22 "E se..."

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Da varanda do quarto vejo Oliver enterrar o corpo da mulher que matei

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Da varanda do quarto vejo Oliver enterrar o corpo da mulher que matei. E naquele momento as coisas começaram a clarear em minha cabeça.

No momento em que a vi pedindo para que Oliver a possuísse, um sentimento novo dentro de mim surgiu. Uma raiva, uma fúria, que tomou conta de mim. E assim que Oliver foi para o seu quarto, eu fui para o dela, que ao entrar vi a mesma se ajeitando na cama, totalmente despida.

Não demorou para que ela percebesse a minha presença ali.

— Oliver te mandou aqui? Achei que fosse muito nova para isso. — Ela sorri para mim.

Não respondo nada, apenas me aproximo.

— Tudo bem, eu gosto de experiências novas. — Dando de ombros ela se ajoelha na cama, ficando de frente para mim.

— Não vai tirar a roupa? — Questiona.

Minhas mãos tremiam, minha visão começava a ficar turva, não me sentia mais naquele corpo, era como se eu estivesse sendo controlada.

— Já entendi... — Suas mãos vão até o meu vestido para tentar tirá-lo.

E é nesse momento que perco o resto do meu controle, avançando em cima dela.

•••

Talvez ele pense que eu não tenha percebido, mas depois daquela noite, ele parece ainda mais pensativo.

— Podíamos passear essa tarde... — Quebro o silêncio que se instalava entre nós na mesa.

— Não vai dar. — Responde sem me olhar.

— Por que não? Queria tanto tomar um sorvete... — Mexo o garfo sobre o prato, triste.

— Posso comprar para você depois, hoje não dá.

— Não dar ou você não quer...?

Oliver respira fundo antes de responder.

— Já disse que estou ocupado!

— Você sempre está ocupado! Mas esse não é o real motivo para não querer me levar. — Altero o tom de voz, irritada.

— E qual seria a porra do motivo?

— Você tem medo! — Me levanto da mesa.

— Medo?

— Sim... Medo que eu ataque outra pessoa...

Ele fica em silêncio, parecia pensar em alguma resposta para dar, mas seus olhos já o denunciavam que era verdade.

— Diz que é mentira, Oliver.

— Stella...

— Foi o que pensei...

Saio da cozinha correndo para o meu quarto. Oliver vinha logo atrás, mas eu tranco a porta assim que entro.

— Stella! Abre a porta.

— Vai embora Oliver...

— Não é seguro... Você tem que me entender.

— Não! Não vou entender nada! Você não confia em mim! — Sinto as lágrimas rolando pelo meu rosto.

— Abre a droga dessa porta! — Diz dando um soco na mesma, me assustando.

— Vai embora! Você me tirou de um laboratório... Para me deixar trancada aqui...

Ele fica em silêncio por alguns segundos, antes de dar mais dois socos fortes na porta e sair dali.

Do lado de dentro dava para ver a madeira da porta com um lado avantajado pelos socos.
D

epois que tive certeza que ele não estava mais lá, eu chorei. Chorei tudo o que estava a sentir naquele momento.


Ele não confia em mim... Tem medo de mim...


Eu não quero ficar longe de Oliver... Mas também não quero viver em mais uma prisão pelo resto da minha vida. Eu quero conhecer tudo que eu não tive a oportunidade de conhecer antes.


Afinal... Eu sou só uma garota que ele achou prestes a morrer... Por que ele sentiria alguma coisa por mim...?

Ele tem várias mulheres ao seu lado, mulheres de verdade.

Talvez eu o incomode...

E se...

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