Capítulo 33

27 3 0
                                    

੭࣪  33
Jennie

MEU PRIMEIRO BEIJO FOI COM KEVIN JAX

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

MEU PRIMEIRO BEIJO FOI COM KEVIN JAX.

Haviam se passado três semanas desde a noite de Ano Novo e ainda era doloroso para mim me lembrar dela. Era janeiro, o ano escolar tinha acabado de começar, e as aulas ainda não exigiam toda a nossa atenção, então Kevin e eu começamos a trocar bilhetinhos, desde o primeiro dia.

“Como passou as férias?”

“Bem. Pintando. E você?”

“Na praia. Você vai a pé para casa?”

“Sim, por quê?”

“Posso te acompanhar?”

Mordisquei a tampa da caneta e respondi apenas com um “sim”. Quando a aula terminou e eu me despedi de Blair, que ia para a direção contrária, Kevin se aproximou com um sorriso tímido.

Mal conversamos no começo, como se trocar bilhetes na aula não tivesse nada a ver com estar frente a frente, mas conforme os dias foram passando o constrangimento diminuiu e eu percebi que Kevin era divertido e muito inteligente. Ele gostava daquelas balas compridas de alcaçuz e às vezes ele comia uma enquanto caminhávamos, porque dizia que ficava com inveja de me ver com um pirulito na boca. Ele me fazia rir. Era uma dessas pessoas otimistas que sempre estavam alegres e conseguiam espalhar esse sentimento.

— Então você vem à festa da praia nesse sábado — repetiu, quando chegamos em frente à minha casa.

Fiz que sim com a cabeça, as mãos nas alças da mochila.

Kevin me olhou nervoso e respirou fundo antes de falar:

— Eu ia esperar até lá, mas...

Eu sabia o que ele ia fazer antes mesmo de acontecer.

Ali, sob uma acácia dourada que subia pela cerca esbranquiçada em meio ao capim que crescia desordenado, ele se inclinou e me beijou. Foi um beijo um pouco desajeitado e inibido, como são quase todos os beijos nessa idade. Fechei os olhos e senti um frio na barriga que persistiu quando Kevin se virou e foi embora rua afora.

Fiquei imóvel, até ouvir uma voz conhecida:

— Prometo que não conto pra ninguém.

Eu me virei. Taehyung levantou as sobrancelhas e sorriu divertido.

— O que está fazendo aqui? — perguntei.

— Eu tinha combinado com seu pai de vir aqui. Não me olha assim, eu não estava te espionando. Ele parece ser um cara legal, do tipo que corta a grama aos sábados de manhã e acompanha a namorada até a porta de casa. Gostei dele. Você tem a minha aprovação.

— Eu não preciso da sua aprovação!

— Ei, para! Ficou brava?

Segurei a vontade de chorar, entrei em casa e me tranquei no meu quarto. Minha mãe subiu logo depois com um pote de sorvete. Sentou-se ao meu lado na cama, com as pernas cruzadas e o roupão cheio de tinta seca, e me passou uma colherzinha antes de mergulhar a dela no chocolate. Engoli em seco e fiz o mesmo.

Tempos depois, descobri que as mães sempre sabem mais do que parecem saber. Que não tem como esconder certas coisas delas, quando se trata de sentimentos. Que, apesar de respeitar meus silêncios, ela já sabia, quase antes de que eu mesma começasse a perceber.

 Que, apesar de respeitar meus silêncios, ela já sabia, quase antes de que eu mesma começasse a perceber

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

𖹭

Não esqueçam de votar e/ou comentar! Ver que alguém está lendo me motiva a continuar 🤗💗

Tudo o que nunca fomos  𑁯 𝐉𝐍𝐊 + 𝐊𝐓𝐇Onde histórias criam vida. Descubra agora