Capítulo 17

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੭࣪  17
Jennie

NÃO SAÍ DO QUARTO A TARDE INTEIRA

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NÃO SAÍ DO QUARTO A TARDE INTEIRA. MAS ABRI A MOCHILA, PEGUEI OS LIVROS E FIZ as tarefas. Quando terminei, coloquei o fone e me deixei envolver pela música. Era a única ligação com o passado que eu me permitia, porque não conseguia... não conseguia ficar sem ela. Impossível.
Tocou “Hey Jude” e depois “Yesterday”
Quando veio “Here comes the sun”, pulei. Ouvi de novo “Yesterday”, “Let it be” e “Come together”.

Pela primeira vez em muito tempo, as horas dentro daquelas quatro paredes em que eu me sentia tão segura pareciam intermináveis. Saí quase ao anoitecer para ir ao banheiro.

Taehyung não estava em casa, então fui até a cozinha pegar alguma coisa para comer, evitando olhar para a porta da varanda dos fundos, porque eu ainda estava dolorosamente consciente do que estava ali. Abri os armários e encontrei uma caixa de biscoitos Tim Tam, mas encolhi os dedos quando vi o pacote ao lado; estava cheio de pirulitos de morango em forma de coração. Estava quase pegando um quando Taehyung entrou, ainda molhado, deixou a prancha na entrada e me olhou com cautela.

— Desculpa pelo que aconteceu. Sinto muito — eu disse.

— Esquece. O que quer jantar?

— Eu não quero esquecer, Taehyung, eu não consigo. Sinto que vou sufocar cada vez que faço algo normal, algo que eu fazia antes, porque é como se isso significasse que a vida continua e eu não entendo como ela pode continuar, quando uma parte de mim ainda está dentro daquele carro com eles, incapaz de sair de lá.

Taehyung passou a mão pelo cabelo molhado, suspirando. E então... então ele disse algo que me quebrou. Crec.

— Sinto sua falta, Jennie.

— Hã? — sussurrei.

Ele apoiou um braço na bancada da cozinha que nos separava.

— Sinto falta da garota que você era antes. De ver você pintar, de brincar com você, daquele sorriso que você tinha... E não sei como, mas eu vou conseguir te tirar daí, de onde quer que esteja, e te trazer de volta.

Ele não falou mais nada antes de entrar no chuveiro, mas aquelas palavras foram o suficiente para eu ter uma leve taquicardia. Fiquei quieta, com os olhos fixos na janela e uma mão no peito, com medo de que qualquer movimento causasse um terremoto e que o chão começasse a tremer sob meus pés. Mas isso não aconteceu. E a calma foi quase pior. A ausência de ruído ou de caos. Só isso, calma. Do tipo que anuncia que uma tempestade está chegando, ou que você já está bem no olho do furacão.

 Do tipo que anuncia que uma tempestade está chegando, ou que você já está bem no olho do furacão

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