Capitulo quatro.

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《Pov Pete》

Trancados no armário do zelador, o espaço apertado só aumentava a tensão entre mim e Vegas. Ele estava encostado na parede, com aquele sorriso provocador que sempre me tirava do sério. A briga no jogo ainda estava fresca na minha mente, e eu não conseguia controlar minha raiva.

‐ De novo, você jogou sujo hoje, Vegas. Esbarrar em mim de propósito o tempo todo, quase me derrubando.

‐ Você estava no meu caminho. Se não aguenta um esbarrão, talvez futebol não seja pra você.

‐ Você é insuportável. - Retruquei, cerrando os dentes. - Não consegue jogar sem provocar todo mundo?

‐ Eu jogo do meu jeito. - Ele respondeu, inclinando-se um pouco mais para perto. - E parece que meu jeito te afeta mais do que deveria.

‐ Afeta porque você é um babaca que não sabe respeitar os outros. Você me irrita, Vegas. Muito.

Ele riu, um som baixo e cheio de ironia.

‐ Ah, eu sei que te irrito. E adoro cada segundo disso.

Eu abri a boca para retrucar, mas notei que os olhos dele estavam fixos nos meus lábios. A raiva em mim começou a se misturar com outra coisa, algo que eu tentava ignorar.

‐ Para de me encarar assim. - Murmurei, tentando desviar o olhar, mas falhando.

‐ Assim como? - Ele provocou, os olhos ainda presos nos meus lábios. - É difícil não olhar quando você está assim, todo bravinho.

‐Você é impossível. - Sussurrei, sentindo meu coração acelerar. - Acha que tudo é uma brincadeira, não é?

‐ Não estou brincando. - Ele disse, a voz mais baixa, quase um sussurro. - Talvez eu goste de te provocar, mas isso aqui... - Ele gesticulou entre nós. - Isso não é brincadeira.

‐ Vegas, eu... eu não sinto nada por você.

‐ Não sente nada? - Ele repetiu, inclinando-se ainda mais, nossas respirações se misturando. - Eu também não sinto nada por você, Pete. Nada além de uma vontade incontrolável de fazer isso.

Antes que eu pudesse responder, ele fechou a distância entre nós, os lábios colidindo com os meus. O beijo foi feroz, desesperado, como se estivéssemos tentando provar algo um para o outro. Minhas mãos agarraram sua camiseta, puxando-o para mais perto, enquanto as dele seguravam meu rosto com firmeza.

- Você é um idiota, Vegas. - Murmurei entre os beijos.

- E você é irritante, Pete. - Ele respondeu, me pressionando contra a parede do armário, suas mãos explorando minha cintura.

O espaço apertado nos forçava a ficar colados, cada movimento nosso esbarrava no outro. Minhas mãos antes firmes em sua camiseta, subiram para seus cabelos, puxando levemente, fazendo-o arfar contra meus lábios.

- Te odio. - Sussurrei em espanhol, sentindo sua respiração falhar por um segundo.

‐ Mentiroso. - Ele respondeu, sua voz rouca e baixa. - Sei que gosta disso tanto quanto eu.

Eu queria negar, queria empurrá-lo e sair dali, mas meus próprios desejos traíam minha mente.

- Cala la boca. - Murmurei, capturando seus lábios novamente, querendo silenciá-lo de qualquer maneira.

Ele riu contra minha boca, aquela risada baixa e arrogante que sempre conseguia me tirar do sério. As mãos dele desceram pela minha cintura, puxando-me ainda mais para perto.

Beijos de rivalidade  - VEGASPETEOnde histórias criam vida. Descubra agora