– Hm, então foi isso que aconteceu?! – perguntou Mitsuba, depois que Kou contou tudo que aconteceu, enquanto o rosado estava ajudando Kou a lavar seu rosto sujo de terra na torneira próxima ao chão, onde normalmente ficava uma mangueira – E pensar que seu irmão psicopata passou aqui agora pouco...
– Ele passou? E ficou tudo bem? – indagou Kou, curioso. Por um momento, ele parou de limpar a cara, e por isso Mitsuba simplesmente jogou um bocado de água na fuça dele.
– Ficou sim, a veterana Uva estava aqui e disse que não tinha me visto quando o Teru perguntou... – respondeu – Não que fosse mentira, eu estava meio camuflado entre as hortênsias rosas e ela só me viu alí depois. Não é surpresa nenhuma, eu sou uma flor~!
– Você pega até um momento tenso desses para se exibir... – observou o loiro.
– E você nunca discorda! – exibiu o de rosa, secando o rosto de Kou como se ele fosse uma criança – Mas quando eu vi que ele estava perguntando de mim, eu já achei que era meu fim, então não saí daqui!
– Mesmo assim, ele pode voltar, já que está tão determinado a te exorcizar. – interviu Aoi, por traz, regando alguns hibiscos por perto. Ela não esta usando seu uniforme da escola, estava com um moletom roxo escuro de uma marca pouco conhecida no Japão e uma bermuda preta, roupas que ela só usava para fazer jardinagem. Além disso, seu cabelo estava solto hoje.
– Ela tem razão, Mitsuba. – concordou Kou – o ideal agora seria você voltar para o inferno dos espelhos, pelo menos até as coisas se acalmarem.
– Provavelmente... – refletiu Mitsuba. Então, assustando Kou, deu um beijo na testa de Kou e despediu-se, entrando sem aviso na sua fronteira pelo espelho de maquiagem que ele tinha no bolso.
Isso deixou o Minamoto sem jeito. A cara avermelhada e o cabelo dourado, semelhante ao fogo. Ele havia se tornado, oficialmente, a mula sem cabeça.
Aoi ainda estava alí, vendo Kou totalmente perdido, e era um pouco engraçado, logo ela não se limitou ao rir. Antes, talvez, ela provavelmente não se deixaria fazer tal coisa, mas depois de tudo, ela parecia mais relaxada nessa questão. E isso, inconscientemente, relaxou o próprio Kou, que estava passando por tantos problemas.
A garota ajudou o jovem a se levantar, já que além de ter corrido muito, estava cheio de machucados, não só do tombo que levou agora pouco como também do dia anterior. Ele havia excedido seus próprios limites, mesmo sendo um tanto forte fisicamente, ainda era um adolescente com seus 14 anos. Tinha também um pouco de dificuldade ao respirar e mal conseguia segurar seu "guarda-chuva" (cujo ele correu segurando-o esse tempo todo, como sempre).
Alguns dos curativos mal feitos que Teru providenciou no dia anterior também estavam se desfazendo por causa da correria e da queda. Estava quase pior do que na luta contra Hakubo, o mistério número 6.– Sabe, Minamoto, você ainda tem algum tempo das suas aulas começarem de novo, não tem?– comentou Aoi, olhando para o relógio em seu celular – Não acha melhor você ir para enfermaria? Tratar tudo isso direitinho. Eu posso te ajudar a ir.
– Eu agradeço, veterana – respondeu o Minamoto – Mas eu acho que consigo andar até lá sozinho...
– De qualquer jeito, acho bom eu te acompanhar. Se acontecer qualquer coisa pior, seria responsabilidade minha. – retrucou a de cabelos arroxeados.
Então, andaram um pouco pela escola. Aos olhos dos outros estudantes, cruéis por sua natureza adolescente, era uma cena estranha de se ver. Várias suposições sobre aquilo eram feitas: Uns diziam que eles haviam brigado, e a misteriosa e bela Aoi havia vencido. Outros diziam que nem havia sido uma briga mas que Aoi havia empurrado-o da escada. Havia até mesmo quem crê que Aoi tinha pego um mendigo da rua.
Mas era como se os cochichos richicoteassem antes de chegarem na garota, já que não se mostrava nem um pouco interessada nas opiniões alheias.
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✧A História De Mitsuba✧(TBHK ~ Mitsukou)
FanfictionKou estava preocupado com Mitsuba depois que ele pediu para ser exorcizado, e por isso vinha visitá-lo todos os dias com uma desculpa diferente. Mitsuba, querendo que Kou ficasse, resolveu se submeter ao desafio de criar uma história incrível. Poré...