XI - Momentos

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Ambos entraram em seus apartamentos estupidamente felizes naquela noite. Amaury ficou feliz por ter conseguido fazer tudo como havia planejado e por ver que o ruivo realmente desfrutou de sua companhia. Diego por outro lado, se sentia radiante com a surpresa boa que foi a noite, amou ser mimado com todo aquele romantismo. Enquanto repassava os momentos anteriores, ele sorria de orelha a orelha, já se sentia ansioso para encontrar o preto mais uma vez.

Antes de dormir, Amaury decidiu enviar uma mensagem para Diego e viu que haviam várias notificações de mensagens de seus amigos.

[Amaury]: Dorme bem, lindo. Adorei nossa noite, beijo.

Por curiosidade, Amaury decidiu ler algumas daquelas várias mensagens.

[Luana]: Q é isto q eu estou vendo? Vc expondo sua vida assim nos stories. Amg vc tá sóbrio né?—----
[Felipe]: Rapaz, dnv com o galeguinho. Gostou, foi? palmiteiro. Eu tô passado. Tem algo q queira me contar?
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[Samuel]: Esse homi tá namorando e eu ñ tô sabendo? Traíra!
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[Luana]: Ai, para de graça e me conta melhor essa história. Já shippo Dimaury ❤️
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[Camila]: Apenas para contenção de danos, enviando a msg como sua amiga e não sua assistente. Tá ciente que postou a foto, né? Foi pra isso q vc queria o endereço dele? QUE BABADO CHEFINHO hahaha
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[Bruno]: Rapaz eu conheço esse aí. Essa gay ñ presta. Brincadeirinhaa
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[Felipe]: E Helena irmão?

Ele estava cercado de gente fofoqueira, uma simples foto e um grande escarcéu. Não se importou, estava feliz demais para isso, até receber um comentário na foto. "A pessoa era ele então..." e junto da mensagem um emoji de legal.

Helena estava triste, havia chorado bastante depois que saiu do apartamento de Amaury. Chorou porque teve a certeza de que o que eles tinham, já não iria mais evoluir tendo em vista a rapidez com a que lhe dispensou, por causa de outro alguém. Dar um rosto a alguém que você sabia que existia era diferente de quando não fazia a mínima ideia de quem se tratava, tornava tudo mais real, mais doloroso.

Ela resgatou em sua memória o dia em que conheceu Diego no restaurante. Amaury realmente havia ficado estranho naquela noite e nem quis subir quando a deixou em casa. Começou a se questionar se desde aquele tempo os dois já tinham algo. Helena lembrou também da conversa que teve, com Amaury lhe contando que queria conhecer outra pessoa, mas ela não levou a sério. Pensou que se levasse em consideração a história de longa data que tinha com Amaury, não valia a pena lutar por ele, já que estava apaixonada.

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Uma semana se passou, Amaury queria ver Diego novamente, o convidou para almoçar. O homem estava com sintomas de abstinência daqueles grandes olhos cor de mel.

[Amaury]: Lindo, topa almoçar comigo essa semana?
[Diego]: tá bem corrido para mim com os ensaios do musical.
tô chegando morto de cansaço.
[Amaury]: Ah, tudo bem então.
[Diego]: ei, se vc ñ se importar que seja rápido...
consigo 1:30h no máximo 2h livre para almoçar.
[Amaury]: Topo! Preciso voltar pro trabalho também, então é perfeito.
[Diego]: amanhã?
[Amaury]: Perfeito. Nos encontramos no Restaurante Sulamericano às 12:20?
[Diego]: até amanhã. Beijo

Era difícil de dizer qual dos dois mais ria à toa depois de marcar de se verem. Cada um sentia um nervoso no pé da barriga, ou seriam as tais borboletas que tanto se fala? Aparentemente eles decidiram apenas seguir o fluxo e não pensar demais.

No horário combinado, Amaury já estava esperando, saiu mais cedo do trabalho para não ter perigo de pegar um transito e se atrasar. Ele detestava chegar atrasado em qualquer compromisso.

Um Plano Inesperado | Dimaury Onde histórias criam vida. Descubra agora