciosamente.

— Vamos tomar banho juntos, assim economizamos tempo. — Katsuki disse, seu tom sugerindo tudo menos economia de tempo.

Izuku revirou os olhos, mas um sorriso brotou em seus lábios. Ele sabia que Katsuki estava tentando distraí-lo das preocupações do dia, e estava funcionando. Ele começou a se despir, tirando a calça e a cueca e deixando-as pelo chão.