Capítulo 11

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Em uma mesa de jantar na residência do Minamoto, por volta das 8 da noite do mesmo dia, um jovem de cabelos dourados servia uma panela com Chop Suey para seus irmãos.

Evidente que havia muito mais do que qualquer um naquela mesa poderia comer em um dia comum, porém Kou havia tido um dia cansativo e confuso, e nada seria melhor do que uma boa dose de carnes, legumes em um molho com uma dose extra de amido.
Mas era justamente por causa de toda a confusão daquele dia que ele não poderia contar isso para alguém, nem mesmo sob tortura.

Por sorte, Tiara parecia que não iria parar de contar sobre o cacete que ela desceu nos garotos da sala dela. Ela parecia orgulhosa disso, e Teru também. Kou também estava, mas não estava prestando muita atenção na história dela.

No geral, aquela foi uma janta tranquila e satisfatória, com boa comida e bons sorrisos. Assim que todos terminaram, Kou recolheu todos os pratos da mesa e começou a limpa-los para colocar na máquina de lavar louça que haviam comprado recentemente. Mesmo com a facilidade de não ter que lava-los, ainda tinha que limpar um por um para garantir que nenhum resto de comida entupa a máquina, mas até mesmo isso era melhor que lavar na mão.

Teru estava ao seu lado, pensativo, enquanto ajudava-o à realizar a limpeza. Podia não ser muito bom em tarefas domésticas de modo geral, principalmente cozinhar, mas pelo menos isso podia fazer.
Isso era o que ambos pensavam antes de quebrar um prato, derrubando-o no chão.

– Irmão! – exclamou Kou assustado e imediatamente correu para pegar uma vassoura, cujo ele usou para dar pequenos toques nas costas de Teru e afasta-lo – Sai da cozinha, eu vou limpar!

– Eita... – murmurou Teru, subindo em cima de uma cadeira com um pulo para que seu irmão possa limpar o estrago que ele fez – Foi mal...

– Tudo bem... Mas poxa, eu estou rodeado de pessoas com uma capacidade destrutiva de uma bomba nuclear quando são combinados com qualquer coisa que fique na cozinha...

– É mesmo? Achei que eu tinha visto o Yokoo e o Satou indo bem na aula de culinária... A Yashiro, a Aoi e o Aoi também são bons! – comentou o mais velho – Então não tem ninguém além de mim!

– Ai, nem te conto... – resmungou Kou.

– Então conta, conta tudo! – pediu ele, se balançando na cadeira como uma criança – Eu nunca deixo de te contar quando o Aoi é rejeitado, poxa... E você nunca me conta nadinha~

– Por que tantos detalhes sobre a vida do pobre do veterano Akane? – perguntou o mais jovem, genuinamente curioso, enquanto catava os restos de porcelana no chão.

Teru apoiou sua cabeça em sua mão, como se estivesse refletindo uma questão muito profunda, se lamentando de algo ou pensando em algum príncipe encantado (possibilidade cujo Kou só pensou por ser um gesto frequente que Nene fazia). Ele tinha um sorriso no canto de seus lábios, e seus olhos estavam quase fechados, como se ele estivesse olhando diretamente para o sol que não existia naquele horário.

Kou conhecia muito bem aquele rosto, era familiar, graças à um certo sobrenatural.

– Então, você gosta dele?!

– Oi?

– Finalmente entendi... Achei que você gostava da Aoi, mas você chama o Akane de Aoi, faz todo sentido! Ou você gosta dela também? Meu deus, Teru...– suspirou Kou, deixando Teru em uma situação muito rara: sem jeito. Kou continuou – É isso que chamam de triângulo amoroso? Como é que você se meteu nisso?

– Você tem andado demais com a Yashiro, não? – comentou Teru – Ou bem pior, se bobear... Que crueldade comigo, dizer que eu gosto dele!

– Então é mentira? – perguntou retoricamente, colocando todos os cacos em uma caixa de papelão para não machucar mais ninguém. Em seguida, pegou um par de chinelos e colocou diante da cadeira – Não pisa no chão com pé descalço, irmão! Eu posso ter deixado algum caco passar despercebido, então você pode acabar se machucando. Avisa para Tiara não vir para cozinha também.

✧A História De Mitsuba✧(TBHK ~ Mitsukou)Onde histórias criam vida. Descubra agora