Celine Piastri vive nas sombras de seu irmão Oscar Piastri, queridinho da Mclaren. Não é como se eles tivessem tido uma vida fácil. Quando ela tinha seus 12 anos, seus pais morreram num crime insolúvel, e desde então, ela vivia com seu tio alcoólatr...
Acordo de manhã cedo e pego de minha estante uma pilha de diários da minha infância e adolescência. Eu acho que nunca senti tanto medo quanto sentia naquele momento por ter que ler aqueles registros novamente. Primeiro diário.
12/04/2011
Eu não sei como escrever um diário, mas alguém do YouTube disse ter que começar mais ou menos assim:
Querido diário,
Hoje eu passei o dia no hospital. Eu deveria escrever algo comum como outras pessoas da minha idade. Sei lá, algo do tipo, "eu comprei um carrinho novo". Mas não. Meu tio é muito estranho. Ele me toca de uma maneira estranha e desconfortável, passando a mão pelo meu corpo. Isso quando ele não me bate sem motivo.
Eu acho que ele me culpa por algo que não depende de mim. Vibe dizendo que se eu não existisse tudo seria melhor. E numa dessas ocasiões, ele me jogou de cabeça na quina da mesa. Não me lembro de muita coisa, até porque desmaiei.
Eu não sei ao certo como eu fui parar no hospital. Meu irmão entrou no quarto do hospital sozinho, mas duvido que tenha chamado a ambulância. Meu tio estava só mais bêbado ainda quando voltamos pra casa.
Fato é, eu estou com uns pontos na sombrancelha. Mas a médica tirou uma foto de mim, olha!
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Merda. Minha respiração estava ofegante, lágrimas caíam dos meus olhos aos montes, eu tremia desesperada. Minha porta se abre e vejo Lando, que em tempo recorde, saiu da cama para minha cama e me abraçou.
— Celi, o que aconteceu?! — sua voz soava totalmente desesperada.
Por mais que eu tentasse e quisesse responder, eu não consegui exercer um mínimo som.
— Celi... — Lando coloca uma mão em minha barriga e a outra toca minha mão. — Empurra minha mão com a respiração.
O ar entrava e saía com esforço, trêmulo. Inspira pelo nariz, solta pela boca. Uma, duas, três vezes. Minha mente clareou.
