𔓘ֹ⠀Em andamento.
- taennie, livro um.
꒰ long fic ꒱
Jennie está de luto e tem vivido como uma sombra desde o acidente que levou os seus pais.
Taehyung é o melhor amigo do seu irmão mais velho, e, quando ele concorda em levá-la para sua casa durante...
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— OUTRA RODADA? É POR MINHA CONTA.
Oliver estalou a língua.
— Eu não devia beber mais.
— "Eu não devia, não está certo, quebrei uma unha", que merda aconteceu com meu melhor amigo? Vai, relaxa, curte a noite.
— Acho melhor ligar e ver se ela está com as chaves.
— Beleza, então liga e resolve esse assunto de uma vez.
Meu amigo se levantou da mesa de madeira pintada de vermelho onde tínhamos acabado de jantar. Afastou-se um pouco para falar com Jennie, que, felizmente, desde que tinha retomado seu relacionamento com Blair, costumava levar o celular; ao contrário de mim, como se meu subconsciente se recusasse a ceder àquele aparelho que me obrigava a estar acessível vinte e quatro horas por dia.
Naquela noite, Jennie tinha concordado em ir com meus pais, Justin, Emily e os gêmeos a uma feira fora da cidade, então eu esperava que Oliver relaxasse um pouco.
— Beleza, tudo certo, ela volta sozinha.
— Está vendo? Não era tão complicado assim.
— Pede algo forte para mim — Oliver sorriu.
Como bom e atencioso amigo que eu era, fui até o balcão. Já não estavam mais servindo o jantar, e a música ambiente soava pelo local de aparência boêmia, cheio de poltronas coloridas e estampas extravagantes.
Cumprimentei um dos garçons, um antigo colega de classe, e pedi duas cervejas.
— Conta as novidades antes que eu fique bêbado — disse Oliver, lambendo os lábios depois de dar um longo gole. — Como estão as coisas com Jennie? Tudo normal?
"Ela apareceu nua na minha frente e me beijou", lembrei, mas ignorei esse pensamento fugaz, tentando me desfocar da imagem do corpo dela. Não consegui. Eu era um filho da puta de um demônio. Iria para o inferno por não ser capaz de esquecer cada curva e cada maldito centímetro da pele dela.
— Sim, tudo ótimo, sabe como é, rotina.
— Mas ela está melhor. Está diferente.
— Às vezes é bom mudar de ares.
— Pode ser. É verdade. E você, como vai?
— Nada de novo, muito trabalho.
— Pelo menos o seu é suportável. Juro que um dia eu vou acordar, ir até o escritório e tentar me suicidar com o grampeador. Como é que eles conseguem não enlouquecer dentro daqueles cubículos? São pequenas prisões.
Dei risada.
— É sério, você não duraria dois dias lá dentro, com um monte de regras e de gente chata para caralho... Você deve se lembrar de que fiz estágio em um escritório.
