𔓘ֹ⠀Em andamento.
- taennie, livro um.
꒰ long fic ꒱
Jennie está de luto e tem vivido como uma sombra desde o acidente que levou os seus pais.
Taehyung é o melhor amigo do seu irmão mais velho, e, quando ele concorda em levá-la para sua casa durante...
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੭࣪ 15 Taehyung
JENNIE VOLTOU. E, COM ELA, A PORTA FECHADA, O SILÊNCIO EM CASA E OS OLHARES fugazes. Mas havia algo diferente. Algo a mais. Ela não saía da mesa correndo assim que acabava de jantar, ficava ali sentada por um tempo, distraída, amassando o guardanapo entre os dedos, ou se oferecia para lavar a louça. Às vezes, à tarde, enquanto comia uma fruta apoiada na bancada da cozinha, ficava olhando o mar pela janela; ausente, perdida.
Na primeira semana, perguntei três vezes se ela queria surfar comigo, mas ela recusou a oferta e, depois do que aconteceu da última vez, achei melhor não forçar. Também não falei nada quando a gata de três cores que me visitava com frequência passou por ali e Jennie se dispôs a dar a ela as sobras do jantar. Nem quando, no primeiro sábado à noite, deitado na rede, escutei seus passos atrás de mim. Eu tinha ligado o toca-discos e, sei lá por quê, imaginei que os acordes da música tinham se emaranhado nos cabelos dela, trazendo-a até a varanda, passo a passo, nota por nota.
— Posso ficar aqui?
— Claro. Quer chá?
Negou com a cabeça e se sentou nas almofadas no piso de madeira.
— Como foi a semana?
— Como todas as outras. Normal.
Eu queria fazer várias perguntas a ela, mas nenhuma que ela ia querer responder, então nem me dei ao trabalho de formulá-las. Suspirei, relaxado, contemplando o céu estrelado, ouvindo a música, vivendo somente aquele momento, aquele presente.
— Taehyung, você é feliz?
— Feliz...? Claro. Sim.
— E é fácil? — sussurrou.
— Deveria ser, né?
— Antes eu pensava que era.
Estava deitado, mas me sentei. Jennie estava sentada abraçando os joelhos contra o peito. Ali, na escuridão da noite, ela parecia pequena.
— Tem um erro no que você falou. Antes você era feliz justamente porque não pensava nisso. E acho que é o normal, afinal, quem é que pensa nisso quando se tem tudo? A gente vai apenas vivendo, apenas sentindo. Havia medo em seus olhos. Mas vi um anseio também.
— E eu não vou voltar a ser assim nunca mais?
— Não sei, Jennie. Você quer voltar a ser assim?
Ela engoliu em seco e passou a língua nos lábios, nervosa, antes de puxar o ar com força pela boca. Me ajoelhei do lado dela, peguei em sua mão e tentei fazê-la me olhar nos olhos.
— Não consigo... respirar...
— Eu sei. Devagar. Está tudo bem... — sussurrei. — Querida, estou aqui, bem do seu lado. Fecha os olhos. Pensa… pensa no mar, Jennie, num mar agitado que está começando a se acalmar… consegue visualizar isso na sua cabeça? Quase não tem mais ondas...