Durante todo o mês seguinte Fuyu caçou onis em vilarejos afastados de montanhas íngremes e populosas, a maioria dos que encontrou eram de níveis mais baixos, perfeitos como desafio da seleção final e os mais fortes ela decapitou, pois não era permitidos onis de níveis altos no exame.
No caminho ela cuidou de pessoas com vários tipos de doenças diferentes, também tratou crianças frágeis, idosos caquéticos e jovens com sistema de saúde ruim, tudo isso graças aos medicamentos que colocou na parte de trás da carroça cheia de onis que andava por aí empurrando.
Ela sempre saia a noite pois era quando os onis também saiam, ela o fazia pra garantir que os acharia à tempo de impedir caso eles tentassem fazer alguma coisa com alguém.
Uma noite como todas as outras ela está caminhando em uma trilha distante da última vila na qual esteve, a noite está escura, não à lua nem estrelas e o céu está cheio de nuvens, tudo que paira é apenas uma brisa fria pois o inverno começa a se aproximar. Enquanto ela caminha nota que está sendo seguida, mas se trata apenas de civis, jovens e bêbados, idiotas que acharam que seguir uma garota de 16 anos seria moleza.
Os 4 garotos a cercam, mas ela continua caminhando e olhando apenas pra frente.
— Ei, ei... — Um garoto para em sua frente, ela tenta passar e ele a empurra. — Não tá ouvindo?
— Sai!
— A gatinha acha que estamos de brincadeira. — O garoto do lado fala e ela olha de lado. — Isso é uma piada? Gente como nós somos piada pra você?
— Gente como vocês? — Inclina a cabeça. — Defina!
— É o quê?
— Mas é claro que ela acha que é piada, olha só como olha pra gente. — Outro garoto os circula rindo enquanto segura uma garrafa de saquê. — Olha as roupas chique dela. — O garoto que está mais atrás toca seu haori e ela empurra sua mão o olhando feio. — E essa carroça aí, é madeira de qualidade.
— Você é rica? — O garoto que tocou seu haori pergunta. — O quê você tem na carroça? — Tenta tocar e ela segura seu braço.
— Eu não faria isso.
— Você está achando que tem controle de alguma coisa? — Se solta e a puxa pelo braço. — Acha que é brincadeira?
— Acho que vocês não passam de um bando de delinquentes idiotas rejeitados que estão pensando que vão se dar bem atacando uma viajante sozinha no escuro. — Alterna o olhar entre eles. — Mas advinha, vocês são muito azarados.
— Cala a boca. — A empurra e ela desanda. — Vamos abrir a carroça e ver o que conseguimos.
— Isso, eu quero alguma coisa pra comer, vê se tem aí. — O garoto que estava mais atrás fala apontando.
— É, eu a segui por um tempo, ela passou por pelo menos umas 3 vilas, deve ter muito material e dinheiro aí. — O garoto na frente de Fuyu fala. — Vamos fazer uma grana e nós divertir pelo resto da semana.
— Existe uma lenda... — Fuyu fala de cabeça baixa e todos param. — Ela fala sobre demônios comedores de carne humana, que vivem pelas sombras espreitando e esperando pra atacar e arrancar a pele das pessoas com os dentes e beber o seu sangue até que estejam secos. — Alterna o olhar entre eles. — Isso se derem sorte, com azar, levaria anos de mutilação até que morressem, com muita, muita dor. — Eles trocam olhares.
— Isso quer dizer o quê? — O garoto com as mãos nas trancas pergunta.
— Tá querendo nos intimidar com uma lenda antiga e estúpida? — O garoto em sua frente pergunta. — Acha que vai funcionar?
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Fanfic Kimetsu no Yaiba - Vento e gelo.
FanfictionMinha família é famosa pela abundância de plantações de ervas medicinais, por gerações nós vivemos criando remédios regenerativos capazes até mesmo de acelerar a cura de ferimentos profundos feitos por lâminas e fizemos fortuna assim pois trabalhamo...