Capítulo três.

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《Pov Pete》

As semanas passaram voando, e ao longo deste último mês, minhas brigas com Vegas se intensificaram, a ponto de nossos amigos fazerem de tudo para evitar que fiquemos no mesmo ambiente. No entanto, o que eles não sabem é que, nos cantos escondidos da faculdade, estamos trocando beijos e, é claro, brigando também, já que esse idiota do Vegas adora me irritar.

Ao mesmo tempo em que sinto vontade de socá-lo e me afastar, também sinto o desejo de beijá-lo e ficar por perto. Não sei o que há em Vegas que me torna tão viciado em seus lábios. Nunca imaginei que beijaria Vegas, muito menos que me tornaria viciado em seu beijo.

Quando passamos pelos corredores, nossos olhos sempre se cruzam, como se uma chama se acendesse ao nosso redor. No entanto, agora estávamos brigando, já que estávamos jogando futebol em times diferentes. Vegas no time preto e eu no azul.

- Não seja idiota! Você quase me derrubou! – Gritei, empurrando-o. – Você não consegue jogar corretamente sem esbarrar em mim?

- Você é quem fica no meu caminho! Não tenho culpa se você é um fraco e reclama por causa de um simples esbarrão.

- Você é um imbécil! Jogue direito e pare de esbarrar em mim.

- Você é quem deveria jogar direito. Tem muito a melhorar; nem consegue chutar uma bola direito.

Cerrei os dentes e fechei o punho, me segurando para não socá-lo.

- Eu sei chutar uma bola muito bem. Vou te mostrar agora!

Antes que Vegas pudesse dizer algo, aproximei-me e dei um chute na altura dos seus testículos, fazendo-o gritar de dor e cair no chão.

- Porra! Filho da… puta! – Ele se contorceu no chão. – Você não... cansa de ser um idiota agressivo?

Antes que eu pudesse responder, Khaotung e First apareceram correndo para nos separar. Khaotung me puxou para longe de Vegas, enquanto First ajudava Vegas a se levantar, ainda gemendo de dor.

- Pete, o que você fez? - Khaotung me repreendeu, segurando meu braço firmemente.

‐ Ele mereceu! – Respondi, ainda ofegante e furioso.

- Você é um completo idiota, Pete! – Vegas gritou, se endireitando com dificuldade. – Isso não vai ficar assim!

- É, veremos! - Retruquei, mas Khaotung me puxou mais forte, me forçando a sair dali antes que a situação piorasse.

Enquanto nos afastávamos, eu podia sentir os olhares dos outros jogadores em nós. Eu sabia que isso não terminaria bem, mas não conseguia evitar as brigas com Vegas. Algo nele sempre me provocava ao extremo.

Naquela noite, deitado na minha cama, eu não conseguia parar de pensar nos eventos do dia. Vegas e eu tínhamos uma relação complicada. Entre beijos escondidos e brigas públicas, a linha entre ódio e desejo se tornava cada vez mais doido. Eu não sabia onde isso iria parar, mas uma coisa era certa: meu coração estava uma bagunça completa.

Nos dias seguintes, as coisas continuaram tensas. Quando passávamos um pelo outro nos corredores, nossos olhares se cruzavam. Mesmo nossos amigos tentando nos manter separados, mas sempre encontrávamos uma maneira de estar no mesmo lugar.

Em uma tarde, durante um jogo de futebol, Vegas e eu estávamos novamente em lados opostos, pois cada um tem seu time de futebol. Cada vez que nos aproximávamos na quadra, era como se uma corrente elétrica passasse entre nós.

- Vamos ver se você consegue jogar sem me derrubar dessa vez. – Gritei, provocando-o.

- Só se você conseguir jogar sem chorar, Pete. - Ele retrucou, com aquele sorriso debochado que me irritava tanto.

Beijos de rivalidade  - VEGASPETEOnde histórias criam vida. Descubra agora