No dia seguinte.
De manhã Sanemi passa na maior casa da vila que está sendo feita de hospital mas Fuyu não está mais lá, ele vai procurar pelas barracas de comida e vê alguns caçadores, a floresta ao redor tem pessoas limpando e plantando novas árvores, a entrada da vila tem construtores e na cachoeira pessoas treinando, mas nada de Fuyu em lugar algum, ele começa a se preocupar quando passa pela área das oficinas dos construtores e reconhece um kimono amarelo com faixas azuis e o pingente na lapela numa garota com máscara de ferro.
Fuyu está no meio dos homens que estão trabalhando em materiais pra reconstruir a vila e fortificar o lugar, Sanemi entra na oficina e a vê batendo com um martelo em uma pilastra pequena fazendo faíscas voarem por toda parte enquanto ela observa com atenção.
— O quê é isso?
— Ah bom dia. — Fuyu tira a máscara e sorri. — Você demorou, sua sorte é que tem mais gente me vigiando. — Aponta pra trás com o polegar e ele olha, há 3 caçadores da classe mizunoto a observando no canto da sala. — Apesar de que já faz tempo e se eu fosse comer gente ia começar por eles. — Os três trocam olhares e ela inclina a cabeça. — É brincadeira!
— O quê você está fazendo? Deveria estar no hospital. — Cruza os braços. — Eu te procurei por toda parte, além do mais você precisa de um banho.
— Eu faço isso depois. — Se vira e vai resfriar o objeto que segura com uma espécie de gancho.
— Miyazaki!
— Eu estou bem, não vou ficar deitada numa cama e nem presa numa sala, eu não vou virar oni ouviu?
— Eu já reparei nisso.
— Ainda assim está aqui!
— Eu não vim te vigiar. — Deixa os braços caírem. — Você perdeu sangue, precisa de cuidados até melhorar.
— Eu já disse que estou bem!
— Chīsana Fuyu!
— Eu estou bem, olha isso. — Enfia a mão na manga do kimono e tira um frasco de lá. — Esse é um dos remédios novos da minha casa, ele fortifica o corpo como suplementos vitaminicos cheios ferro, cálcio e mais umas coisinhas, além do mais eu tenho muito sangue. — Guarda e volta ao trabalho. — Nessa vila tem muitas pessoas que foram mutiladas pelos onis, eu sou boa com as mãos então estou construindo próteses pra ajudar.
— Próteses?
— Olha só... — Vai saltitando até a mesa e todos se afastam, ela pega um bracelete de ferro e leva até ele. — A pessoa coloca o braço no suporte e a movimentação do antibraço ativa o pegador. — Coloca a mão dentro do suporte e vira o braço algumas vezes, então o pegador na ponta abre e fecha. — Legal não é? — Ergue as sobrancelhas sorrindo. — Não é uma mão mas não vai ser só de enfeite, além do mais o suporte é removível e da pra colocar outras coisas no lugar como ganchos, facas e cordas, multiuso! — O balança sorrindo e ele franze o cenho.
— De onde tirou isso?
— O designer veio dos meus braceletes, só fiz umas mudanças, sou bastante criativa. — Abaixa e vai pegar outro objeto. — E isso aqui olha... — Volta pra ele. — Essa parte do suporte da perna se curva quando o peso é apoiado. — Empurra a espátula da bengala. — Assim a perna se curva um pouco e pode acompanhar a movimentação da orgânica, assim a pessoa não vai mancar e não vai sentir dor no fim do dia.
— Isso é uma perna? — Aponta.
— Sim!
— Quem te ensinou essas coisas? — Pega a perna que ela fez. — Achei que os ferreiros que fazem as Nichirinto só faziam isso.
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Fanfic Kimetsu no Yaiba - Vento e gelo.
FanfictionMinha família é famosa pela abundância de plantações de ervas medicinais, por gerações nós vivemos criando remédios regenerativos capazes até mesmo de acelerar a cura de ferimentos profundos feitos por lâminas e fizemos fortuna assim pois trabalhamo...