[39] 𝐅𝐮𝐠𝐚 𝐧𝐨𝐭𝐮𝐫𝐧𝐚

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MILENA

Finalmente eu tive alta do hospital e poderia ir 'pra casa.

Bom eu achava que iria.

- Já disse que não Milena, vamos para a minha casa! - Falou firme, enquanto me ajudava a andar até o seu carro mesmo usando muletas.

- Eu gosto do conforto da minha casa - Resmunguei, não que eu não gostasse de ficar com a minha mulher mas poxa se eu ficar lá até sarar Ariana não vai deixar fazer nada.

- Mas vai ficar comigo, imagina você vai fazer alguma coisa e cai?! Não vai ter ninguém para te ajudar, agora para de ser teimosa! - Abriu a porta do carro e me ajudou a sentar. Fechou a porta na minha cara me impedindo de falar alguma coisa, bufei.

Entrou no banco do motorista e deu partida.

Eu estava morrendo de sono, não dormia direito naquele hospital. Além de quê o clima friozinho só me deixava mais cansada. Já era de noite passava das 20:00.

- Você tá bem? - Perguntou, era a terceira vez que perguntava isso hoje.- Não tá sentindo dor?

Sorri suspirando, era nítida sua preocupação com a minha saúde.

- Sim amor eu estou bem - Respondi colocando a mão na sua coxa, ela não teve muita reação, estava concentrada na estrada, estava tensa - Precisa relaxar.

Não falamos mais nada o caminho todo, até chegarmos a sua casa gigante.

Como previsto Ariana sai primeiro, abre a porta para mim e me ajuda a caminhar.

- Ari eu tô usando muletas não precisa ficar me segurando - Dei uma risadinha.

- Dá licença que eu estou cuidando de você, então fica caladinha amor - Diz naturalmente eu rio de novo. Tocou a campainha, porém ninguém atende, então ela tira as mãos de mim por segundos para abrir a porta.

Assim que entramos somos recebidas por Toulouse animado, já querendo pular no meu colo.

- Não meu amor, a mamãe tá machucada, não pode pegar você no colo - Fala como se ele entendesse, o cachorro então apenas fica pulando ao nosso redor, enquanto Ariana me deixa sentada no sofá. Toulouse sobe no sofá querendo carinho.

Margareth sai da cozinha limpando as mãos no seu avental.

- Boa noite Senhora Butera, desculpa não ter atendido a porta, estou com panela no fogo - Me olhou - Oh Milena como você está querida?

- Um pouco quebrada - Brinquei apesar de ser a mais pura verdade.

- Margareth quero que você prepare um jantar cheio de opções, infelizmente minha namorada não se alimentou direito no hospital - Me olhou repreendendo, revirei os olhos, me sinto uma criança.

- Claro, com licença - Voltou para a cozinha.

- E você - Se virou para mim, assim que conseguiu tirar seus saltos - Vai tomar banho.

Senti meu rosto esquentar, a ideia dela me vê nua e vulnerável me dava calafrios. Mesmo que a gente transasse.

Não falei nada e deixei ela me ajudar a subir com muita dificuldade ao andar de cima.

- Que foi que você tá calada? - Perguntou ao entrarmos no quarto. Me sentei na cama.

- Nada - Limpei a garganta, ela acendeu a luz fazendo minha vista doer um pouco.

- Está vermelha - Sorri me deixando mais envergonhada ainda, deitei na cama, tentando esconder o meu rosto - Que foi, hum? - Se aproximou

- É que você vai me dá banho - Expliquei mais ou menos. Falando assim parecia até idiota.

𝐀𝐋𝐔𝐆𝐀-𝐒𝐄 𝐔𝐌𝐀 𝐍𝐀𝐌𝐎𝐑𝐀𝐃𝐀  • 𝐀𝐑𝐈𝐀𝐍𝐀 𝐆𝐑𝐀𝐍𝐃𝐄 Onde histórias criam vida. Descubra agora