– Condições, hein... – murmurou Teru, com a ponta do dedo indicador no próprio queixo – faz sentido agora o porquê do seu namorado não estar aqui... Enfim, pode falar, eu vou ver o que posso fazer!
– Certo. – assentiu o Minamoto – É bem simples, na verdade: Mitsuba não vai fazer nenhum trabalho que ele não queira, e caso haja algum trabalho que ele quem queira, você vai junto.
Quando ouviu isso, Akane pareceu um pouco boquiaberto, e imediatamente pareceu assumir uma posição um pouco mais cautelosa. E justamente por saber que ele conhecia Teru muito bem, Kou pensou estar perdido logo na primeira condição. Isso já era uma possibilidade, desde sempre. Afinal, mesmo que seja uma condição simples de fato, ela limitava as ações de Teru quase completamente. E essa consciência não faltava para nenhum dos quatro presentes.
– Não posso aceitar algo amplo desse modo – respondeu ele, balançando o dedo indicador de um lado para o outro – É a mesma coisa que trabalhar de professor e falar aleatoriamente que não quer lecionar, sem motivo... Mas tenho certeza que podemos negociar excessões! – declarou, sorrindo – Quais casos específicos ele não quer pegar?
Kou assentiu, aliviado por Teru não ter tido nenhuma relação violenta, e ao mesmo tempo se sentindo mal por pensar em seu próprio irmão mais como uma bomba prestes a explodir.
– Primeiro, ele disse que não quer ter que matar nada acima do nível dele se não for nenhuma emergência.
– Compreensível, mas trabalhando como exorcista quase tudo é uma emergência... Mas acho que posso arranjar isso até certo ponto... Mais alguma coisa?
– Sim. Nenhum dos 7 mistérios é alvo – respondeu Kou, cruzando os braços.
Teru soltou um certo som, como se limpasse a garganta. Não pareceu tão feliz com isso, mas Akane interveio:
– Ele aceita, né? – disse, colocando uma mão no ombro do presidente do Grêmio, deixando-o um tanto sem jeito, ninguém alí sabia se era por Teru considerar exorcizar os 7 mistérios na frente de um deles ou se era pela proximidade que Akane se pôs diante do loiro. De qualquer jeito, aquilo foi uma benção para o mais jovem alí, já que Teru não negou depois disso.
– É... – foi tudo que ele foi capaz de dizer – Tem mais alguma coisa, Kou?
– Tem só mais uma! Ele disse que não quer ter que lidar com pessoas feridas!
– Não que seja possível para um sobrenatural fazer isso, ninguém vê ele! Apesar de ainda ser bem curioso, ele não quer por quê? – indagou Teru.
Imediatamente, Kou tentou inventar alguma coisa, não esperando a pergunta. Ele definitivamente não podia dizer: "Mitsuba tem medo de cair em tentação e machucar alguém", já que Teru só sabia até a parte onde ele comia sobrenaturais. Se ele soubesse que humanos estão inclusos também, o acordo de paz já era.
Pensou rápido, e então improvisou:– Ele é ansioso e tem receio de deixar a pessoa ferida ansiosa! – falou, quase que gritando. Acontece que o ansioso era ele.
– Hum... Tá bom, então acabamos aqui! – declarou Teru, mas então interrompeu-se e disse – Se bem que tem mais uma coisa!
– O que é?
Teru estendeu o braço e deu um soco de leve no ombro do irmão mais novo.
– Vê se não me esconde mais nada...
– ...eu vou tentar. – respondeu Kou, ainda um pouco amoado.
Então, Teru pegou algo em seu bolso, e entregou para o irmão. Era um par de alianças de ouro, sem diamantes ou jóias, apenas duas alianças. Se havia prestado atenção na aula de química, Kou diria que eram de 18k.
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✧A História De Mitsuba✧(TBHK ~ Mitsukou)
FanfictionKou estava preocupado com Mitsuba depois que ele pediu para ser exorcizado, e por isso vinha visitá-lo todos os dias com uma desculpa diferente. Mitsuba, querendo que Kou ficasse, resolveu se submeter ao desafio de criar uma história incrível. Poré...