33 "Medo"

10 2 1
                                    

— Oliver? Que merda é essa?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Oliver? Que merda é essa?

— Achou que eu não fosse descobrir? — Jogo o corpo da mulher morta em cima de uma das mesas.

— Já chega, você está passando dos limites!

— Cala a porra da boca, seu maldito!

Vejo dois deles se aproximarem, mas param assim que Lúcio dá um sinal.

— Tirem ela daqui, está assustando os meus clientes. — Ele ordena a eles, que pegam o corpo da mulher, levando-a para dentro.

— O Isaac já sabe da sua armação, Lúcio.

— Eu não sei do que está falando.

— Escuta aqui... Se você continuar com o seu joguinho, se eu por acaso suspeitar de qualquer merda que esteja planejando contra ela, eu juro que que arranco a sua cabeça.

— Você tem se alimentado? Estou te achando muito estressado.

— Porra! Você me entendeu? — Agarro o seu pescoço sem paciência, e só agora ele me olha sério, sem ar de deboche.

— Relaxa, não farei nada, apenas cuide da sua prisioneira direito, porque se a virmos por aí novamente, ela será problema nosso.

— Maldito de merda. — O solto, saindo daquele lugar e dirigindo de volta para casa.


•••


Acordo na manhã seguinte, vendo estar sozinho na cama, e após tomar um longo banho, meu celular toca.

— Oliver? Tenho uma boa notícia. — Um dos policiais da minha equipe diz após eu atender.

— Me ligando uma hora dessas, é bom que seja mesmo.

— As buscas nos destroços do antigo laboratório clandestino nos rendeu a nossa primeira pista.

Travei por alguns segundos ao ouvir ele dizer aquilo.

— Pista? Que pista?

— Achamos partes de um documento que estava em um cofre.

Um cofre... Como eu não vi nenhum maldito cofre quando fui até lá?

— Que pistas são essas?

— Já estamos liderando uma equipe de busca pela cidade, achamos que os assassinatos estão relacionados com isso e...

— Que pistas, Beto? — O interrompo, já impaciente.

— Eles estudavam uma garota, e pelo pouco que vimos, parece se tratar de algo geneticamente modificado, não era uma garota comum, só não sabemos ainda o que ela tem, ou pode fazer.

Isso não podia estar acontecendo... Eu jurei protegê-la, e agora me via perdido em meio a dois lados que caçavam-na.

— Depois nós falamos, me mantêm informado. — Desligo o celular, tentando me acalmar depois de tudo o que ouvi, e saio do quarto.

— Bom dia. — Já na cozinha, Stella me decepciona com um lindo sorriso, e uma mesa de café da manhã. — Você parecia cansado, então não quis te acordar.

— É, eu estava. — Me sento ainda com o pensamento longe.

— Você vai me contar de quem era aquele sangue na sua roupa...? — Após alguns minutos em silêncio, ela pergunta.

— De uma mulher. Eu a encontrei quando estava vindo.

— O que aconteceu com ela...?

— Ela morreu. — Suspiro forte ao lembrar.

— Você...

— Eu não a matei, foram outros vampiros, Stella... Precisamos conversar.

— Não gosto quando fica assim...

— Assim como?

— Não sei, mas você está tão... Diferente.

— Você se lembra daqueles vampiros que estavam com você? Então... Eles estão te caçando, e... Não são só eles.

— O que...? — Seus olhos se encheram de lágrimas automaticamente, e o medo em sua voz era torturante.

— Há uma equipe de busca que procura por você também, eles não tem nenhuma foto sua ou algo do tipo, mas eles sabem a sua idade e que é uma garota.

— Eles vão me levar?

— Eu não vou permitir isso, eu prometi, se lembra?! — Tentava soar o mais confiante possível, mas era difícil até para mim acreditar nisso nesse momento.

— Eu não quero que me tirem de você... — Agora ela chorava em desespero, vindo até mim.

— Terão que me matar primeiro. — Envolvo o seu corpo em meus braços.

E pela primeira vez eu senti medo. Medo de perdê-la.

Projeto LeechOnde histórias criam vida. Descubra agora