31 "Guilford"

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À medida que os dias se passavam, eu tentava voltar tudo ao que era antes, eu tentei fazer isso

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À medida que os dias se passavam, eu tentava voltar tudo ao que era antes, eu tentei fazer isso. Mas, desde o dia em que eu fui a aquele lugar, e tomei o sangue daquelas garotas, aquele maldito lugar onde Stella estava sendo mantida como alimento, desde aquele dia, eu não tenho conseguido pensar direito, dormir direito, até mesmo agir de forma normal.

Eu sei que ela percebeu, que eu ando distante, que eu não tenho mais ficado tanto tempo em casa. Não posso fingir que sou um bom moço, antes de Stella chegar a essa casa, eu ainda lutava contra o vício do sangue humano, mas depois que eu a trouxe para cá, eu tinha que mudar, tinha que me conter, por ela, ela era forte, por mais que não soubesse disso, e eu precisava treina-la, fazer com que aprendesse a se controlar.

Essa semana recebi a notícia que eu menos queria ouvir, as investigações no laboratório incendiado haviam retornado, com um caso de desaparecimento de uma mulher e um homem alegando ter sido mordido por uma garota estranha, eles não podiam deixar passar.

Não vivem muitos vampiros nessa região, e os que vivem, sabem se cuidar e cuidam dos arruaceiros que tentam atacar pessoas na rua. Então, é claro que a coisa está feia, Stella não é só um perigo para as autoridades, mas agora, ela passou também a ser um problema para os vampiros daqui, que estão caçando-a pelas ruas.

E com o meu novo problema alimentar para lidar, eu já estava a ponto de enlouquecer.

•••

— Oliver? O que faz aqui?

— Oi, Lúcio. — Entro em seu estabelecimento, enquanto ele me olhava assustado.

— Já falei para não pisar mais o pé nesse lugar, você e sua garota só me trouxeram problemas.

— Do que está falando?

— Essa cidade tem leis, Oliver, até para nós. — Ele responde, enquanto organizava algumas garrafas de bebidas no balcão.

— Seja claro!

— Estão atrás da garota. Disseram que ela pode estar metida nas mortes que estão acontecendo na rodovia, cento e dez.

— O que? Isso é loucura, quem está inventando isso?

— Eu não sei, mas eles querem ela.

— Você falou alguma coisa? — Me aproximo ameaçador.

Se aquele desgraçado tivesse aberto a boca sobre Stella estar comigo...

— Relaxa, eu não disse nada. — Me olhando uma última vez ele sai de trás do balcão, passando por uma porta ao lado.

Apenas concordo com a cabeça e saio de lá às pressas. Eu precisava de mais informação, havia alguém fazendo merda e colocando a culpa em Stella, eu sei que ela atacou um homem, mas ligar isso com as mortes da rodovia?! Isso já era demais.

Após algumas horas de viagem, finalmente chego a Bournemouth, a cidade vizinha de Guilford, onde moramos. E ao descer do carro, já sou cercado por três homens, que vem até mim.

— Podemos ajudar?

— Quero falar com o Isaac.

— Conhece o Isaac? — Um deles questiona.

— Vão me levar até eles ou não? — Já sem paciência eu respondo.

Com um pouco resistência da parte deles, sou levado até uma casa grande, onde podia ver alguns jovens no gramado conversando, já outros me olhavam curiosos.

— Oliver. — Um homem mais velho do que eu aparece, com um sorriso terno no rosto.

— Olá Isaac. — O cumprimento de longe.

— Podem ir rapazes, me siga até a minha sala Oliver.

E assim eu faço, o sigo até uma pequena sala entre o corredor, onde ele fecha a porta assim que entramos.

— Quanto tempo, a última vez que te vi você era só um garoto.

— Tem razão.

— Mas não foi a saudade que lhe trouxe até aqui, aconteceu alguma coisa?

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