Capítulo dezessete.

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《Pete Pov》

Cheguei ao baile da faculdade. As luzes brilhavam por toda parte, e as pessoas estavam elegantemente vestidas, conversando e rindo em pequenos grupos. 

Logo avistei Gun e Off, meus amigos que eram os únicos que sabiam sobre o meu rolo com Vegas. Eles estavam encostados em uma das colunas próximas à pista de dança, conversando tranquilamente. Me aproximei deles com um sorriso.

‐ Olha quem chegou! – Disse Gun, me puxando para um abraço. – Achei que você ia fugir dessa.

Off riu e deu um leve soco no meu braço.

‐ Quem diria que o Pete ia aparecer por aqui. E sozinho ainda, cadê seu par misterioso?

‐ Deve estar por aí. – Respondi, tentando soar despreocupado.

Enquanto conversávamos, meu olhar vagou pelo salão e de longe, avistei Khaotung. Ele estava com seu namorado. Os dois pareciam felizes. Khao sempre tinha esse jeito leve e carinhoso.

Queria muito ir até ele, puxar assunto e tentar consertar as coisas, mas uma sensação de inadequação me segurou no lugar. Eu sabia que havia sido um idiota com Khao. Nunca soube demonstrar o quanto ele significava para mim, mesmo quando ele estava sempre ao meu lado, me apoiando em tudo. E como eu retribuí? Agindo como um babaca, deixando de valorizar a amizade dele.

Enquanto o observava de longe, uma onda de arrependimento me atingiu. Khao merecia alguém que estivesse lá por ele do jeito que ele sempre esteve por mim. E ali estava ele, parecendo feliz com First, enquanto eu só conseguia pensar em como estraguei tudo. Não queria incomodá-lo, nem fazer mal a ele. Talvez fosse melhor eu ficar onde estava e deixar que ele aproveitasse a noite com o namorado, sem minha interferência.

Mesmo assim, a vontade de tentar me aproximar, de pelo menos pedir desculpas, era quase irresistível. Mas eu sabia que não era o momento. Khao estava feliz, e eu não queria ser o responsável por estragar isso, mais uma vez.

Vegas havia acabado de chegar, sendo cumprimentado pelos amigos. Ele parecia à vontade, como se aquele fosse o seu território. Não pude evitar um sorriso ao vê-lo ali, mas essa sensação logo foi substituída por outra quando avistei alguém indo até ele.

Lia.

A vadia que parecia não saber quando desistir. Ela foi direto até Vegas, com aquele jeito confiante e sedutor que sempre usava. Senti uma onda de raiva tomar conta de mim. Essa idiota não sabia quando parar. Que parte de "Vegas é meu" ela não entendia?

Eu sabia que Vegas não estava interessado nela, ele mesmo já tinha deixado isso bem claro para mim, mas a simples ideia de vê-la tão perto dele me deixava furioso. Não era só ciúmes, era o sentimento de que alguém estava invadindo algo que era meu. Lia não tinha mais lugar na minha vida, e muito menos ao lado de Vegas.

Enquanto os dois trocavam algumas palavras que eu não conseguia ouvir, senti minhas mãos se fecharem em punhos. Ela podia até tentar, mas eu sabia que no final do dia, Vegas voltaria para mim. Eu só precisava manter a calma e confiar nisso. Mas era difícil, muito difícil, não deixar essa raiva me consumir.

Peguei uma taça de vinho da bandeja de um garçom que passava por perto. Caminhei até eles, fazendo parecer que estava apenas cruzando o salão. Mas assim que cheguei perto, esbarrei “acidentalmente” em Lia, derramando o vinho sobre o vestido dela. O líquido escuro se espalhou rapidamente pelo tecido claro, e eu recuei com uma expressão de falsa surpresa.

‐ Nossa, Lia, que desastrado da minha parte. – Murmurei, com uma ponta de deboche na voz. – Mas você sabe como é, essas coisas acontecem quando você não presta atenção por onde anda.

Beijos de rivalidade  - VEGASPETEOnde histórias criam vida. Descubra agora