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No dia seguinte de manhã Fuyu volta pra mansão Ubuyashiki e ajuda os médicos a criar os guentos que podem ajudar o mestre. Mas por causa do sonho que teve ela se recusa a ficar mais do que o necessário e decide ir pra casa logo depois do almoço.
— Tem certeza de que não quer ficar mais um dia? — Amane pergunta segurando suas mãos. — Pra poder descansar um pouco mais, o caminho é longo e ontem você brincou e treinou o dia todo.
— Eu ainda sou jovem e tenho disposição. — Sorri. — Não se preocupe comigo prima, além do mais temos muito trabalho em casa e eu também sou necessária lá.
— Eu sei disso, por esse motivo enviei um corvo hoje de manhã pra saber se você podia ficar mais, ele deve chegar no fim do dia, não quer mesmo esperar?
— Obrigada prima mas eu preciso mesmo ir, como nova herdeira da casa principal tenho que estar em casa logo que cumprir com meus compromissos. — A abraça. — Mas volto no mês que vem.
— Tudo bem. — Sorri e se afasta. — Estarei esperando ansiosa. — Acena, Fuyu sobe na carruagem junto dos ajudantes que vieram com ela e então os cavalos começam a caminhar. — Vão com cuidado.
— Tchau!
[...]
Durante o caminho pra casa há três propriedades de segurança que Fuyu e sua caravana usam pra poder passar a noite, esses lugares são geridos por tios e primos distantes da família principal Miyazaki que sempre apoiaram uns aos outros e também os caçadores de oni que precisam de cuidados durante as caçadas.
Leva dois dias pra chegar a montanha aonde fica a residência principal da família Miyazaki e mais algumas horas pra subir a montanha, há um muro alto com holofotes no topo e um portão grande de madeira e ferro, há árvores de glicinias aos arredores da construção e o coração de Fuyu erra uma batida mesmo de longe ao ver as árvores queimadas, cortadas pelo meio e muitas cinzas espalhadas no chão e no ar.
Ela desce da carruagem, se aproxima devagar, toca o portão e vê que está aberto, os ajudantes ficam mais atrás murmurando entre si confusos e preocupados enquanto ela entra, uma vez na parte de dentro vê os corpos dos vigias e seguranças, alguns devorados em parte, com membros decepados e também muitos corpos carbonizados caídos em buracos aos arredores de seus corpos.
Ela tapa o nariz e a boca por causa do cheiro, seus olhos se enchem de lágrimas e o rastro de sangue chama sua atenção, ela corre pelo caminho de pedras onde há sangue espalhado e os ajudantes gritam pra ela parar e até tentam pegar, mas ela é mais rápida e continua correndo atravessando os campos de ervas, flores e chás onde os corpos dos agricultores estão jogados, ela chora sem parar de correr pra casa e quando olha pra cima vê vários abutres rodeando um pouco mais a frente.
Ela continua correndo, cai e levanta pra continuar mas para ao olhar pro lado e vê o rosto do pai, ela desanda e franze o cenho, a boca de seu pai tem sangue, metade de seu cabelo foi decepado junto da cabeça e seus olhos estão sem vida, ela se aproxima devagar e vê o corpo pela metade exatamente como seu sonho.
— Kami-sama! — Olha pra outro lado e vê o corpo do tio também como no sonho então sente ainda mais medo. — Não! NÃO!
Ela volta a correr em direção a casa, sobe as escadas rápido e empurra a porta da frente que desliza com força, ela desanda pisando na madeira do chão e a imagem que vê é perturbadora, sangue por toda parte assim como membros decepados parcialmente comidos e corpos espalhados pelo ambiente.
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Fanfic Kimetsu no Yaiba - Vento e gelo.
FanfictionMinha família é famosa pela abundância de plantações de ervas medicinais, por gerações nós vivemos criando remédios regenerativos capazes até mesmo de acelerar a cura de ferimentos profundos feitos por lâminas e fizemos fortuna assim pois trabalhamo...