Capítulo vinte.

318 48 33
                                    

《Pov Pete》

Estávamos todos sentados no sofá, eu tentando me acomodar apesar da perna engessada. Vegas, ao meu lado, não conseguia parar de sorrir como um bobo, distribuindo beijos em meu rosto, um atrás do outro, enquanto murmurava coisas melosas. Era estranho vê-lo assim, tão carinhoso e desinibido, algo que ainda me pegava de surpresa. 

‐ Vegas, você tá me molhando inteiro. – Reclamei, tentando esconder o quanto aquilo me deixava desconcertado, mas ele apenas riu, continuando com sua demonstração pública de afeto.

‐ Meu amigo é estranho quando tá apaixonado. – Comentou First, olhando para nós com uma expressão de divertimento.

‐ É estranho ver vocês assim sem estarem brigando. Sério, parece até outro universo. – Disse Khao, com um sorriso.

‐ Estranho mesmo. – First reforçou, cruzando os braços e se recostando no sofá.

‐ Mas como isso aconteceu? – Khao perguntou, parecendo realmente intrigado.

Antes que eu pudesse responder, Vegas se adiantou, adorando a oportunidade de me provocar.

‐ Na festa de aniversário do Kinn. – Começou ele, um brilho travesso nos olhos – Pete estava bêbado e começou a dar em cima de mim, dizendo que meus lábios pareciam beijáveis. Aí ele foi lá e me beijou.

Bufei, revirando os olhos.

‐ Você se acha demais, Vegas.

Mas ele continuou, ignorando minha reclamação.

‐ E no dia seguinte a gente se beijou de novo, e depois disso não paramos mais. As coisas foram esquentando, e o Pete liberou o caneco pra mim.

Senti meu rosto esquentar imediatamente, o rubor subindo enquanto eu tentava disfarçar o constrangimento.

‐ Cala a boca, Vegas! – Eu quase gritei, a vergonha me consumindo enquanto ele ria, claramente se divertindo às minhas custas.

‐ A gente fez uma aposta. – Vegas continuou, ignorando meu protesto. – Quem ganhasse seria o ativo, e quem perdesse seria o passivo.

‐ Então foi o Pete quem perdeu, né?

Khao começou a rir junto com Gun, se divertindo com a situação.

‐ E aí, Pete? Gostou de dar? – Khao perguntou, com um sorriso travesso.

‐ Não só gostou, como quer o tempo todo. Não consigo me livrar dele! – Vegas respondeu por mim.

Eu queria desaparecer. Meu rosto estava completamente vermelho, e eu não sabia onde enfiar a cara. Mas, ao mesmo tempo, não consegui evitar um sorriso tímido. Por mais que Vegas adorasse me implicar, e por mais que isso me deixasse com vergonha, havia algo reconfortante em ver como ele estava à vontade comigo, mesmo diante de nossos amigos.

‐ Você que é um pervertido, Vegas. – Retruquei, cruzando os braços e tentando manter a compostura, mas era difícil não sorrir.

Vegas ergueu uma sobrancelha, aquele sorriso convencido brincando nos lábios.

‐ Eu? Pervertido? Só porque eu sei o que quero?

‐ Não, porque você vive pensando nisso. – Rebati, tentando ignorar o jeito como ele se inclinava mais perto.

‐ E você gosta disso, admita. – Ele provocou, seus olhos brilhando com malícia enquanto seus lábios se aproximavam dos meus.

‐ Só na sua cabeça, Vegas. – Murmurei, mas antes que eu pudesse continuar, ele me interrompeu com um selinho rápido. 

Beijos de rivalidade  - VEGASPETEOnde histórias criam vida. Descubra agora