XXI - Diga sim pra mim

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Amaury e Diego já não escondiam para ninguém que estavam juntos. Entre encontros e desencontros já se passaram quase sete meses.

Saiam juntos para qualquer lugar. Nos eventos e shows de Diego, Amaury estava sempre juntos. Muitas especulações já haviam sido feitas em vários sites de fofoca e para todos ao redor deles, eram um casal. O mais lindo de todos por sinal.

Os amigos de Diego nunca o tinham visto tão radiante e tão só de alguém.

Amaury percebeu as mudanças. Via um Diego mais junto, confiante, mais seu. Sim, Diego era dele, não de uma maneira possessiva e sim de pertencimento de alma.

Esperou todos aqueles meses pelo momento certo para pedi-lo em namoro. É claro que para ele e para os demais, eles namoravam, mas Amaury sentia a necessidade das palavras ditas, queria poder ouvir Diego dizer sim e estando seguro de sua resposta.

Pensou muito no como faria o pedido, a primeira vez que pensou em fazê-lo, o ruivo havia saído de sua casa fugindo e ficou uma semana o evitando. É claro que Amaury tinha medo de ouvir um não, mas algo em seu peito o dizia, que desta vez ele receberia uma resposta positiva.

🌻🌷🌻🌷

Finalmente, depois de 2 anos, Amaury decidiu tirar férias da Revista. E não era qualquer férias, ele ficaria 20 dias off. Bom, não tão off assim, estaria atento caso precisassem dele para resolver algo importante.

De segunda a quarta, Diego passava seus dias de folga na casa do pretinho dele, nos outros dias Amaury o buscava no teatro ao final de cada sessão e dormia na casa de Diego, não se desgrudam por nada.

Diego cantava a plenos pulmões, quando a porta do apartamento se abriu. Amaury havia saído para comprar algumas coisas que faltavam em sua geladeira.

Olhou para o Preto e começou a cantar para ele, fingindo que tinha um microfone nas mãos.

Se quando um certo alguém
Desperta o sentimento,
É melhor não resistir
E se entregar
Me dê a mão
Vem ser a minha estrela
Complicação
Tão fácil de entender
Vamos dançar,
Luzir a madrugada
Inspiração
Pra tudo que eu viver

— Essa música é do seu tempo, Diego? — Falou provocativo.

— Idiota! Eu aqui me declarando pra você, brother e você fica com piadinha. Meus pais ouviam essas músicas e eu conheço várias dessas do seu tempo de idoso. — Estirou a língua e começou a rir.

Amaury se aproximou para abraçá-lo e falou: — Não quero estragar seu momento de cantoria, mas o sindico me enviou uma mensagem falando que a vizinha reclamou ontem do nosso barulho.

Diego ficou vermelho e escondeu o rosto no peito do outro.

— Continua cantando, eu amo te ouvir. — Falou acarinhando as ondas ruivas e beijando o topo da sua cabeça.

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Em outro dia, Diego decidiu que iria ensinar Amaury a jogar vídeo game, estava cansado de ver que o outro ficava apenas lhe olhando sempre que estava jogando.

Não foi uma tarefa fácil, o homem era um teimoso e queria desistir em todas as tentativas. O ruivo sabia que conseguiria, e conseguiu. Amaury agitava as mãos para cima em comemoração, o ruivo se jogou nos braços do seu amor em comemoração e falou todo feliz:

— Eu sabia que você conseguiria meu amor, eu te amo. — Diego paralisou no mesmo momento em que aquelas três palavras saíram da sua boca. Ele amava o seu homem, há muito tempo sabia que o amava, apenas não tinha usado a frase ainda. Ele mostrava que o amava no dia a dia, até já tinha escrito várias vezes em mensagens trocadas, mas nunca as tinha dito em voz alta.

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