Fuyu desce a montanha puxando um carrinho de apenas duas rodas, depois disso ela caminha por quase metade de um dia pra chegar ao vilarejo mais próximo com duas pessoas pra ajudar no decorrer do caminho.
Eles passam o restante do dia comprando os suprimentos necessários e mais algumas sementes extras, depois alugam um quarto pra passar a noite já que Fuyu tem preferência por viajar de dia.
— O quarto está pronto senhora. — Uma das ajudantes sai na varanda da pousada aonde Fuyu está. — Senhora?
— Eu tô aqui. — Fuyu responde do teto, sua ajudante sai da varanda e vai pro jardim pra poder vê-la. — A noite está muito bonita, a lua cheia, sem nuvens...
— Sim, mas já está tarde senhora, nós deveríamos ir dormir agora. — Segura os dedos. — O caminho pra casa é longo amanhã.
— Eu vou dar uma volta. — Fica de pé.
— O quê?
— Você pode ir dormir primeiro. — Caminha pelo telhado e sua ajudante arregala os olhos. — Volto antes de amanhecer. — Pula do outro lado da casa e a garota levanta a mão e arregala os olhos vendo a cena.
Fuyu caminha pela vila olhando pro céu e sentindo a leve brisa suave de flores que sopra em seu rosto e cabelo, ela inclina a cabeça e fecha os olhos, é quando vê a imagem de Sanemi se virando, seus olhos arregalados cheio de veias e segurando o punho da espada.
— Então ele está aqui. — Puxa o kimono pra baixo e continua caminhando.
Ela vira em uma esquina e encontra uma taverna aberta, tem mesas do lado de fora com muitos homens bebendo, eles riem e discutem com garrafas de saquê nas mãos derramando o líquido com seus movimentos desajeitados por causa da embriaguez, ela passa por eles e entra na taverna.
— Olha só se não é o caçador de olhos esbugalhados. — Fuyu fala colocando os braços pra trás, Sanemi se vira com os olhos arregalados e segurando o punho da espada exatamente como na visão dela. — Boa noite.
— Quem é você?
— Miyazaki Fuyu, atual matriarca da família Miyazaki e única sobrevivente do massacre de 6 meses atrás. — Senta a seu lado e ele franze o cenho. — Você estava lá.
— Eu vi muitos massacres. — Segura o copo de saquê. — Mas se quer saber depois que acaba eu não ligo.
— Eu acho que está mentindo. — Levanta a mão. — Por favor, me vê 40 bolinhos de Ohagi?
— O quê? — O dono do lugar atrás do balcão arregala os olhos.
— 40 bolinhos por favor. — Coloca o saco de moedas no balcão. — O mais rápido que puder sim?
— Agora mesmo senhorita. — Se curva, então se vira pra cozinha. — 40 bolinhos de Ohagi no capricho ouviu?
— Você gosta não é? — Fuyu pergunta a Sanemi que está com o prato apenas com migalhas do lado da garrafa de saquê pela metade.
— Por quê? — A olha. — O que você tem com isso?
— Nada, eu só queria agradecer por ter me ajudado a enterrar a minha família naquela noite, mesmo que diga que não se lembra, você fez mais do que deveria, então, obrigado.
— Você não é uma caçadora e passou a noite caçando do mesmo jeito, não me deixou ajudar, então fiz o que tinha que fazer quando ficou exausta.
— Achei que não se lembrasse daquela noite. — Inclina a cabeça e ele fica vermelho. — E também achei que você era do tipo que não pedia permissão.
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Fanfic Kimetsu no Yaiba - Vento e gelo.
FanfictionMinha família é famosa pela abundância de plantações de ervas medicinais, por gerações nós vivemos criando remédios regenerativos capazes até mesmo de acelerar a cura de ferimentos profundos feitos por lâminas e fizemos fortuna assim pois trabalhamo...