Capítulo vinte e um.

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🏁🧡

22/05/2024

°•°•°

🧡 Lando's point of view 💥

— Eu finalmente te encontrei! Lando, como você tem a audácia de aparecer com outra?! Nossas noites não valeram de nada?!

— Lyra, nós terminamos em outubro. Você já saiu com outros mil caras desde lá. E honestamente, antes eles do que eu.

— Não pode estar falando sério! Você sabe que nenhum deles é como você. E você sabe que ela nunca vai ser eu.

— Que bom que ela nunca vai ser você. Eu não sei nem porque veio me procurar, sabendo que eu estou em outro relacionamento. Aliás, mesmo que não estivesse, se só tivesse nós dois e uma cabra vivos no planeta terra, eu ficaria com a cabra!

  Lyra era louca, possessiva, irritante e problemática. Eu terminei com ela justamente por ela ser louca, possessiva, irritante e problemática. E agora ela estava provando, novamente, ser louca, possessiva, irritante e problemática.

  E vai soar muito babaca quando eu digo que eu nunca realmente senti algo por ela, além de algo parecido com tesão adolescente sobre mulheres da capa da Playboy.

— Eu e você éramos perfeitos! A modelo loira, bonita e mais cobiçada junto com o piloto de Fórmula Um, ardente e igualmente cobiçado. Nós dois juntos novamente faríamos o mundo parar de girar.

— Eu gosto do movimento de rotação. E por favor, nunca mais diga que sou ardente e igualmente cobiçado. Eu sou três vezes mais cobiçado que você.

— Você não precisa ficar acanhado porque está num relacionamento. Ela não precisa ficar sabendo.

  Lyra tenta tocar meu rosto, mas eu afasto sua mão o mais rápido possível.

— Vai, sim! Porque eu vou contar pra ela, oh, quenga! — começo a caminhar em direção a minha Senna e ignoro que a garota me seguia feito uma barata.

— Não acredito que vai me deixar aqui pra ficar com uma... ninguém!

— Ela é mais alguém do que você jamais será na sua vida inteira, Lyra. Tenha um ótimo dia. — entro no meu carro e fecho as janelas, mas ela continua insistindo enquanto bate no vidro.

— Não vai ficar assim! Eu juro que...

  Acelero o carro e olho de relance a garota gritando no retrovisor. Maluca.

  Busco meu capacete no motorhome da McLaren e vou para o hotel, logo em seguida. Tomo um banho e visto uma roupa preta, passando meu perfume Phantom em seguida. Saio de casa e vou até a porta de Charles, já que era lá que Celine e Oscar passariam os dias.

  A garota sai pela porta da frente com um vestido vinho, justo na cintura e decotado na perna, com um salto preto e uma bolsa, que conhecendo bem minha namorada, só tinha um gloss, identidade e seu celular.

  Saio do carro e corro até Celine, antes da garota entrar no veículo, beijando-a e segurando sua cintura com força.

— Gostou do vestido? — pergunta Celine. — Foi Liz quem desenhou e costurou, acredita?!

— Ela é muito talentosa. Mas o vestido tem um defeito bem sério.

— Jura?! Eu devo ser um crime contra a moda porque pra mim está impecável!

— É muito tecido.

  Celine bufa e me olha com os olhos semicerrados.

— Eu prefiro ficar quieta.

— Como quiser, princesa. — abro a porta do carro para ela e fecho quando entra.

  Vou para meu assento e acelero o carro em direção ao Le Grill, um restaurante que Charles me recomendara. Chegando lá, entrego o carro ao manobrista e pego na cintura de Celine, com uma mão enquanto caminhamos para dentro do restaurante.

Bonjour! — exclama um garçom sorridente. — Quel beau couple! Sera-ce juste vous ou serons-nous heureux d’accueillir plus de clients chez nous ?

Bonne nuit! — diz Celine rapidamente. Ela falava francês? — Merci beaucoup! Nous ne serons que deux ce soir, mais ce sera un plaisir de profiter de cette soirée avec vous !

  O garçom sorri mais ainda, e faz que sim com a cabeça, nos guiando até uma mesa para duas pessoas.

— Você fala francês? — pergunto sorrindo.

— Charles me ensinou francês. É uma língua legal.

  Eu não vou mentir. Eu sou amigo de Charles mas eu tenho um ciúmes desconfortável de ele com Celine. Quero dizer, olha isso! Eles sempre estão juntos, ele conhece tudo sobre ela e ela sobre ele. Ele ensinou francês pra ela e eu nunca vi ela ficando irritada com ele de verdade, igual fica irritada com todo mundo.

  Eu posso estar sendo super tóxico e estar enlouquecendo mas eu não aguentava essa merda de relação que eles tinham.

— Que cara é essa? — pergunta.

— Nada.

— Você mente pior que o Ricciardo. Meu Deus. Fala. O que houve?

— Nada, ok?

— Nada. Então você fecha a cara por nada e quer que eu fique aqui tendo que aguentar você sendo grosso?

— Olha, Celine, se eu disse que não é nada, não é nada!

— Eu vou deixar uma coisa bem clara, Lando. Se for começar a ser um babaca comigo porque eu me preocupo com você, é melhor pararmos o que começamos por aqui, porque você sabe muito bem que eu não vou tolerar esse tipo de comportamento. Então eu vou perguntar mais uma vez e quero que fale como um homem e não como um mimado ridículo agora. O que houve?

— Eu não quero resolver isso agora.

— Aposto que não.

  Celine se levanta da cadeira e sai do restaurante com uma classe infernal. Ela não expressava uma pontada de remorso ou raiva. Nada.

  Me levanto e vou até a porta alguns metros de distância da calçada, observando ela pegar o celular e ligar para um número que eu reconheceria em todo lugar e que por algum motivo ela decorou. Charles. Novamente, Charles.

Pode me buscar, por favor? É urgente. Conversamos em casa, ok? Valeu.

𝑭𝒂𝒍𝒍𝒆𝒏 𝑺𝒕𝒂𝒓𝒔 - Lᴀɴᴅᴏ Nᴏʀʀɪs 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora