Celine Piastri vive nas sombras de seu irmão Oscar Piastri, queridinho da Mclaren. Não é como se eles tivessem tido uma vida fácil. Quando ela tinha seus 12 anos, seus pais morreram num crime insolúvel, e desde então, ela vivia com seu tio alcoólatr...
— Eu não sei porque ele está agindo assim! E foi do nada!
— Como assim do nada, Celi?
— Foi de uma hora pra outra. Foi a maior bipolaridade que eu já vi! E quer saber? Eu não sou obrigada a aguentar isso, não é?! Se ele pensa que vai me tratar mal e com indiferença e eu vou ficar seguindo ele, está muito errado!
— Celine, calma. Não dá pra você querer terminar na primeira discussão. Todo casal tem seus altos e baixos, ok?
— E até quando eu tenho que tolerar? — pergunto, olhando para Charles.
— Eu não sei, Celi. — ele agarra minha mão e sorri para mim, ainda segurando o volante. — Mas eu prometo que vamos descobrir. Porque nós somos...
— Melhores amigos. — digo, sorrindo de volta.
— Só não deixa o Ricciardo descobrir. — completamos simultaneamente.
— Mas eu não vou perdoar Lando tão cedo, pra deixar claro! — concluo. Ele ri da minha fala e assente com a cabeça tranquilamente.
Charles era meu melhor amigo. Ele sempre esteve comigo. E eu queria poder levá-lo para o resto da vida comigo. Mas eu quero deixar claro que é só amizade e já tivemos essa conversa anteriormente.
— Tem alguma coisa que vai melhorar seu humor?
— Eu não comi nada.
Ele vira na segunda rua e estaciona no estacionamento de um McDonald's, o que era muito burro levando em consideração que ele era tipo super famoso.
— O vestido não está favorecendo a situação, não é? — ele pergunta, avaliando o vestido longo, decotado, que eu vesti para um restaurante chique (e para Lando, mas eu odeio admitir isso agora) e não para um fastfood.
— Nem um pouco.
Ele entra no carro e tira uma sacola grande, me entregando em seguida.
— Aí tem sua calça jeans que estava no meu carro, e eu não tenho ideia do porque, uma blusa minha que foi a única que eu achei no porta-malas e seu All Star preto que eu peguei antes de sair de casa, porque eu sei que você odeia ficar muito tempo de salto.
— Valeu, Charles. Eu já volto, ok?
Entro no banheiro e me troco, saindo em seguida e indo em direção a Charles que me esperava na mesa com uma bandeja, enquanto tirava fotos com algumas fãs.
— Muito obrigada, Charles! Você pode vencer essa corrida, nós acreditamos nisso! — dizem as garotas, se afastando da mesa.
Sorrio para o garoto e ele indica para que eu me sentasse com a mão.
— Sabe, eu acho que minha noite não está sendo tão catastrófica. — digo, pegando uma batata. — Talvez um pouco. Mas eu estou feliz. Quero dizer, eu estou comendo fastfood com meu melhor amigo, com uma roupa que é três vezes maior que eu, mas estou me divertindo muito mais que estaria num restaurante que eu deveria seguir todas as regras de etiqueta possíveis.
— Você está falando isso porque está brava com Lando. — ele diz. — Adoraria estar com ele agora, se ele não tivesse sido um babaca. Seja num restaurante chique, no McDonald's ou em qualquer lugar que fosse.
Ele me conhecia e sabia perfeitamente quando eu estava mentindo para tentar me convencer de algo que nem eu acredito.
— Vamos parar de falar dele.
°•°•°
🧡 Lando's point of view 💥
— Você é o culpado. Você foi o babaca.
— Carlos, eu sei! Mas eu estava com ciúmes dela com ele e quando brigamos é pra ele que ela liga?!
Carlos pega o celular com o som de uma notificação e se ajeita no sofá, desconfortável.
— Que foi?
— Nada importante.
— Para de mentir. O que há?
— Não vai ficar estressado, não é?
Assinto com a cabeça e Carlos me entrega o celular.
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— Eu vou atrás desse desgraçado agora.
— Lando! Para de ser sem-noção! Ele é seu amigo, ela é sua namorada e você está confiando num post do twitter!
— Você diz como se o Charles tivesse algum problema em trair.
— Ele talvez não, mas Celine é a pessoa mais leal que eu conheço. Confia nela. E não deixa ela ir embora. Você precisa dela, por mais que não goste de admitir que precise de alguém.
— Então eu tenho que tolerar ela perto de um cara que é um galinha completo e nem um pouco confiável?!
— Você era um galinha completo quando ela te conheceu.
— Não faz diferença! Eu não reclamaria se ela estivesse nas ruas com o Ricciardo!
— O Ricciardo é afeminado.
— Exatamente! O Charles é forte, masculino e extremamente atraente! Até eu me trocaria pelo Charles se fosse mulher!
— Não, não se trocaria.
— Eu quero ir lá e acabar com a raça daquele ridículo.
— Dorme que passa.
Olho para Carlos irritado e ele se levanta do sofá de meu quarto.
— Eu sei que não é comigo que você queria passar essa noite, cara. Mas você já chorou muito e sabe que ela não vai voltar pra cá tão cedo. Boa noite, Lando.
Ele sai do quarto e de repente o cômodo voltou a ser só outro quarto de hotel, vazio. Vazio por minha culpa. Vazio porque eu não sei controlar meu ciúmes possessivo.
— Merda. — sussurro pra mim mesmo, me deitando na cama e fechando os olhos.
Eu nunca pensei que fosse fazer isso. Mas naquela noite eu chorei por uma garota até dormir. Até que eu estivesse com um vácuo tão grande no peito que eu esquecesse que um dia um coração esteve ali.
