Capítulo seis.

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🏁🧡

08/03/2024

°•°•°

🏎️ Oscar's point of view 💫

  Atendo o telefonema de Max.

— Oscar! É a Celi! Seu tio ele... ele machucou ela.

  Desligo o telefone.

  Corro para fora do box.

  Lando me segue.

  As lágrimas queimando meu rosto.

  Entro no carro e acelero o mais rápido que posso. Minha irmã estava em perigo e nada mais importava.

  Chego em casa e finalmente percebo que Lando me seguiu o caminho inteiro. Entramos em casa e vemos Daniel tentando acordar Celi que estava deitada no sofá.

— Celi... — sussurro, correndo até ela e ajoelhando ao seu lado. — Acorda! Por favor, Celi! Eu... eu preciso que você levante!

— Chamamos a ambulância. Viemos de Uber, não pudemos levá-la nós mesmos.

— Cadê ele? — pergunto. — Onde meu tio está?

  Era culpa dele. Tudo isso era culpa dele. Há anos eu me culpo por não ter conseguido proteger eu e principalmente minha irmã dele. Eu juro que vou fazê-lo pagar.

— Na cozinha.

  Me levanto e entro na cozinha vendo o homem jogado no chão, enquanto Max gritava com ele.

— Você acha que pessoas como você vão ser alguma coisa?! — ele diz agachado na frente do meu tio.

  Não responde. Covarde.

— Eu fiz uma pergunta!!! Não está escutando?!

— Quem é você pra controlar o que eu faço ou não, seu merdinha?!

  Soube que Max quebraria a cara do meu tio se eu não parasse. Mas honestamente, eu não queria. Eu queria fazer isso eu mesmo e mandá-lo pra cadeia.

— Max. Pode ir ajudar Daniel, por favor? Tenho que conversar com Adam eu mesmo.

  Ele me olha e a raiva em seu olhar some. Ele se levanta e toca meu ombro, com um olhar confiante, e então, sai da cozinha.

  Observo a cena. Faca ensanguentada no chão, armário também ensanguentado e um homem de má fé no chão.

— Oscar, eu fiz de tudo para fazer sua carreira dar certo... Banquei cada kart, cada etapa que você passou, porque sei que você tem um potencial enorme e...

— Cala a boca, Adam. Um corte no ombro não muda o fato de você ter vindo aqui em casa procurar minha irmã pra tentar fazer o que eu tento evitar há anos.

— Eu nunca fiz nada com ela e...


— Você deve achar que eu sou idiota. — interrompi, me aproximando dele. — Eu vi você batendo nela várias vezes. Eu vi você tentando abusar dela várias vezes. E eu não quero nem imaginar o que você poderia ter feito com uma criança se eu não estivesse lá intervindo a situação.

— Você era muito novo.

— Eu era muito novo para conseguir defender ela. Eu era muito novo e tive medo de ligar pra polícia. Eu era muito novo para parar na vara de adoção, até a justiça decidir nos colocar na sua casa. Nós éramos muito novos quando nossos pais morreram num acidente e você não se deu ao trabalho de ir no velório do seu próprio irmão!

𝑭𝒂𝒍𝒍𝒆𝒏 𝑺𝒕𝒂𝒓𝒔 - Lᴀɴᴅᴏ Nᴏʀʀɪs 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora