Capítulo vinte e quatro.

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《Pov Pete》

- Vegas, para de pegar na minha bunda! – Bati na mão dele, chamando a atenção dos rapazes no vestiário. – Olha o que você fez, agora todo mundo está olhando.

- Eu?! Você que gritou! - Ele riu, me provocando.

– Se você parasse de pegar na minha bunda... – Revirei os olhos e fechei meu armário, virando-me para Vegas. – Você não sabe se comportar?

- Não é minha culpa se meu namorado tem uma bunda gostosa. – Ele sorriu, malicioso. – Não paro de pensar que quero enterrar meu pau nela.

- Cala a boca, Vegas! ‐ Falei, sentindo meu rosto esquentar. Olhei para os lados, percebendo que alguns caras ainda estavam de olho em nós. – Sério, dá pra parar?

- Dá, mas eu não quero. – Ele deu um passo à frente, encurralando-me contra os armários. – Sabe o que eu quero? – Ele abaixou a voz, sussurrando no meu ouvido. – Eu quero te beijar até você perder o fôlego. Quero te deixar tão louco que você vai esquecer onde está.

Senti meu coração acelerar, e meu corpo respondeu antes que eu pudesse evitar. Vegas sabia exatamente como me provocar, como mexer comigo.

- Vegas... – Murmurei, tentando soar firme, mas minha voz saiu tremida. – A gente tá na faculdade. Não pode fazer essas coisas aqui.

- Eu sei. – Ele riu baixo, dando um beijo rápido no canto da minha boca. – É isso que deixa tudo mais divertido.

Antes que eu pudesse responder, ele colou os lábios nos meus, pressionando seu corpo contra o meu. Minhas mãos foram parar nos seus ombros, tentando afastá-lo, mas ao mesmo tempo desejando puxá-lo para mais perto.

Quando finalmente me afastei, ofegante, bati de leve no peito dele.

- Você é um sem vergonha. – Falei, tentando manter a seriedade, mas falhando miseravelmente.

- Só quando estou com você. – Ele sorriu, o olhar malicioso que eu tanto conhecia.

E era isso. Por mais que eu quisesse brigar, reclamar, no fundo, adorava cada segundo disso.

- Vamos logo antes que alguém resolva filmar nossa próxima briga. – Falei, puxando-o pela mão. – E vê se se comporta.

Vegas riu novamente, mas seguiu ao meu lado, ainda de mãos dadas comigo. Eu sabia que ele continuaria me provocando, mas não trocaria isso por nada.

[...]

Alguns meses se passaram e finalmente, me livrei daquele maldito gesso. Sentir a liberdade de andar sem limitações novamente foi como tirar um peso dos ombros. Apesar de tudo, a recuperação não foi fácil, mas Vegas esteve ao meu lado o tempo todo, me ajudando e, claro, me irritando sempre que podia.

Pra minha surpresa, as coisas com meu pai começaram a melhorar. Ele finalmente permitiu que eu levasse Vegas para jantar lá em casa, dizendo que queria conhecer melhor o cara que estava comigo. Claro que isso significava apenas uma coisa: Vegas tinha que se comportar, o que era um desafio e tanto.

Na noite do jantar, Vegas estava especialmente insuportável. Não parava de me provocar, cutucando minhas costelas enquanto eu tentava me arrumar, fazendo piadinhas sobre o que meu pai pensaria dele.

- Eu ainda acho que você deveria me deixar usar aquela camisa de botão preta. – Vegas sugeriu, com um sorriso sacana. – Sabe, a que te faz babar em mim toda vez que eu coloco.

- Nem pensar. – Respondi, rolando os olhos. – A última coisa que eu preciso é do meu pai te vendo e pensando que você é um daqueles caras que saem de moto por aí, sem responsabilidade nenhuma.

Beijos de rivalidade  - VEGASPETEOnde histórias criam vida. Descubra agora